quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A NOVA, já antiga lei de Falências.

Porto Alegre, 5 de Agosto de 2009,
Como sempre, qualquer semelhança é ato fortuito.
I - A crise aérea
Em 1988 foi o início da crise aérea mundial.
O Brasil como sempre não defendeu os interesses de nossas companhias.
A VARIG, excelência de treinamento e única empresa autorizada pela Boeing, a fazer manutenção de hangar completa em qualquer avião desta nem toda a América Latina, foi uma das mais prejudicadas no contexto.
As taxas aeroportuárias brasileiras sempre foram o dobro das americanas, havia o combustível que aqui era com preço 3 vezes maior, e os insumos trabalhistas que empresas estrangeiras não tinham,mais a carga tributária, junto com uma administração corrupta, ameaçavam o futuro da empresa.
Em 1989 o presidente Collorupto, abriu os céus brasileiros para as todas as empresas que quisessem voar de/para o Brasil sem a bilateralidade. Com essa medida todas as empresas brasileiras poderiam voar para onde quisessem, e vice versa.
As gigantes americanas (American airlines, Delta, United e Continental) com menos impostos, combustíveis subsidiados, e menor número de empregados por avião, assim ofertavam passagens para qualquer lugar do mundo pela metade do preço das brasileiras.
Ainda hoje comprar passagens com cartão de crédito via Internet, nas companhias americanas, nos Estados Unidos é mais barato que no Brasil.
a VARIG conseguia lucros em apenas dois voos internacionais, Rio-Lax-Tyo e Rio-Jfk-Rio, Miami já era dominado por United e Delta.
Com a crise aumentando, a Varig não cumpria seus compromissos com seu fundo de pensão AERUS, e a partir daí houveram 21 negociações de dívida, com aval do governo através da SPC (Secretaria de previdência Complementar), órgão direto do MPS (ministério da Previdência Social), com aquiescência total a estes acordos.
O governo collorido já havia determinado congelamento de passagens e arrecadação adiantada de ICMS das passagens futuras, fato que levou a Varig a entrar na justiça para receber seus prejuízos.
O Aerus quando foi concebido Tinha com fonte de renda 3% das passagens vendida, e mais uma vez o governo cancelou esta cobrança, sem repassar aos consumidores.
Desta vez foi a Aerus quem procurou os tribunais.
Já completamente falida, a varig não cumpria seus acordos com o Aerus e aí veio uma última negociação.
A Varig dava como garantia ao instituto de pensão, a ação da defasagem tarifária contra o governo que ainda estava sob júdice, que não era garantida a vitória, e acreditem, a SPC e o MPS concordaram com isso.
Chegou a bancarrota, nesse interím, às pressas, aprovaram a nova lei de falências, para facilitar o velório e a sepultura da empresa.
Milhares de empregados foram demitidos sem receber verbas rescisórias, e pior, o novo dono não seria responsável por elas.
Enterrava junto nessa ladainha a justiça do trabalho.
Finalmente nós ex-variguianos e pensionistas estamos vendo uma luz no fim do túnel.
Parece que em poucos dias a União pode reparar seus erros.
Quero registrar meu júbilo. aos que lutaram pela causa, meus pêsames aos que faleceram durante esse período, por depressão e desânimo.
A Varig tinha o respeito de um consulado brasileiro em terras longínquas, nem guerrilhas urbanas atacavam suas sedes, como por exemplo em Luanda.
Seu serviço de compra de remédios no exterior era isento de taxas.
Era uma empresa voltada aos funcionários, com excelencia de refeitórios e serviço médico e alto respeito as leis trabalhistas.
Ruben Berta foi um visonário com Robert Owen, construiu uma empresa que era de seus funcionários, o maior sonho de qualquer regime socialista.
A mente corrupta de alguns, a ajuda de governos corruptos, terminaram um sonho, mas não podem esconder a sua história.
Bom dia,






2 comentários:

roccha disse...

Peço desculpas se fui prolixo demais, Mas espero que os que acompanham este BLOG, entendam o problema que envolve mais de 15000 famílias.
O texto para ser mais minucioso, incorreria em diversas páginas.
bom dia.

Stenio Guilherme Vernasque da Silva disse...

toa utopia social é corrupta.
A história desmascarou todos.