sexta-feira, 24 de julho de 2009

Crônica de uma vigarice anunciada

originalmente AQUI

sexta-feira, 24 de julho de 2009 | 17:42

por Reinaldo Azevedo

Começou a bagunça chavista em Honduras. É impressionante. Zelaya está em solo nicaragüense, acompanhado do chanceler venezuelano, incitando a violência em seu próprio país. E o mundo faz um silêncio cúmplice. Eis a paz que, tudo indica, nos promete Barack Hussein, enquanto fica fazendo proselitismo racial nos EUA e se desculpando depois. Já trato do assunto. A isto está sendo reduzida a política externa americana: tentar conquistar a boa vontade de estranhos — daqueles que odiarão a América pouco importa o que ela faça. O mais impressionante é que uma proposta de conciliação, a de Oscar Arias, ainda está em curso. Fica claro o jogo do chavismo.

Tudo aquilo a que se assiste obedece rigorosamente ao já denunciado Plano Caracas, que prevê um banho de sangue em Honduras, o que serviria para caracterizar o governo do país como aquilo que não é: uma ditadura de milicos gorilas. Não! Este país, hoje em dia, é a Venezuela. Este país é Cuba. Estão na mesma trilha Equador, Bolívia e Nicarágua. Justamente os que promovem a desordem em Honduras. Essa gente está certa de que Barack Hussein nada fará para conter a agressão. E ele nada fará. Estamos sem gato. É a festança dos ratos.

Cadê a ONU para condenar as ações de Zelaya? Cadê a OEA? Cadê os EUA? Cadê a União Européia? Cadê o Brasil? Todos foram coniventes com a sua tentativa de dar um golpe de estado. Agora se calam diante de seu óbvio esforço para promover a guerra civil no país. Com a colaboração explícita de pelos menos dois países estrangeiros: Nicarágua e Venezuela. Chávez já confessou que conversa pessoalmente com os chamados “movimentos sociais” de Honduras. Se Zelaya conseguir retomar o poder assim, é óbvio que só conseguirá governar com leis de exceção, além, é óbvio, de praticamente liquidar as instituições e seus representantes. É o plano de Chávez. Nessa hipótese, Honduras se tornará mero satélite da Venezuela.

Reitero: a proposta de Arias ainda está viva. E está claro quem, de fato, a rejeita. E por quê. A América Latina está sem defesas contra os arroubos bolivarianos. Que as forças que se apõem ao assalto ao poder pela via eleitoral comecem a se organizar, inclusive no Brasil. Nossas instituições são mais sólidas do que a desses países, o que não quer dizer que sejam imunes para sempre, que resistam incólumes, por exemplo, a mais oito anos de esculhambação.

Ecos de tentação bolivariana se encontram hoje até mesmo no Supremo Tribunal Federal.

___

do Blog do Coronel - AQUI

Lula tenta lavar as mãos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou nesta sexta-feira ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, para apoiar o que classificou de "iniciativa pessoal" do dirigente de tentar voltar ao país após o golpe de Estado que o destituiu do poder em 28 de junho. Lula, ao usar esta covarde expressão, no estilo "vai que é tua, Zelaya", " agora é contigo, Zelaya", " o risco é todo seu, Zelaya", tenta livrar oficialmente a sua cara frente à tragédia anunciada. É muito cinismo.

2 comentários:

Stenio Guilherme Vernasque da Silva disse...

tenho nojo até da palavra "bolivariano"

Rejane (Mel) disse...

Acompanhemos as notícias do LaPrensa e ElHeraldo.

Todos juntos denunciando essa corja bolivariana!