sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Holocausto Ucraniano

Infanticídio e outros crimes

Denúncia Gravíssima
Íntegra da matéria no Alerta Total

Infanticídio e outros crimes

Por Arlindo Montenegro

Os crimes relatados somam 68 em 2004, 98 em 2005 e é de pasmar: 665 em 2006! São dezenas de aldeias onde esta tradição é preservada e os crimes são cometidos com a complacência da FUNAI e do Conselho Indigenista Missionário, (CIMI) da CNBB aquele mesmo que é financiado pelo Conselho Mundial de Igrejas, através do Departamento do Desenvolvimento Internacional da Inglaterra.

Projeto HAKANI:
Toda criança tem direito à vida
As crianças indígenas fazem parte dos grupos mais marginalizados do mundo, por isso é urgente agir a nível mundial para proteger sua sobrevivência e direitos.

Hakani, enterrada viva. A história de uma sobrevivente

“Ela foi enterrada viva porque seu povo achava que ela não tinha alma. Foi desenterrada por seu irmão no último momento. Depois disso, foi obrigada a viver banida de sua tribo por três longos anos até que a enfermidade e a rejeição a levaram mais uma vez para à beira da morte…

Esta é a história de Hakani, uma das centenas de crianças destinadas a morrer a cada ano entre os mais de 200 povos indígenas brasileiros. Deficiência física ou mental, ser gêmeo ou trigêmeo, nascer de uma relação extra-conjugal – todas essas são consideradas razões válidas para se tirar a vida e de uma criança.

Um número crescente de indígenas estão se levantando para combater essa prática. Mas quando eles procuram ajuda de algumas autoridades brasileiras, eles ouvem que as leis nacionais e internacionais não se aplicam às suas crianças, e que preservar a cultura é mais importante que preservar vidas individuais. Essas atitudes vão claramente contra a Constituição Brasileira e contra a legislação internacional, que declaram que os direitos da criança jamais podem ser sacrificados pelo bem do grupo.

Apresentando sobreviventes do infanticídio, assim como aqueles que os resgataram, Hakani é um documentário dramático que conta a história verdadeira da jornada de uma menina em busca da liberdade e a luta de um povo para encontrar uma voz – uma voz pela vida.”

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

The Soviet Story

Trailer
The Soviet Story - Socialismo: por que matar é essencial?

O Filme, o Horror
- novo upload, assistam antes que deletem novamente da web -

A História Soviética

Parte 1/9



domingo, 25 de outubro de 2009

Tempo de trapaça


"Nas demais sociedades civilizadas vale o princípio pelo qual

é permitido tudo o que não é expressamente proibido em lei.

No Brasil é proibido tudo o que não é expressamente permitido"

Todo cidadão que acompanha, mesmo de longe, o noticiário político seria capaz de jurar que há uma campanha eleitoral em andamento no Brasil e que diversas pessoas querem suceder ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2010. Há a ministra Dilma Rousseff e o deputado Ciro Gomes, do lado do governo, o governador José Serra, pela oposição, e outros mais. Ao mesmo tempo, o público é informado diariamente de que não há nenhuma campanha eleitoral e nenhum candidato à Presidência. Os comícios não são comícios. A propaganda não é propaganda. Os candidatos não são candidatos. O que é isso tudo, então? É exatamente o que parece, mas o governo e a oposição não podem dizer que é. Podem fazer tudo. Mas não podem falar; aí já seria contra a lei, que, na sua ambiciosa lista de regras destinadas a regular tudo, marca o dia 6 de julho do ano que vem para o começo das campanhas. Como se sabe, temos leis eleitorais rigorosíssimas neste país, possivelmente as mais severas do mundo. Enquanto nas demais sociedades civilizadas vale o princípio pelo qual é permitido tudo o que não é expressamente proibido em lei, no Brasil dos tribunais eleitorais a coisa funciona ao contrário: é proibido tudo o que não é expressamente permitido. É uma surpresa, no fundo, que alguém consiga ser eleito com tanta proibição assim – e a saída para os políticos, inevitavelmente, é trapacear. É o que está acontecendo no momento.

É ruim, porque a campanha eleitoral de 2010, como tantas que vieram antes dela, começa em cima de uma falsificação por atacado da verdade. O presidente Lula, por exemplo, viaja sem parar pelo Brasil fazendo comícios e pedindo votos para quem for o candidato do governo – e ameaçando o país com a ruína se o eleitorado cometer a estupidez de preferir um outro nome. Mas ele diz que está "inspecionando obras". (Já da inspeção que a lei manda fazer, a dos tribunais de contas, o presidente vive reclamando.) E os comícios, com ônibus fretado, despesa paga pelo Erário e sorteio de casas entre a plateia? "Qualquer reunião com mais de três pessoas já é comício", diz Lula. Ou seja: o que é que se vai fazer? Afinal, o presidente da República não pode ficar trancado em casa. Se acham que é comício quando ele discursa em lugares onde há gente reunida, paciência. Quanto aos votos que pede para a ministra Dilma, nenhum problema. O presidente diz que está apenas elogiando uma grande servidora do governo – e apenas dando a opinião de que ela seria um colosso como sua sucessora. Que mal haveria nisso?

A ministra Dilma, por sua vez, faz rigorosamente tudo o que os coordenadores de campanha prescrevem para um candidato. Há tempos deixou de comparecer com regularidade ao seu local de trabalho e passou a correr de um lado para outro atrás de votos, seja em shows de música popular com o cantor Dominguinhos, seja em "fiscalização de obras" nas margens do Rio São Francisco; há pouco foi vista inaugurando um estádio de futebol em Araraquara. O que isso tudo teria a ver com as funções que é paga para exercer na Casa Civil? Do lado da oposição, a peça de teatro é estrelada pelo governador José Serra, que quer a Presidência tanto quanto qualquer um dos seus adversários, mas diz que só vai tocar no assunto no ano que vem. Serra não pode fazer campanha aberta como Lula faz; tem de se contentar com os limites impostos pelo seu cargo. Carrega a mão, por exemplo, na propaganda oficial; a última, no gênero, é a decisão da Assembleia Legislativa que autoriza o governo a fazer publicidade de suas obras em outros estados, para "promover o turismo" em São Paulo.

Registre-se, enfim, a notável contribuição do deputado Ciro Gomes, que recentemente passou a ter seu domicílio eleitoral em São Paulo, para manter aberta a possibilidade de candidatar-se ao governo paulista. Mas o deputado não mora em São Paulo; só a Justiça Eleitoral acredita nisso. Tudo o que fez foi passar quatro horas na cidade, no começo de outubro, apresentar um endereço de fantasia e assinar um papel num cartório garantindo que reside ali. Um cidadão "comum", como diria o presidente Lula, não pode ter um domicílio falso; aliás, vive tendo de provar onde mora com contas de luz, correspondência de bancos ou carnês de crediário, e se der um endereço que não é realmente o seu vai, com certeza, arrumar complicação. Já para ser candidato a presidente da República ou governador do estado não há problema nenhum.

Não se sabe, é claro, quem vai ganhar as eleições de 2010. Mas a verdade, desde já, está levando uma surra.

JR GUZZO

"Intelectuais" aliam-se aos bandidos do MST


Depois de um sumiço de quase sete anos, voltou à ativa neste fim de semana o Batalhão da Bic, formado por fuzileiros civis que se disfarçam de “intelectuais e artistas” para confundir a repressão. Até a posse do presidente Lula, o grupo de elite mantinha a caneta engatilhada todo o tempo, para não perder um único abaixo-assinado contra alguma coisa — da privatização de empresas estatais aos maus modos do guarda de trânsito, da falta de dinheiro federal para a cultura brasileira à impontualidade do entregador de pizza. De janeiro de 2003 para cá, nada conseguiu animá-los a tirar a Bic do coldre.

Para os loucos por um manifesto, pareceram pouco relevantes a institucionalização da patifaria, o escândalo do mensalão e todos os outros, a expansão espantosa do Clube dos Cafajestes a Serviço do Nação, a aliança entre vestais de araque e messalinas juramentadas, a metamorfose obscena do presidente da República, o acasalamento do Cristo paraguaio com os Judas de verdade, fora o resto. Tudo é tolerável, berrou o silêncio do bando. Menos a instalação da CPI do MST.

Isso não passa, descobriu o abaixo-assinado agora virtual, de “um grande operativo das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST”. Com a ajuda da imprensa, claro, esclarece o trecho que comenta a depredação da fazenda da Cutrale: “A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja de ato de vandalismo. Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça”.

Essa gente já escreveu textos menos bisonhos, informam o estilo torturado e o uso de palavrões como “operativo”. Também já teve mais pudor: não é pouca coisa reduzir 10 mil pés de laranja a “alguns”, sem ficar ruborizado, ou fazer de conta que o Incra não é um codinome do MST. Sobretudo, poucos manifestos cometeram erros tão vulgares, como imaginar que a Justiça contesta alguma coisa. As partes contestam. A Justiça julga. Por sinal, julgou em segunda instância a contestação do Incra. Deu razão à Cutrale.

No meio da procissão dos anônimos, o altar das quase celebridades exibe o professor e ensaísta Antonio Cândido e o humorista a favor Luis Fernando Verissimo. O primeiro só não reivindicou uma cátedra da USP para o amigo Lula porque ainda não fez o mestre de nascença entender o que quer dizer catedrático. O segundo matou a Velhinha de Taubaté, personagem que acreditava em tudo o que o governo dizia, porque já não é a única: Verissimo também acredita em tudo o que diz o sinuelo do rebanho.

Como os demais signatários, Antônio Cândido e Verissimo provavelmente acham que arroz dá em árvore, desconfiam de que vanga seja um ritmo cucaracha e só tratam de coisas do campo quando conversam sobre futebol. Mas falam de reforma agrária com o desembaraço de quem aprendeu a engatinhar numa roça. Devem saber a diferença entre honradez e corrupção. Sobre isso, nada têm a dizer.



Augusto Nunes

O preferido do DEM e do PPS


Disputa | Serra: na frente de Aécio entre os deputados de partidos aliados | Foto: Lucas Lacaz Ruiz/AG. O Globo

A maioria dos deputados dos dois principais partidos aliados do PSDB quer José Serra como candidato à Presidência da República. A conclusão é de uma pesquisa inédita realizada entre terça e quinta-feira passadas pela consultoria Arko Advice com 61 deputados (49 dos 56 deputados do DEM e doze dos treze parlamentares do PPS). Dos ouvidos, 57% acham que o candidato tem de ser Serra. Os que preferem Aécio Neves somam 32%. Serra é o preferido inclusive quando se olha somente o DEM (55%), apesar da forte campanha do presidente do partido, Rodrigo Maia, em favor de Aécio.

Radar

sábado, 24 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Imagem do Dia

"Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão" (Lula da Silva - 22/10/2009)

Lula e sua promoção de ditador para "Deus"!


"Qualquer um que ganhar as eleições, pode ser o maior xiita deste país ou o maior direitista, não conseguirá montar o governo fora da realidade política. Entre o que se quer e o que se pode fazer tem uma diferença do tamanho do oceano Atlântico. Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão."



Luis Inácio Lulla da Silva
proferindo mais bravatas.


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Homenagem ao Leitor


Acho que esta relação virtual entre um site de informações e seus leitores ("A Verdade Política") é tão salutar que acabamos criando vínculos de certa confiança e amizade.
E cada vez se multiplicam os brasileiros indignados com os acontecimentos políticos atuais. Fazem seu exercício de cidadania criando espaços de informação e discussão.
Firmes e fortes na Luta!
Somos brasileiros de bem não aceitamos passivamente o Lullismo!
Aproveitando homenageio dois leitores assíduos, que sempre deixam excelentes comentários que enriquecem ainda mais o site.

1-

Liberado o vale tudo no TCU com Múcio


José Múcio — que, até anteontem, cuidava de amansar os parlamentares em nome de Lula e agora vigia as contas do governo — tomou posse ontem no TCU. Fez um discurso cujo mote é constrangedor e indica a degradação a que chegou a vida pública. Segundo disse, fará no tribunal “uma boa governança no sentido de orientar e prevenir no lugar de condenar”.

Por que não se deve dizer uma besteira como essa? Porque todas as coisas têm lugar certo e sua necessidade. Há a hora da orientar, há a hora da prevenir, e há a hora dae condenar — no caso, o TCU pode condenar uma obra ou procedimento, mas não pessoas.

No momento em que o TCU está sob a mira de Lula e da candidata Dilma Rousseff — porque encontrou lambanças em obras federais —, a fala se mostra indecorosa. Mais: parece que já chega censurando seus pares. Mal disfarça, assim, um certo caráter de intervenção que tem a sua entrada no tribunal.

Um começo melancólico.


Reinaldo Azevedo

PT e PMDB


O artigo 36 da Lei Eleitoral determina que a propaganda comece só depois do dia 5 de julho do ano da eleição. A propaganda antecipada, esclareceu um acórdão do TSE, “é caracterizada pela existência simultânea de três condições: a induvidosa intenção de revelar ao eleitorado o cargo político que se almeja, a ação que pretende o beneficiário desenvolver e os méritos que o habilitam ao exercício da função". A excursão pelo rio São Francisco atendeu exemplarmente aos três quesitos.

No Brasil, como se sabe, leis são como vacinas: algumas não pegam. A sequência de comícios disfarçados de “vistoria de obras” reafirma que, para o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff, a Lei Eleitoral não pegou. Ou o Judiciário mostra que ambos estão errados ou declara oficialmente aberta a campanha de 2010.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A Indecisão de oposição. Oposição????



"O que a gente tem que fazer é enfrentar essa realidade nova que o PMDB pôs em prática, combater isso e esperar que o PSDB defina a candidatura. Definindo a candidatura, melhora para os dissidentes. A gente tem uma condição melhor de lutar com a candidatura definida".



Senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Favorável à candidatura de Serra, Jarbas disse acreditar que a definição do candidato tucano vai permitir que os peemedebistas dissidentes busquem apoio ao tucano dentro do partido.
Na opinião de Jarbas, o apoio ao candidato tucano vai crescer se Dilma mantiver índices baixos de aprovação nas pesquisas de intenção de voto.

Crime Eleitoral...


"Ninguém pode impedir um governante de governar. É elementar isso. Agora, é lícito transformar um evento rotineiro de governar num comício? Se houver esse tipo de propósito, certamente o órgão competente da Justiça tem que ser chamado a atenção para evitar esse tipo de vale tudo".


Gilmar Mendes,
Presidente do STF,
Comentando sobre o comício de Dilma e Lula no Nordeste.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Lula e a Vale:

Lula afirmou, hoje, que a Vale está investindo US$ 380 milhões na Colômbia, "mas poderia investir muito mais". "Não adianta o presidente da Vale ficar sentado em sua cadeira no Rio de Janeiro. É preciso disputar cada milímetro", disse Lula durante encontro com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. Lula afirmou ainda que "ouviu dizer" que há grandes reservas de carvão na Colômbia. Todos sabem que Lula quer reestatizar a Vale e colocar o seu homem de confiança lá dentro, para fazer com que a empresa vire uma Petrobrás.


coronel

domingo, 18 de outubro de 2009

Redigindo melhor a frase!


"O presidente Lula tem todo o direito de apoiar um candidato. Mas não vivemos num regime de capitania hereditária em que o presidente apoia e automaticamente o candidato está consagrado. O presidente não pode fazer uma nomeação"



Declarou ontem José Serra, candidato das oposições à Presidência da República.

Vamos ajudar o Serra a dizer as coisas de uma forma mais, digamos, eleitoral:

" O Lula tem direito de apoiar, mas não de impor candidato. O Brasil não é Cuba, aqui é democracia, o povo é quem vota e escolhe. O povo quer conhecer muito bem cada candidato. O Lula merece todo o respeito, mas não vai ganhar eleição no carteiraço, pois brasileiro não é um cachorrinho para sair votando em quem não conhece só porque ele mandou."

Além de que:

Assim como a Dilma está importando o marqueteiro do Obama para que resolver o seu problema de "Yes, eu quem?"....




Coronel

Dia do Médico


Hoje é 18 de outubro e nada temos a comemorar em mais um dia do médico.
O aviltamento e a exposição destes profissionais às péssimas condições de trabalho oferecidas pelo governo.
A culpa do sistema é quase sempre de responsabilidade virtual moral do próprio médico
Mas o Ministro da Saúde não é responsabilizado. Nem os gestores Estaduais e Municipais que usam de nossa profissão sem o mínimo cuidado ético, inclusive, muitas vezes, nem remuneram, numa espécie de golpe que muitas prefeituras o fazem, pelo Brasil aí a fora.
Segue abaixo uma crônica politizada sobre o assunto.

O Médico e a Esquerda!

Uma crônica politizada sobre as utopias de esquerda, que tentam encontrar caminhos no caos brasileiro, onde encontram médicos imbecis fáceis de demonizar. Ou seja, o dia-a-dia de quem trabalha junto às políticas públicas de saúde no Brasil.
(Nada mais degradante do que se lembrar de Duda Mendonça, na CPMI, em 2005, forçando o choro, olhando para a câmera de TV, para o povo, e dizendo: "EU sou do bem!" - tentando marquetear-se em um personagem ao sabor da idiotia nacional, como fez publicitariamente com tantos políticos profissionais nesse caos de país)
Quando adolescente fui simpatizante de partidos de esquerda. Hoje sou partidário apenas de minha própria sobrevivência neste resquício cultural que ainda chamam de Brasil; o que me faz, consequentemente, um "antipatizante" de quase todas as pessoas vivas, inclusive de todos os partidos políticos. Torço, contudo, para que a maioria da população continue a acreditar nestes joguinhos "democráticos", e continue a se envolver com eles como se envolve em partidas de futebol - com muita paixão mas sem qualquer conseqüência prática.
Nos últimos anos tenho sido tomado de especial antipatia pelos partidos, ONGs e militantes daquilo que ainda pode ser rotulado de ?esquerda brasileira". E isto não apenas pela tentativa de golpe político-midiático contra o governo federal do PT na época do "mensalão" - em que houve mais algumas denúncias de corrupção que são triviais no Brasil, em todo e qualquer governo, em toda e qualquer instituição ou empresa, mas que só é conveniente deixar vazar na mídia quando se quer derrubar um adversário na luta por poder plutocrático. Ao contrário, nesta lenta agonia do PT , tenho simpatizado, embora com certo asco, mais com os cínicos do partido do que com seus moralistas, principalmente os que o abandonaram ou foram expulsos recentemente.

Ou seja: considero que corromper políticos faz parte deste joguete pseudo-democrático brasileiro (embora acrescentar o "pseudo" aí seja apenas redundância), da mesma forma que andar com dólares na cueca seja ato inerente às regras da circense disputa pelo poder no Brasil: uma democracia eleitoral construída e mantida apenas para ludibriar a platéia sedenta por palhaços por quem torcer ou a quem odiar, sem quaisquer outras conseqüências práticas.
Nesses últimos anos, justamente os dizeres inflamados dos moralistas de esquerda (como os do PSOL, os típicos produtos do choque entre a ilusão e o cinismo dos "esquerdistas" nacionais) é que andam me causando mais nojo - em nível até mais elevado do que minha já tradicional vontade de vomitar ao ver os políticos de sempre na televisão.
Não sei se isto é mero acaso, mas o Brasil também está se evangelizando de forma radical nas últimas décadas, de modo que a distinção entre o que é "de deus" e o que é "do diabo" tem se tornado mais franca na cabeça de número crescente de brasileiros. Principalmente agora que esta cruzada evangélica ganhou a grande mídia (Record x Globo), e, consequentemente, grandes empresas e políticos com pretensão ao governo federal.
Nos últimos anos, por necessidade de sobrevivência profissional, tive que freqüentar reuniões de ONGs, de partidos de esquerda, de sindicatos e até de governos de esquerda. Em tal convívio sempre me senti rapidamente pressionado a me posicionar entre ser "do bem" ou "do mal", ou, em outras palavras, entre ser "de deus" ou "do diabo".

E olhe, não estou apenas fazendo metáfora, tem muito ex-marxista se cristianizando em novas explosões de fé Brasil afora. Alguns colegas que tive em minha adolescência "militante" hoje chegam até a me meter medo quando os encontro após essa sua "transformação existencial", da qual resultou a estranha simbiose entre socialismos, cristianismos radicais, partidos políticos e corporativismo empresarial (este último muitas vezes disfarçados de ONGs e de "projetos de inclusão social" de algum grupo minoritário).
Nessas reuniões de esquerda, como médico que infelizmente sou, logo ficava claro para mim (pois eu logo ficava meio "diabólico" nesses lugares, independente do que eu falasse - exceto se eu começasse a atacar constantemente todos os médicos e a medicina em geral, culpando-os sem parar por qualquer coisa) que os médicos estão pairando nesse imaginário esquerdista tupiniquim, nesse tragicômico início de século XXI brasileiro, como os novos vilões (ou diabos) responsáveis pelo caos da saúde pública e privada no Brasil.
Nessas reuniões de esquerda, hora o culpado pelo caos na saúde era o "discurso médico", o "saber médico", o "poder médico", a "ideologia médica", o "lobby médico", a "propaganda a médica", etc.; hora era a "onipotência médica", a "arrogância médica", a "falta de escrúpulo do médico", o "centralismo de poder do médico", o "mercantilismo do médico", etc. Sei, e infelizmente por experiência própria (já que nas alienadas faculdades médicas brasileiras somente se discuti e ensina o inútil), que ser médico no Brasil é um lixo.

O típico médico brasileiro atual vive entrincheirado, tendo que administrar a convivência com alguns poucos e endinheirados empresários e catedráticos da medicina, que não saem da mídia e das associações de classe da área, onde fingem defender a população e o humanismo médico, bem como com políticos profissionais que ganham a vida "urubuzando" a carniça humana resultante da desgraça nacional; e ao mesmo tempo tendo que trabalhar de "boca fechada" para estes empresários e políticos carniceiros, demagogos e cínicos que infestam e tomam conta da saúde no país. O dia-a-dia do típico e fodido médico brasileiro é sempre às voltas com hospitais sucateados e corrompidos, atendendo sem condições uma multidão de gente desesperada e desnorteada, e tendo que dar a cara a tapa quando algum popular resolve protestar, já que em geral é o plantonista explorado que leva o dedo na cara, seja por parte da população, da imprensa ou das próprias associações de classe, quando os burocratas da área resolvem fazer média e "punir exemplarmente" alguém.
A maioria dos médicos brasileiros nada mais é que um bando de gente fodida, que trabalha feito cão para manter seus ridículos sonhos de consumo de classe média americanizada, e para manter a pose e agradar a massa sedenta por mentiras onipotentes, que faz questão de fingir ver no médico o que nunca viu em ser humano algum: um deus; e coitado dos que começam a acreditar nisso, pois, ao ?falharem?, instantaneamente tornam-se o diabo e algoz do momento, para felicidade de outros tantos e fodidos advogados carniceiros. Essa maioria de médicos, contudo, ainda paga e continuará pagando por tentar manter a pose e a farsa da medicina e das instituições de saúde, nas quais trabalham sendo explorados e se drogando pra agüentar o tranco e continuar de pé, e ainda fingindo ser "senhor" da situação.

Numa das reuniões de governo "de esquerda" em que fui obrigado a participar, me lembro de ter ocorrido o encontro entre alguns desses fodidos médicos que não perdem a pose e os moralistas da esquerda, os "humanizadores" da saúde. Estávamos lá eu e outros médicos sendo feitos vilões da saúde pública brasileira - antes mesmo de abrirmos a boca -, até que alguns de meus colegas começaram a discursar (tudo nessas reuniões é discurso, pra ver quem convence mais a platéia presente) e dizer que não havia essa homogeneidade na medicina, "que nem todo alemão ariano é nazista", ou coisas do tipo. Contudo, esses meus colegas logo viram que de nada adiantava qualquer argumentação. Praticamente todas as pessoas neste tipo de reunião apenas ouvem e percebem o que estão predispostos a ouvir e perceber. Rapidamente meus colegas se uniram ao meu silêncio, compreendendo que estavam - embora inicialmente achassem que se tratava de uma reunião da área da saúde - em algo bem parecido com um encontro de fanáticos em busca de messias e demônios. O médico era demônio e fim de papo. E aquele que parecesse não se enquadrar bem neste seu papel de vilão, logo diziam que era por estar disfarçado, um infiltrado no rebanho dos humanistas de esquerda. Eu mesmo, tantas outras vezes, sempre que falara algo que nitidamente agradava a maioria, ouvia no discurso seguinte, de algum líder da manada, algo do tipo "Tomem cuidado com os discursos, são muito sedutores, mas escondem as tramas maquiavélicas!"
Ao contrário, qualquer palavreado vazio ou sem nexo, mas que viesse de alguém já reconhecido como "tipicamente do bem", da esquerda militante e humanista brasileira, como alguém das ciências sociais ou de práticas "alternativas" ou "humanizadoras" em saúde (ambos já tendo até seus estilos próprios para fazer diferença com a "ortodoxia médica" - com roupas e linguajar "alternativos" ou "descolados") ou alguém que se identificava apenas como "usuário da rede", os aplausos avolumavam, com gritos de torcida e assobios.

Principalmente se falassem contra médicos e a favor de uma "medicina holística", "humanizada", com "inclusão social", com respeito à "cidadania" e "autonomia", aos "direitos das pessoas vulneráveis" e sem ser um prática "centrada no médico". Bastava falar estes chavões, desde que com emoção, e sair para o abraço!... Literalmente.
Vejo com freqüência que outras fantasias curativas para o caos brasileiro, semelhantes a essa "humanização da saúde", têm ganhado força popular, como "cotas para negros", estatutos de idosos, de crianças, de adolescentes, modelos de inclusão digital, e coisas do tipo - todos bastante funcionais somente como modos de ONGs tirarem dinheiro de governos de ?esquerda?.
Em todas estas tentativas desvairadas dos esquerdistas ao tentar lidar com o colapso social brasileiro tem se construído um "bem" e um "mal" fictícios. Não sei até onde vão chegar estes embustes, nem se eles estão piorando ou melhorando essa merda de país. Posso, contudo, apenas lamentar de viver neste Brasil que se prepara para uma guerra tribal de todos contra todos: enfermeiros contra médicos, psicólogos contra psiquiatras, empresários contra arrivistas, médicos contra médicos, discursos contra discursos, vizinho contra vizinho, negro contra branco, branco contra negro, paulista contra nordestino, humanistas esquerdistas contra seus vilões de momento... E com todos os ?formadores de opinião? tentando manipular a massa com falsos deuses, a fim de que a população lute contra inimigos imaginários e eleja novos messias.

Espero, sinceramente, que meus "bondosos" personagens humanistas, os quais sou obrigado a fingir no dia-a-dia com essa multidão de alienados que se auto-destrói, ainda perdurem por tempo suficiente para eu não ser rotulado como "do mal" por esses novos moralistas inquisidores. Ainda não está bem claro qual vai ser o seu modo de exorcizar, se vão transformar suas ONGs, partidos e sindicatos em igrejas declaradas, unindo-se aos evangélicos, carismáticos e congêneres, em sua louca corrida contra diabos de todos os tipos, ou se vão querer queimar pessoas como eu em praça pública, junto aos novos diabos que forem enxergando em nossa derrocada como país. Por enquanto sigo como um "diabo" livre, quer dizer, vivo.
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Por Tomazio Aguirre

sábado, 17 de outubro de 2009

O uso de drogas mais perigosas...

"Como posso continuar vivendo depois de ter descoberto os segredos da vida? Não
posso escrevê-los aqui porque esse tipo de informação pode causar o caos".




Estudante americano Brett Chidester, de 17 anos, suicidou-se e deixou o bilhete com os dizeres acima, após consumir Salvia divinorum, originária do México, costuma ser desidratada e fumada(alucinógena).


PARA "MÍSTICOS" E NEM TANTO
Página brasileira na internet vende em seis parcelas a Salvia
divinorum, planta alucinógena proibida em diversos países


No Brasil, drogas alucinógenas não só são legalmente adquiríveis pela internet como ainda podem ser pagas em suaves prestações. Sites como Natureza Divina, Jardim Mágico e Divinorum oferecem ervas como a Salvia divinorum e a Argyreia nervosa – ambas com propriedades alucinógenas – em seis pagamentos parcelados no cartão de crédito. Anunciadas como "ferramentas para praticantes de meditação e ioga, místicos, esotéricos, filósofos e artistas", elas são, na verdade, versões legais de drogas ilegais como o LSD – e tão ou mais potentes do que ele, como provam os diversos filmes no YouTube que mostram os efeitos das plantas sobre os usuários. "Compro em sites quase todos os meses", diz um deles, João, um corretor de imóveis de 23 anos, de Londrina (PR). "Mas, como moro com meus pais, as encomendas chegam à república de uns amigos", afirma.



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O “cara” e o Nobel


Lula seguiu o protocolo e ligou na terça-feira passada para Barack Obama para parabenizá-lo pelo Nobel da Paz. Aos mais próximos, porém, Lula tem dito que o prêmio dado ao presidente americano não foi tão merecido assim. Aliás, no papo telefônico, que durou dez minutos, o próprio Obama disse a Lula que ficou surpreso com a homenagem.



Radar

Lá, como cá


Presentão do papai
Jean Sarkozy, filho do presidente: um dos empregos mais dourados da vasta administração pública francesa


Estaria o crescente sucesso de público do Brasil na Europa, onde a popularidade do presidente Lula é admirada como um milagre, nossa economia um exemplo de resistência e o Rio de Janeiro acaba de ganhar a disputa para hospedar a Olimpíada de 2016, começando a vencer barreiras nunca antes alcançadas? Em pelo menos um caso, o da França, a pergunta está pedindo para ser respondida. Ainda é cedo para ter alguma conclusão mais firme, mas o fato é que pode estar acontecendo ali uma importação de tecnologia puramente brasileira na área de usos e costumes políticos. Se certas coisas que os governos jamais deveriam fazer são feitas no Brasil com a maior tranquilidade, e com excelentes resultados para quem as faz, por que não aproveitar a experiência? O presidente Nicolas Sarkozy, pelo jeito, comprou a ideia. Num episódio que deixaria orgulhosos os professores brasileiros nesse tipo de atividade, nomeou logo o próprio filho, Jean Sarkozy, para um dos empregos mais dourados da vasta nebulosa de órgãos públicos que controlam a vida na França, seja qual for o partido que estiver no governo no momento. Nada de sobrinhas, namoradas dos netos etc. – o presidente, um político que tem a fama de ser impaciente com muita conversa, já foi nomeando o filho mesmo, direto.

O cargo escolhido não é para qualquer um. Trata-se de presidir o organismo que reina sobre o bairro de La Défense, na Grande Paris, onde funciona e prospera o maior complexo de edifícios de escritórios de toda a Europa – acima do monumental Canary Wharf, em Londres, e de qualquer concentração pa-recida que possa haver em São Paulo, por exemplo. São 3,3 milhões de metros quadrados de construção, nos quais operam 2 500 empresas francesas e multinacionais. Trabalham em La Défense 150 000 pessoas (em comparação com as 90 000 de Canary Wharf), o que a torna a área urbana que oferece mais empregos por metro quadrado da França. Está em andamento, enfim, um projeto para dobrar o tamanho do complexo nos próximos anos, envolvendo investimentos de bilhões de euros. Por uma dessas peculiaridades da França, que só valeria a pena explicar com detalhes em caso de extrema necessidade, a área de La Défense é gerida por uma espécie de autarquia cujo conselho de administração é controlado pelo governo; é para o cargo de presidente desse conselho que Sarkozy decidiu indicar seu filho.

Jean Sarkozy tem 23 anos de idade, está no 2º ano da faculdade de direito, na qual já foi reprovado duas vezes, e sua experiência como gestor de empreendimentos urbanos, imobiliários e comerciais com o porte de La Défense, ou com qualquer porte, é inexistente, mesmo porque ainda não teve tempo para construir nada que se pareça com uma carreira profissional. A essas objeções, o governo diz que Jean Sarkozy não pode ser impedido de exercer um cargo importante apenas por ser jovem. E também que o fato de ele ser filho do presidente não pode servir de barreira para que assuma, como cidadão, suas responsabilidades no serviço público. Nepotismo? Os defensores do governo dizem que qualquer sugestão a esse respeito é puramente "política" e claramente articulada para defender os interesses "da oposição". Fica, a partir daí, a questão: qual a diferença disso para o que acontece no Brasil, à parte a circunstância de que a nomeação de Sarkozy Jr. é em francês e as daqui são em português? Alguma diferença deve haver, especialmente para brasileiros condicionados a ver nos países da Europa uma forma superior de civilização, onde atos de delinquência na vida pública nunca são considerados "a mesma coisa"; não podem ser, pois França, Inglaterra, Itália etc. "não são o Brasil", como se diz. De fato não são, mas um caso como o do filho do presidente Sarkozy é tão parecido com o que acontece do nosso lado, mas tão parecido, que só mesmo muita ciência política para explicar a diferença.

Depois da globalização, talvez esteja chegando a brasileirização. C’est la vie.

Fascismo de Esquerda


O polemista conservador americano Jonah Goldberg
cansou de ser insultado pela esquerda de seu
país – e devolve a provocação em um livro do qual
todos os ídolos democratas saem chamuscados


Nelson Ascher


Em 1923, o jornalista Isaac F. Marcosson escreveu no New York Times, em tom de admiração, que "Mussolini é o Roosevelt latino que primeiro age e só depois procura saber se é legal. Ele tem sido de grande ajuda para a Itália".4 A Legião Americana, que, durante quase toda a sua história, tem se destacado por ser uma grande e generosa instituição, foi fundada no mesmo ano em que Mussolini tomou o poder, e, em seus primeiros tempos, buscou inspiração no movimento fascista italiano. "Não se esqueçam", declarou naquele ano o comandante nacional da Legião, "de que os membros do Partido Fascista são para a Itália o que a Legião Americana é para os Estados Unidos."5

Em 1926, o humorista americano Will Rogers visitou a Itália e entrevistou Mussolini. Ele disse ao New York Times que Mussolini era "um tipo de carcamano". "Eu estou muito entusiasmado com essa figura." Rogers, a quem o National Press Club havia informalmente apelidado de "embaixador itinerante dos Estados Unidos", escreveu a reportagem para o Saturday Evening Post. Ele concluiu: "O governo ditatorial é a melhor forma de governo que existe: quer dizer, desde que você tenha o ditador certo."6 Em 1927, o editor do Literary Digest fez uma pesquisa perguntando: "Existe escassez de grandes homens?" Dentre os grandes homens apontados para refutar a pergunta, o mais votado foi Benito Mussolini - seguido de Lenin, Edison, Marconi e Orville Wright (um dos inventores do avião), com Henry Ford e George Bernard Shaw empatados em sexto lugar. Em 1928, o Saturday Evening Post glorificou ainda mais Mussolini, publicando uma autobiografia do Duce em oito capítulos. A série recebeu um acabamento especial e virou um livro que entrou para a história como um dos maiores adiantamentos já pagos a um editor americano.

E por que não haveria o americano médio de pensar que Mussolini era um grande homem? Winston Churchill o havia chamado de o maior legislador vivo do mundo. Sigmund Freud enviou a Mussolini uma cópia de um livro que escrevera junto com Albert Einstein, com a dedicatória "Para Benito Mussolini, de um velho que saúda o Governante, o Herói da Cultura". Os titãs da ópera, Giacomo Puccini e Arturo Toscanini, estavam entre os primeiros acólitos fascistas de Mussolini. Toscanini foi um dos primeiros membros do círculo do Partido Fascista de Milão, que conferia a seus integrantes uma aura de autoridade e precedência semelhante à dos membros do Partido Nazista nos tempos do Putsch da Cervejaria. Toscanini foi candidato ao parlamento italiano numa chapa fascista em 1919 e só foi repudiar o fascismo 12 anos depois.7

Mussolini era um herói especial dos muckrakers - aqueles jornalistas liberais progressistas dedicados a denunciar corrupções e escândalos e a defender os interesses do homem comum. Quando Ida Tarbell, a famosa repórter cujo trabalho ajudou a derrubar a Standard Oil, foi enviada à Itália em 1926 pela revista McCall's para escrever uma série sobre a nação fascista, o Departamento de Estado dos Estados Unidos temeu que aquela "radical bastante vermelha" pudesse escrever apenas "violentos artigos anti- Mussolini". Tais receios eram infundados. Ida foi cortejada pelo homem que ela chamou de "um déspota com covinhas" e louvou sua atitude progressista com relação aos trabalhadores. Igualmente atraído ficou Lincoln Steffens, outro famoso muckraker, que talvez seja vagamente lembrado nos dias de hoje como o homem que retornou da União Soviética declarando: "Estive no futuro, e funciona." Pouco depois daquela declaração, ele fez outra a respeito de Mussolini: Deus havia "criado Mussolini a partir de uma costela da Itália". Conforme veremos, Steffens não via nenhuma contradição entre seu gosto pelo fascismo e sua admiração pela União Soviética. Até Samuel McClure, o fundador do McClure's Magazine, o lar de tantos muckrakers famosos, apoiou o fascismo depois de visitar a Itália. Ele o saudou como "um grande passo adiante e o primeiro novo ideal de governo desde a fundação da República americana".8

Enquanto isso, quase todos os jovens intelectuais e artistas italianos mais famosos e admirados eram fascistas ou simpatizantes (a mais notável exceção foi o crítico literário Benedetto Croce). Giovanni Papini, o "pragmático mágico" tão admirado por William James, estava profundamente envolvido nos vários movimentos intelectuais que criaram o fascismo. Seu A história de Cristo - um tour de force turbulento, quase histérico, relatando sua aceitação do cristianismo - causou sensação nos Estados Unidos no início da década de 1920. Giuseppe Prezzolini, frequente colaborador do New Republic que um dia haveria de se tornar um respeitado professor na Universidade de Colúmbia, foi um dos primeiros arquitetos literários e ideológicos do fascismo. F. T. Marinetti, o fundador do movimento Futurista - que na América era visto como um companheiro artístico do Cubismo e do Expressionismo -, foi instrumental para fazer do fascismo italiano o primeiro "movimento jovem" bem-sucedido do mundo. O establishment educacional americano estava profundamente interessado nos avanços da Itália sob o notável "mestre-escola" Benito Mussolini - que, de fato, havia sido professor.

Talvez nenhuma instituição de elite na América tenha se acomodado ao fascismo tanto quanto a Universidade de Colúmbia. Em 1926, ela criou a Casa Italiana, um centro de estudos da cultura italiana e cenário para palestras de acadêmicos italianos preeminentes. Era a "genuína casa do fascismo na América" e uma "escola para os ideólogos fascistas que despontavam", de acordo com John Patrick Diggins. O próprio Mussolini havia contribuído com alguns móveis barrocos para a Casa Italiana e enviado ao presidente da universidade, Nicholas Murray Butler, uma foto autografada agradecendo sua "grande e valiosa contribuição" para a promoção do entendimento entre a Itália fascista e os Estados Unidos.9 Butler, pessoalmente, não era um defensor do fascismo para a América, mas acreditava que estava de acordo com os melhores interesses do povo italiano e que havia sido um sucesso muito real que merecia ser estudado. Essa distinção sutil - o fascismo é bom para os italianos, mas talvez não o seja para a América - era feita por uma grande variedade de destacados intelectuais liberais, posição muito parecida com a de alguns liberais que defendem o "experimento" comunista de Fidel Castro.


Veja, para assinantes

Trecho de Fascismo de Esquerda,
de Jonah Goldberg

1
Mussolini:
o pai do fascismo

Você é o máximo!
Você é o Grande Houdini!
Você é o máximo!
Você é Mussolini!
- Versão anterior da música de Cole Porter "You're the top"1

Se alguém se guiasse somente pelo que lê no New York Times ou no New York Review of Books, ou pelo que aprendeu com Hollywood, seria perdoado por pensar que Benito Mussolini chegou ao poder mais ou menos na mesma época que Adolf Hitler - ou até um pouco mais tarde - e que o fascismo italiano era meramente uma versão tardia, aguada, do nazismo. A Alemanha aprovou suas odiosas políticas raciais - as Leis de Nuremberg - em 1935, e a Itália de Mussolini a seguiu em 1938. Os judeus alemães foram levados para campos de concentração em 1942, e os judeus na Itália foram levados para campos de concentração em 1943. São poucos os escritores que mencionam casualmente, entre parênteses, que, até a Itália aprovar suas leis raciais, na realidade havia judeus trabalhando no governo italiano e no Partido Fascista. E, de tempos em tempos, pode-se encontrar uma concordância com a exatidão histórica quando alguém indica que os judeus só foram aprisionados depois que os nazistas invadiram o norte da Itália e criaram um governo títere em Saló. Mas, em geral, tais fatos inconvenientes são postos de lado o mais rapidamente possível. O mais provável é que nossa compreensão dessas questões venha de filmes de sucesso como A vida é bela,2 que pode ser resumido assim: o fascismo chegou à Itália e, poucos meses depois, chegaram os nazistas, que amontoaram os judeus em vagões e os levaram embora. Quanto a Mussolini, era um ditador bombástico, com aparência ridícula, mas altamente eficiente, que fez com que os trens passassem a andar no horário.

Tudo isso significa passar o filme de trás para frente. À época em que a Itália relutantemente aprovou suas vergonhosas leis raciais - que foram postas em prática com um grau de barbaridade nem de longe parecido com o exibido pelos nazistas -, já haviam transcorrido mais de três quartas partes do reinado do fascismo italiano. Dezesseis anos se passaram entre a Marcha sobre Roma e a aprovação das leis raciais italianas. Começar com os judeus quando se fala de Mussolini é o mesmo que começar pelo confinamento dos japoneses ao falar de FDR: boa parte da história é deixada para trás. Durante toda a década de 1920 e na maior parte da seguinte, fascismo significou algo muito diferente de Auschwitz e Nuremberg. Antes de Hitler, de fato, nunca ocorrera a ninguém que o fascismo tivesse alguma coisa a ver com antissemitismo. A rigor, Mussolini era apoiado não apenas pelo principal rabi de Roma, mas por uma parte substancial da comunidade judaica italiana (e da comunidade judaica mundial também). Além disso, os judeus estavam super-representados no movimento fascista italiano desde a sua fundação, em 1919, até serem expulsos, em 1938.

Questões raciais de fato ajudaram a mudar o rumo da opinião pública americana a respeito do fascismo. Mas isso não tinha nada a ver com os judeus. Quando Mussolini invadiu a Etiópia, os americanos finalmente começaram a se voltar contra ele. Em 1934, a canção de sucesso de Cole Porter "You're the top" não provocou nem ao menos uma palavra de controvérsia a respeito do verso: "Você é Mussolini!" Quando Mussolini invadiu aquele pobre, mas nobre, reino africano no ano seguinte, isso danificou sua imagem irremediavelmente, e os americanos decidiram que já tinham visto o bastante. Aquela era a primeira guerra de conquista empreendida por uma nação europeia ocidental depois de mais de uma década, e os americanos ficaram claramente insatisfeitos, especialmente os liberais e os negros. Ainda assim, foi um processo lento. O Chicago Tribune inicialmente apoiou a invasão, bem como repórteres como Herbert Matthews. Outros afirmaram que seria hipocrisia condená-la. O New Republic - que estava no auge de sua fase pró-soviética - acreditava que seria "ingênuo" responsabilizar Mussolini quando o verdadeiro culpado era o capitalismo internacional. E não foram poucos os americanos preeminentes que continuaram a apoiá-lo, embora discretamente. O poeta Wallace Stevens, por exemplo, continuou pró-fascista. "Eu sou pró- Mussolini, pessoalmente", escreveu a um amigo. "Os italianos", explicou, "têm tanto direito de tomar a Etiópia dos crioulos quanto tinham os crioulos de tomá-la das jiboias constritoras."3 Mas, com o tempo, principalmente devido à sua subsequente aliança com Hitler, a imagem de Mussolini ficou cada vez mais desgastada.

Isso não significa dizer que ele não tenha levado vantagens.

O que é (ou foi) o fascismo?


Pode-se facilmente identificar quais países, regimes e movimentos, entre as duas guerras mundiais, eram fascistas, com a Itália de Mussolini e a Alemanha de Hitler à frente. E sabe-se que, em linhas gerais, todos compartilhavam nacionalismo, anticomunismo, autoritarismo, o culto ao líder, a mobilização das massas, um apego à violência, a demonização de inimigos reais ou imaginários. Aqui termina o acordo entre eruditos, começam as interpretações, e se entra numa esfera distinta, na qual "fascista" deixou há muito de ser uma palavra para se converter em palavrão. Poucos se abstêm de usá-lo para dizer que discordam ou não gostam de algo ou de alguém – mas, como açoite verbal, o termo pertence sobretudo à esquerda. Fascismo de Esquerda (tradução de Maria Lucia de Oliveira; Record; 546 páginas; 59,90 reais), do ensaísta americano Jonah Goldberg, uma das jovens estrelas que se agrupam em torno da revista National Review – veículo do vilanizado neoconservadorismo americano –, retruca à esquerda dos Estados Unidos, que vilipendia os conservadores acusando-os de fascistas. Goldberg devolve a acusação, tentando provar, menos por argumentação que por acúmulo de convergências e coincidências factuais, que, ao fim e ao cabo, "fascistas são vocês".

Por alentada que seja, a obra não é nem um apanhado teórico, nem uma investigação histórica. Trata-se antes de uma polêmica popular, o que torna relevante seu contexto. Ela é uma intervenção no longo e aguerrido debate americano entre liberais e conservadores, orientações políticas que, entre nós, equivaleriam, grosso modo, a centro-esquerda e centro-direita. Livre para rotular, Goldberg segue a lógica do insulto até cair, amiúde, no ridículo. Assim, que a Revolução Francesa tenha sido violenta e homicida, não basta, como quer o autor, para caracterizá-la anacronicamente como pecado original e raiz do fascismo. No entanto, se o polemista neoconservador não consegue (como os liberais ou esquerdistas tampouco) aproximar seus adversários decisivamente dos antigos camisas-negras ou estabelecer entre ambos um verdadeiro vínculo genético, nem por isso deixa de arrolar semelhanças e parentescos no mínimo intrigantes e, no limite, desagradáveis.

Não é mistério que, em seus extremos nazista e stalinista, direita e esquerda se assemelhavam mais entre si do que a qualquer forma de democracia civilizada. Goldberg, contudo, ao explorar cerca de um século de "progressivismo" e liberalismo americanos, revela que estes nem sempre estiveram do lado do bem. Do nacionalismo chauvinista ao expansionismo imperial, da eugenia ao racismo, da xenofobia ao antissemitismo, quase tudo o que se atribui à direita foi, em algum momento, testado ou adotado pela esquerda americana, cujos heróis e paladinos saem, se não desmoralizados, decerto chamuscados. Dos quatro grandes presidentes democratas, Woodrow Wilson (que interveio na I Guerra e idealizou a Liga das Nações), Franklin Roosevelt (pai do New Deal e pilar da aliança que, na guerra seguinte, derrotou o Eixo), John Kennedy e Lyndon Johnson (cujas administrações acabaram com a segregação racial), nenhum emerge incólume de Fascismo de Esquerda. Embora seus governos não tenham sido fascistas, Goldberg mostra que eles comportavam elementos do fascismo.

O New Deal rooseveltiano, economicamente menos eficaz do que a lenda declara, envolveu uma mobilização de cima para baixo da população que, encorajada pela propaganda de slogans marciais nos novos meios de comunicação de massa (rádio e cinema), apresentava semelhanças preocupantes com o que ocorria então na Itália, Alemanha e União Soviética. Kennedy, por seu turno, valeu-se pioneiramente da televisão para projetar uma imagem quase monárquica de sua personalidade e gestão. Seu assassinato contribuiu para mitificá-lo como mártir da causa liberal. Que os ídolos republicanos sejam poupados por Goldberg de tão severo exame é da natureza da polêmica. Há nela, porém, informações úteis sobre a mais estereotipada das nações, os Estados Unidos. Publicado antes da eleição de Barack Obama, o livro ajuda a acompanhar com ceticismo a ascensão, atípica em democracias maduras e pragmáticas, de um dirigente messiânico e, de antemão, anunciado como redentor do passado, reconciliador das raças, salvador da pátria. Embora se possa e, em muitas questões, se deva tomar a obra com boas pitadas de sal, não há como ignorar a pertinência de suas melhores provocações.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O Senado da República


“O comportamento do senador está fora do padrão ético que um parlamentar deve ter. O Senado vem num processo de restabelecimento. O Senado vem num processo de restabelecimento da imagem perante a opinião pública e o senador, com uma manifestação desta, põe tudo por terra”.


A fala é do senador Romeu Tuma (PTB-SP), corregedor do Senado, ao informar que abriu um procedimento preliminar para avaliar se o seu colega Eduardo Suplicy (PT-SP) quebrou o decoro ao desfilar no Senado com uma cueca vermelha por cima da calça, a convite da apresentadora Sabrina Sato, do programa Pânico na TV.

Quem é revanchista?


À respeito das indenizações, pensões, bolsas, auxílios para quem foi "vítima" do Governo 64-85:


Decorridos pelo menos 36 anos pode-se olhar para esses fatos como circunscritos à época em que ocorreram. É justo que paguemos, com recursos financeiros e paciência pelas escolhas pessoais pelos envolvidos? Esse vitimismo delirante pode ser utilizado como justificativa para a cupinização do Estado? Quem frequentou masmorras naquele período sabia exatamente que essa possibilidade existia tanto quanto, em maior ou menor grau, a de assumir o poder. De qualquer modo jogaram suas cartas. De modo impróprio hoje se beneficiam do e com o poder. Seria pedir muito que não nos atormentassem com essas desculpas? Façam o que estão fazendo e não percam tempo em justificar atos e falcatruas pois são exatamente o que qualquer um faz em nossa democracia adjetivada. Seja de direita, centro ou esquerda (ou suas combinações e mutações). Esse revisionismo não tem sentido.

Cuba e o Mito da Medicina




Fidel Castro e Che Guevara:
Os Terroristas Genocidas da América Latina.















A elite dirigente e seus protegidos dispõem de um serviço de saúde especial, dotado de tecnologia de ponta.

Para os outros cubanos, restam hospitais em completa decadência, onde a irrupção constante de pacientes procurando por médicos ou enfermeiros recomendados por um amigo desorganiza todo o sistema de prioridades.
"O regime cubano e seus defensores mencionam o sucesso da "Revolução" na área da saúde. Foram 45 anos de esforços que garantiram acesso gratuito à medicina para todos os cidadãos, a ponto de Cuba registrar indicadores que não deixam nada a desejar aos de países desenvolvidos.

Mas o que as estatísticas não revelam é um sistema de saúde também regido pela penúria, pelo improviso e pela corrupção engendradas pelo regime castrista.
Em 1984, Fidel Castro apareceu com a idéia de converter a medicina geral em especialidade. Criou um projeto que previa "um médico para cada 120 famílias". O objetivo era propiciar cuidados básicos por meio de clínicas geridas por um "médico de família". Dentro de seu perímetro geográfico, eles realizam tarefas administrativas, como compilar estatísticas, e coordenam com os demais centros a assistência complementar a seus pacientes.
Pediatra, ginecologista, generalista e agente administrativo, o sobrecarregado médico de família atende seus pacientes no hospital e precisa inventar remédios, já que falta tudo nas farmácias.

O alho combate a hipertensão, o mamão serve para os problemas digestivos. O médico repete a seus pacientes que não dispõe de antiinflamatórios ou antibióticos e que é preciso "tentar encontrá-los na rua". São sempre os agentes do mercado negro que encontram uma solução, a preço exorbitante.
O problema é mais espinhoso quando o médico pede radiografias ou outros exames. Se há produtos para o exame, é o especialista que não está disponível, ou a primeira data possível é para depois de dois meses.

Teatro de epidemias
Além disso, as verbas destinadas às clínicas dos médicos de família reduziram o orçamento destinado às policlínicas, hospitais e institutos especializados.
No pronto-socorro do hospital de Guantánamo, no leste da ilha, onde Liset, um jovem médico de 29 anos, faz seus plantões, "os dilemas são cotidianos: um aparelho de oxigênio para dois pacientes, um calmante para dois pacientes sofrendo de dor de dente, nada de raio-X ou de exame de sangue".

E se o paciente precisa de uma cirurgia, tem de levar com ele ataduras, guardanapos, sabão, um ventilador, seringas, agulhas e às vezes até a água. Bairros superpovoados, como o centro de Havana, onde as condições de higiene são deploráveis, tornaram-se teatro de epidemias de dengue e leptospirose.
Os médicos no passado desfrutavam da condição de queridinhos do regime.
Nefrologista em um hospital de Havana, S. C. diz que "todos os dias recebemos críticas da população, embora os médicos de Cuba hoje em dia façam milagres".
Um especialista ganha 600 pesos (cerca US$ 23) ao mês e, com a sobrecarga de trabalho, não tem tempo para batalhar por fora e ganhar alguns dólares, algo que todos os cubanos são forçados a fazer para sobreviver.

Há hoje uma massa de médicos mudando de profissão, tornando-se carregadores de malas em hotéis ou garçons em centros turísticos. Muitos deles esperam ser enviados em "missões internacionalistas" para juntar dólares ou sair de vez do país.
Não importa o que aconteça, é preciso manter a fachada e, no curso de visitas oficiais, os hóspedes estrangeiros continuam a ser levados à requintada Escola Latino-Americana de Medicina, enquanto o Partido Comunista e a Segurança do Estado se esforçam mais do que nunca para controlar as estatísticas que fazem de Cuba "uma grande potência médica".
Vincent Bloch, 28, diplomado pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris e doutorando em sociologia da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris, viveu em Cuba por dois anos.

(Publicado pela Folha de São Paulo)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vale Tudo no Culto ao Lulismo!



"No nosso projeto original de fazer essa viagem não estava previsto a gente fazer comício. Estava previsto fazer visitas às obras".





Declaração de Lula, ontem, discursando em cima de um palanque às margens do Rio São Francisco. Com ele e uma enorme comitiva de assessores de imprensa e de marketing viajavam dois candidatos a governador pela Bahia e dois candidatos à sua sucessão, ambos da base aliada do seu governo. No céu, "avoava" um avião da FAB com 24 jornalistas escolhidos a dedo, entre os quais estavam vários de jornais e emissoras internacionais. Não havia nada para inaugurar. Nenhuma obra finalizada foi entregue. Lula pescou. Lula andou de barco. Lula abraçou pessoas. Lula mencionou os seus candidatos. Lula fez um não, fez vários comícios. Ou seja, cometeu vários crimes eleitorais. E reincidiu.

A prova está na definição do termo, gentilmente cedida pelo Dicionário Houaiss.
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Obviamente, há o jeito Toffoli ou Tarso de interpretar as palavras. Vão dizer que ali estavam apenas para protestar e criticar, afinal de contas o Lula não chamou seus antecessores e antepassados de "duas caras"? Ou, indo mais além, também vão dizer que Lula não é candidato a cargo eletivo e, desta forma, não existiu comício. Não é com este tipo de bravata e de chicana que nos acostumamos a conviver nos últimos sete anos, quando esta praga petista assolou o país, colocando a Justiça a serviço dos seus interesses partidários?

China Comunista???


A China governada pelos camaradas comunistas tem hoje o segundo maior número de bilionários do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e é o mercado de mais rápido crescimento para as grifes de luxo internacional, como Louis Vuitton, Rolex e BMW. Os ricos chineses estão cada vez mais ricos, apesar do terremoto financeiro no qual o mundo está imerso desde setembro de 2008, quando a quebra do banco Lehman Brothers deu origem à maior crise financeira global desde a Grande Depressão de 1929.

Nos últimos 12 meses, a fortuna combinada das 1.000 pessoas mais ricas do país aumentou em 30%, para US$ 571 bilhões, e a China tem hoje o segundo maior número de bilionários de todo o mundo, depois dos Estados Unidos. Quase todos que aparecem no ranking do Relatório Hurun, divulgado esta semana, são novos ricos, que construíram suas fortunas a partir do zero. Dos 1.000 integrantes da lista, menos de 1% herdou sua foturna. Para entrar no ranking era necessário ter um patrimônio pessoal de pelo menos US$ 150 milhões, US$ 50 milhões a mais que em 2008.

Fora desse universo, há milhares de outros abastados no país. O responsável pelo Relatório Hurun, Rupert Hoogewerf, estima que existem 825 mil pessoas na China com riqueza superior a US$ 1,5 milhão.
Como bons novos ricos, os ricos chineses fazem questão de mostrar que são ricos. Para isso, nada melhor que ostentar aquisições que trazem estampadas algumas das inúmeras grifes de luxo internacional que se engalfinham por uma fatia do crescente mercado chinês. A China já é o segundo maior mercado para grifes de luxo do mundo, atrás apenas do Japão, e deverá assumir a liderança no ranking até 2015.

Marcas de carros como Ferrari, BMW e Mercedes encontraram nos ricos chineses um oásis de compradores em meio à seca que assola o mundo. A BMW viu suas vendas globais caírem 19% nos primeiros sete meses do ano. Na China, elas aumentaram 26%. A Mercedes vendeu 44,3 mil carros no país desde o início do ano, 52% a mais que em igual período de 2008. Em breve, a China será o maior mercado para a Porsche, que vendeu 7.615 unidades no país em 2008, um salto de 145% em relação a 2007. Os chineses também compram quantidades crescentes de jóias e acessórios, como bolsas e relógios. A marca preferida dos novos ricos é Louis Vuitton, seguida de BMW, Mercedes-Benz, Rolls-Royce, Rolex, Ferrari, Cartier, Chanel, Bentley e Porsche. Todas têm forte presença na China, onde os shoppings concentram uma quantidade inacreditável de grifes de luxo.

Obras de arte também estão em alta e, segundo a revista The Economist, existem em torno de 100 colecionadores chineses que gastam no mínimo US$ 1 milhão por ano na compra de objetos de arte. Leilão realizado pela Sotheby´s em Hong Kong no dia 8 de outubro bateu recordes de preços na venda de peças antigas, que evocam a grandiosidade do período imperial chinês. Trono que pertenceu ao imperador Qianlong, da dinastia Qing (1644-1911) foi arrematado por US$ 11 milhões, quase três vezes o preço inicial de US$ 4 milhões. Com elaborados entalhes, o trono de madeira traz cinco figuras de dragão, cuja imagem era associada ao imperador chinês. É difícil imaginar uma peça que melhor atenda ao insaciável deseja de status dos novos ricos chineses.

Aí vão algumas imagens do luxo chinês:

Lojas da Prada e da Gucci em shopping de Pequim

Exibição de Porsches em shopping de Pequim, em frente a loja da Versace

Ferrari estacionada em Xangai

Estadão