sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pelo fim da aberração da Copa 2014


Foram necessárias apenas duas horas e meia para que um designer norte-americano que mora em Nova Jersey e se auto-rotula como “um texano teimoso” e “futboler” criasse uma nova versão do logo da Copa de 2014. Felix Sockwell publicou em seu blog que pretende vir ao Brasil para a Copa do Mundo com seu vizinho Marco, mas que o nosso logo oficial é um pesadelo.

Fã da seleção canarinho e companheiro de bola de brasileiros, Sockwell disse ao UOL Esporte que “o Brasil não respeita os bons designers gráficos”. “Quando os Estados Unidos sediaram a Copa de 1994, contrataram Woody Pirtle, da Pentagram, para criar o design. E adivinhem... Foi excelente. Ainda é o maior registro de vendas numa Copa do Mundo”, destacou.

Em tom bem-humorado, o diretor de arte – que acumula experiência em grandes agências de publicidade como DDB, The Richards Group e Ogilvy – mapeou os pontos críticos da marca oficial da Copa de 2014, que tantas polêmicas tem motivado desde que foi lançada. Para ele, a ideia parece “OK”, já a execução é gravemente deficiente e as proporções do troféu não foram corretamente elaboradas.

Sockwell afirma que esteticamente as mãos do desenho não parecem humanas, que mais lembram a forma de sapos. Além disso, ele argumenta que o fato de os dedos estarem grudados pode gerar problemas de impressão em tamanhos menores.

Sobre o “2014” inserido no logo, questiona: “Os números aqui? Por quê? E por que em vermelho?” Ele ressalta que seria melhor empregar apenas duas ou três cores, e não adicionar uma quarta. “O Brasil é verde, azul e amarelo. Tirem o vermelho.”

As graduações de cor (tons entre verde e amarelo no topo da taça) também são desnecessárias, na sua opinião: “Gradientes não produzem bem em uma cor, especialmente sobre pano, couro e superfícies ásperas. É melhor mantê-las [as tonalidades] simples.” Segundo o designer, quanto mais simples, mais se enfatiza o aspecto tridimensional.

Outra falha apontada pelo norte-americano se refere aos símbolos de “Registrada” e “Copyright” (identificados pelas letras R e C), que poderiam ser substituídos apenas por “Trademarked” (TM) em tamanho menor.

“Quando você está projetando uma identidade visual, as pessoas gostam de saber como o desenho funcionaria em aplicações, composições diversas. Eu preferia uma versão que se utilizasse mais das cores e dos elementos da bandeira. A repetição cria força”, concluiu.

Ao UOL Esporte, Sockwell contou ainda que Estados Unidos, Red Bulls e Brasil são os seus times, e que considera Kaká um jogador exemplar. “Ele distribui bem a bola e cria situações. Alguns outros jogadores como Robinho e Luís [Fabiano] são bons individualmente.”

Ávido por conhecer o Rio de Janeiro, o designer crê que a Copa em solo brasileiro será diferente. “Não poderá ser pior do que na África do Sul. Todo mundo sabe que o Brasil ama futebol e vai respeitar os jogos.”

UOL

quinta-feira, 29 de julho de 2010

PT e FARC: Recordar é viver...


Até figuras como Alborghetti, Merval Pereira e Raul Reyes falaram dos vínculos entre o PT e as Farc. Por que o PT quer processar só o PSDB?

Se o PT quiser processar todo mundo que os liga aos narcotraficates, vai faltar tribunal. Pois além dos pioneiros Constantine Menges, Olavo de Carvalho, Graça Salgueiro, Heitor de Paola e outros articulistas do MSM, que há anos escrevem rotineiramente das conexões entre o PT, as Farc e outros grupos terroristas e do narcotráfico latino-americano, outras pessoas já denunciaram os fatos que só agora, após anos de devastação petista, Índio da Costa, seguido pela tucanada (José Serra, Sérgio Guerra, Geraldo Alckmin) resolveu comentar.

Então, considerei útil agregar alguns links, vídeos e comentários a respeito. Encontrei-os rapidamente, clicando web afora, nesta segunda (19), interessado que estava para ler a respeito.

Bem, o PT já não pode mais processar Raul Reyes, o segundo das Farc, abatido pelos bravos militares colombianos numa operação que também capturou o notebook do traficante, que continha informações sobre... Bem, para não restar dúvidas, segue trecho da entrevista do ex-vice das Farc, realizada pelo jornalista Fabiano Maisonnave, lá atrás, em agosto de 2003, na não menos revolucionária Folha de S. Paulo:

Folha de S.Paulo - Qual é a sua avaliação do governo Lula?

Reyes - Tenho muita esperança em que o governo Lula se transforme num governo que tire o povo brasileiro da crise. Lula é um homem que vem do povo, nos alegramos muito quando ele ganhou. As Farc enviaram uma carta de felicitações. Até agora não recebemos resposta.

Folha de S.Paulo - Vocês têm buscado contato com o governo Lula?

Reyes - Estamos tentando estabelecer --ou restabelecer-- as mesmas relações que tínhamos antes, quando ele era apenas o candidato do PT à Presidência.

Folha de S.Paulo - O sr. conheceu Lula?

Reyes - Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.

Folha de S.Paulo - Houve uma conversa?

Reyes - Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.

Folha de S.Paulo - Qual foi a última vez que o sr. falou com ele?

Reyes - Não me lembro exatamente. Faz uns três anos.

Folha de S.Paulo - Fora do governo, quais são os contatos das Farc no Brasil?

Reyes - As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais. Na época do presidente [Fernando Henrique] Cardoso, tínhamos uma delegação no Brasil.

Folha de S.Paulo - O sr. pode nomear as mais importantes?

Reyes - Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas...

Folha de S.Paulo - Quais intelectuais?

Reyes - [O sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos outros.

Folha de S.Paulo - No Brasil, as Farc têm a imagem associada ao narcotráfico, em especial com o traficante Fernandinho Beira-Mar. A Polícia Federal concluiu que ele esteve na área das Farc junto com Leonardo Dias Mendonça. O sr. confirma?

Reyes - Não sou um policial, sou um revolucionário. A Colômbia não é tão grande como o Brasil, mas tem 1.142.000 km2, e as Farc estão presentes em todo o país. Qualquer um que chegue do Brasil, da Europa ou dos EUA a qualquer um dos Departamentos da Colômbia, pode vir a ter contato com a guerrilha.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u62119.shtml

Fica a pergunta: Raul Reyes pôde falar das conexões PT-Farc. Por que Índio da Costa, não?

Adiante. Em março de 2005, como se publicasse grande novidade, a revista Veja apresentou a reportagem Laços Explosivos: Documentos secretos guardados nos arquivos da Abin informam que a narcoguerrilha colombiana Farc deu 5 milhões de dólares a candidatos petistas em 2002. Para quem já lia o Mídia Sem Máscara, a revista chovia no molhado.

Em 2008, até Merval Pereira [ver nota] tocou no assunto (valeu, Aluizio Amorim). Sabemos, Merval Pereira pode ser acusado de tudo, menos de conservador, de anti-esquerdista, de inteligente, etc.


O velho Alborghetti (bem lembrado, kamaradas do Vanguarda Popular) também não deixou por menos. No mesmo ano, lia em seu programa de tevê matéria da jornalista Juliana Castro, que tratava de uma atitude de militares da reserva brasileiros: com base nas informações apuradas pela revista Cambio, falavam das conexões entre o PT e o grupo narcoguerrilheiro auto-intitulado Farc. O PT quer ferrar os militares a todo custo, mas jamais processou o falecido Luiz Carlos Alborghetti.



O jornalista Políbio Braga comentou ontem no Twitter, que as Farc foram recebidas pelo então governador Olívio Dutra, do PT, no próprio palácio do governo do Rio Grande do Sul. Olavo de Carvalho comentou o episódio na época, não sem antes citar uma declaração de George Bernanos que adquire cada vez mais uma inegável dimensão profética. Em suas palavras:

Georges Bernanos, um profeta que tinha o péssimo hábito de acertar, disse na década de 40 que "o Brasil é um país maravilhoso, mas infelizmente destinado a ser palco da mais sangrenta das revoluções".

Se depender das autoridades gaúchas, isso é para já. Receber líderes das FARC para conversações secretas, dar-lhes proteção estatal para que ensinem até a crianças de escola as metas e métodos da narcoguerrilha colombiana é o mínimo que o governo do sr. Olívio Dutra se permite.

http://www.olavodecarvalho.org/semana/04212002zh.htm.

Ainda há mais. Como a nomeação da esposa do pseudo-padre articulador das Farc Olivério Medina, para uma "boquinha" na Secretaria Especial de Agricultura e Pesca, a pedido de Dilma Roussef. Saiu na Gazeta do Povo:

A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, órgão do governo federal com status de ministério, emprega desde 2006, em um cargo de confiança, a paranaense Ângela Maria Slongo, mulher do ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Francisco Antônio Cadenas Collazzos, conhecido como Oliverio Medina. Ela também é, desde 1986, professora concursada da Secretaria de Educação do Paraná e foi cedida pelo governo do estado ao órgão federal em 2006 - num pedido feito pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao governador Roberto Requião.

Acusado de homicídio e terrorismo na Colômbia, Medina viveu em prisão domiciliar em Brasília entre 2005 e março do ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu o pedido de extradição para o país vizinho.

http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=772307&tit=Mulher-de-ex-guerrilheiro-das-Farc-tem-cargo-no-governo


Reinaldo Azevedo também escreveu artigo relembrando de alguns desses fatos, e tem mais informações por aí. Elenquei algumas, dando ênfase aos veículos de comunicação bem conhecidos da patuléia, para não aparecer nenhum bobalhão dizendo que se trata de mais uma "teoria da conspiração".

Sabe como é. Estamos lidando com brasileiros. Gente que vota em tucanos e petistas.



Nota de esclarecimento:

É útil lembrar que Quando Olavo de Carvalho foi demitido do Globo, o editor dos seus artigos era Merval Pereira, que também ocupava um cargo na diretoria e assinava uma coluna semanal. Enquanto Olavo denunciava os fatos que comprovavam a articulação do PT com as Farc através do FSP, Merval tratava de amenidades. Em julho de 2005, Olavo foi dispensado do trabalho, sem aviso prévio, única e exclusivamente porque suas denúncias estavam criando um desconforto insuportável no ambiente do jornal. Em outras palavras, Merval é um dos responsáveis por Olavo ter perdido o emprego, e, com muitos anos de atraso, copia o colunista que ele próprio demitiu por denunciar a mesma matéria que ele repete na gravação da GloboNews.


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A quadrilha contra-ataca! (Heitor De Paola - Foro de São Paulo - 19.07.09)


Para ter acesso às atas do Foro de São Paulo, clique em
http://www.midiasemmascara.org/arquivo/atas-do-foro-de-sao-paulo/7.html

Usina das Letras

terça-feira, 27 de julho de 2010

A "Ficha Limpa" entre amigos ...


Eu não me assusto. Eu não me enquadro na Lei da Ficha Limpa. O entendimento do TSE não pode me prejudicar porque não julgaram o mais importante, que é o mérito do meu caso"

Deputado Sarney Filho (PV-MA)



O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) decidiu, nesta segunda-feira (26), manter a candidatura do deputado federal Sarney Filho (PV-MA), impugnada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) do estado com base na Lei da Ficha Limpa. O MPE pode recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O deputado foi condenado e multado pelo TRE-MA por propaganda eleitoral supostamente irregular nas eleições de 2006. Na época, dois internautas acessaram o site do candidato por meio de um link que ficava na página institucional de uma prefeitura do interior do Maranhão.

o contrário do que definiu o TSE, cinco dos seis juízes que compõem o colegiado entenderam que a lei não vale para condenações anteriores à sua publicação. A Lei da Ficha Limpa barra a candidatura de políticos condenados por decisão colegiada (mais de um juiz) por crimes considerados graves (como homicídio, racismo e desvio de verbas públicas) e que renunciam ao cargo para evitar punições.

Com base na Constituição Federal, os juízes do TRE-MA entenderam que a lei trata a inelegibilidade como uma pena e, portanto, não poderia retroagir para prejudicar uma pessoa.

Sarney Filho disse ao G1 que seu caso não se enquadra na Lei da Ficha Limpa. Afirmou não ter receio de que o entendimento contrário do TSE possa prejudicá-lo, caso o Ministério Público Eleitoral do Maranhão recorra.

“Eu não me assusto. Eu não me enquadro na Lei da Ficha Limpa. O entendimento do TSE não pode me prejudicar porque não julgaram o mais importante, que é o mérito do meu caso”, disse o candidato.

Jurisprudência
Em junho, o TSE definiu que a lei vale para condenações registradas mesmo antes da vigência da norma. Mas houve divergências durante o julgamento da questão.

O ministro Marco Aurélio Mello, único a votar contra a aplicação da norma nestas eleições, defendeu que a proibição de se candidatar é uma pena e, por isso, não poderia ser aplicada por uma lei não existente na época da condenação. Para ele, uma lei nova não pode tratar de episódios ocorridos no passado.

Ao tomar conhecimento da decisão da Justiça Eleitoral do Maranhão, o corregedor eleitoral do TSE, ministro Aldir Passarinho, disse ao G1 que se trata de uma das ressalvas apresentadas durante o julgamento do TSE.

“Não julgamos caso concreto. Houve várias ressalvas. É próprio de cada colegiado interpretar a lei de sua forma. Esse tipo de divergência é comum. No julgamento dos casos concretos vão existir várias celeumas”, afirmou o ministro.


G1

Entre o erro e a omissão



O Estado de S. Paulo - 27/07/2010

A coincidência não poderia ser mais simbólica. Enquanto na vizinhança do Brasil arde a crise deflagrada com o rompimento de relações entre a Venezuela e a Colômbia ? depois de o governo de Bogotá denunciar que 1.500 narcoterroristas das Farc vivem no país vizinho sob a proteção de Hugo Chávez ?, eis que o chanceler Celso Amorim dá o ar de sua presença em Istambul, participando de uma reunião com os seus colegas da Turquia e do Irã.

A diplomacia brasileira sofreu há pouco um desmoralizante revés na região, ao se associar a um esquema de enriquecimento de urânio iraniano no exterior que corroboraria os alegados fins pacíficos do programa nuclear de Teerã. Concluído durante a visita do presidente Lula ao Irã, o acordo foi apresentado como gesto de boa vontade do país e saudado pelo Itamaraty como evidência de que o contencioso entre o Ocidente e a República Islâmica pode ser resolvido pela negociação, sem ameaças.

Isso justificaria o envolvimento do Brasil no Oriente Médio, contrastando com o silêncio ensurdecedor do governo diante dos problemas bilaterais no seu entorno, como entre Colômbia e Venezuela, ou em relação à sina dos presos políticos em Cuba. Mas a euforia durou pouco. Logo em seguida, com o apoio até da China e a solitária oposição do Brasil e da Turquia, o Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas aprovou nova rodada de sanções contra o Irã.

Em favor do endurecimento, os Estados Unidos invocaram fatos que deixaram o Itamaraty sem respostas convincentes. Em primeiro lugar, os 1.200 quilos de urânio a serem beneficiados no exterior passaram a representar metade dos estoques iranianos, ante os 3/4 que seriam despachados caso Teerã não tivesse renegado o acerto de outubro de 2009 com a AIEA, a agência nuclear da ONU.

Além disso, expondo ao mundo a ingênua sofreguidão brasileira para tomar pelo valor de face a palavra de um governo destituído de credibilidade nessa esfera ? tantas as suas tentativas de iludir os inspetores internacionais sobre as suas atividades ?, imediatamente após a assinatura da chamada Declaração de Teerã o chefe do programa nuclear iraniano anunciou que o país continuaria a enriquecer urânio à taxa de 20%, cerca de seis vezes mais do que o necessário para um reator destinado à produção de energia elétrica. É mais fácil passar de 20% para os 95% usados numa bomba atômica do que completar a etapa anterior.

Por fim, a Declaração silenciou sobre a origem da crise ? a recusa iraniana a abrir as suas instalações e programas à inspeção da AIEA, bem como a permitir entrevistas com os cientistas envolvidos. Consumada a decisão do Conselho de Segurança da ONU, reforçada pelo pacote de punições unilaterais dos Estados Unidos, e às vésperas da aprovação, prevista para ontem, de outra série de medidas, desta vez pela União Europeia, o Irã tornou a fazer o seu número ? e o Brasil tornou a entrar no seu jogo.

O fato é que a coleção de sanções impostas a Teerã já começou a fazer efeito. O ponto crítico é o acesso aos derivados de petróleo. Embora detenha a terceira maior reserva mundial do combustível (e a segunda maior de gás), o país importa quase a metade da gasolina que consome. Grandes transportadoras estão pensando duas vezes antes de carregar gasolina para o Irã e as grandes seguradoras hesitam em atender à frota iraniana ? praticamente bloqueando a entrada dos seus navios em portos estrangeiros.

Que o Irã, diante disso, faça expressão corporal de voltar "imediatamente" à mesa de conversações não deve surpreender. Mas a reincidência brasileira no erro só pode ter uma explicação: o fracasso da ambição de promover o País a potência mundial subiu à cabeça do Itamaraty. Para mal dos pecados, a diplomacia lulista, ainda que o queira, não tem como assumir agora o papel que poderia desempenhar na América Latina, como mediador credenciado pela equidistância entre as partes desavindas.

Não se vê, por exemplo, como Bogotá poderia aceitar a intermediação brasileira depois de Lula dizer que "as Farc são um problema da Colômbia, e os problemas da Venezuela são da Venezuela". Se vestisse uma camiseta com a efígie de Chávez não deixaria mais claro de que lado está.

Brasil fracassa em aspiração de ser potência mundial

PARA HISTORIADOR MEXICANO, GOVERNO LULA PRIVILEGIOU QUESTÕES ERRADAS E SE ESQUECEU DE VIZINHOS EM CONFLITO


SYLVIA COLOMBO
EDITORA DA Folha ILUSTRADA

A crise política na qual Colômbia e Venezuela estão mergulhadas deve ser o principal tema do debate sobre democracia na América Latina, hoje em São Paulo, do qual participará o historiador mexicano Jorge Castañeda.
Em entrevista concedida à Folha por telefone na semana passada, Castañeda criticou Luiz Inácio Lula da Silva. Para o intelectual, o presidente brasileiro coleciona fracassos em sua política externa e deveria preocupar-se mais com os conflitos regionais, e não em tornar-se protagonista em casos distantes e polêmicos.
Leia, abaixo, trechos da entrevista .


Folha - Como o sr. vê a política externa de Lula, em especial no que diz respeito à América Latina?
Jorge Castañeda -
A inércia geográfica, econômica e demográfica da América do Sul levou o Brasil a ter um papel de maior liderança do que antes. Isso aconteceria com ou sem o governo Lula. O fato de Lula estar fazendo um governo bom internamente faz com que o peso natural do Brasil se exerça de maneira mais clara na região.
Porém, tudo o que Lula tentou fazer fora do âmbito interno só resultou em fracassos. Tratou de obter um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, não o obteve. Tratou de priorizar a Rodada Doha e não conseguiu nada. Tratou de ser um ator central para que se lograsse um acordo em Copenhague e não só não o alcançou como o Brasil em parte foi responsável para que isso não acontecesse.
Tratou de se apresentar como protagonista num acordo nuclear com o Irã, mas sua mediação foi rechaçada pelo mundo inteiro, exceto pela Turquia e pelo próprio Irã.
Mas creio que mais importante é o fato de que Lula se absteve de mediar ou resolver conflitos que estão mais perto do Brasil. E há tantos. Os de Uruguai e Argentina, de Colômbia e Venezuela, de Peru e Chile, de Colômbia e Nicarágua, de Chile e Bolívia e o de Equador e Peru. Conflitos próximos abundam, e o Brasil não exerceu nenhuma liderança em nenhum desses casos.
Tampouco se apresentou para ajudar em problemas internos de outros países da América Latina. Salvo parcialmente no caso da Bolívia, e isso o fez para defender os interesses da Petrobras.
Suas aspirações de potência mundial fracassaram, e ele não mostrou interesse de atuar como legítima potência regional. Lula faz um governo muito bom internamente, mas coleciona fracassos e erros no âmbito externo.

Como o sr. viu a libertação dos presos cubanos e o papel da Espanha?
A libertação foi um triunfo de Guillermo Fariñas. E um triunfo póstumo de Orlando Zapata. [O chanceler espanhol Miguel Ángel] Moratinos apareceu sem ser convidado e tratou de obter benefícios políticos por algo que não fez.
O importante é que, pela primeira vez, a ditadura cubana enfrentou um cidadão cubano, em Cuba, e perdeu. Ganhou o cidadão. Isso é muito novo e muito significativo. O que não é novo é que Fidel e Raúl Castro usem presos políticos como fichas de negociação com outros países.
É lamentável que o governo socialista da Espanha tenha se prestado a essa manobra. Se Cuba quer deportar seus presos, que os deporte, haverá muitos países que os receberão de braços abertos, incluindo os que por lei estão obrigados a fazê-lo, como os EUA.

No México, depois de ter caído para terceira força política em 2006, o PRI (Partido da Revolução Institucional) vem se recuperando, apesar de ter sido contido nas últimas eleições pela aliança entre PRD (Partido da Revolução Democrática) e PAN (Partido da Ação Nacional). Qual é o panorama para as próximas eleições presidenciais, em 2012?
As coisas não serão fáceis para o PRI. Em primeiro lugar porque [Felipe] Calderón vai fazer tudo para eliminar o candidato líder do PRI, Enrique Peña Nieto. No México, como disse Fernando Henrique Cardoso sobre o Brasil, um presidente não pode colocar um presidente no poder, mas pode vetar um presidente. Creio que lutar contra Calderón vai ser muito difícil.
Em segundo, porque os rivais de Peña Nieto no próprio PRI também vão fazer o que podem para destruí-lo. E ele tem muitos flancos vulneráveis. E, em terceiro, o PRI não tem outro bom candidato. A eleição de 2012 vai ser muito competitiva.

Como o sr. vê a questão do crescimento do narcotráfico no México?
A violência está aumentando desde que Calderón começou essa guerra, em 2006. O número de execuções cresceu enormemente. A guerra trouxe mais violência. A violência no México estava diminuindo desde o começo dos anos 90 até que Calderón chegou. Sou contra a guerra contra o narcotráfico do modo como está sendo feita. Foi um erro, uma improvisação, algo decidido por motivos políticos, e que trouxe enorme perda ao país. Já temos 25 mil mortos, um desgaste internacional terrível, sem nenhum resultado.

Como o sr. vê a lei do Estado do Arizona que fecha o cerco aos imigrantes ilegais?
Provavelmente alguns outros Estados dos EUA farão leis semelhantes. Temos de esperar para ver o que dizem os tribunais americanos sobre a constitucionalidade dessa lei.
Muitos, como eu, já pensávamos, há dez anos, que se não houvesse acordo entre EUA e México sobre o tema da imigração, algum dia ia haver uma reação muito violenta nos EUA contra a imigração ilegal. Infelizmente, é o que está acontecendo.
É urgente que Calderón, os presidentes da América Central e do Caribe, de Equador, Peru e Colômbia pressionem Obama para que envie uma reforma imigratória geral ao Congresso.

O que o sr. achou de Hugo Chávez ter exumado os restos mortais de Simón Bolívar? Até que ponto é uma maneira de desviar a atenção pública dos problemas do país?
A questão política é só parte da explicação. Chávez crê muito em magia negra, bruxaria, candomblé etc. E a exumação de restos é uma típica prática dessas artes e crenças. Elas o levaram a exumar os restos do libertador para tomar energia. Creio que ele pensa de verdade que isso pode funcionar.

Chávez fabrica inimigos externos


O Estado de S. Paulo - 27/07/2010

O equilibrista Hugo Chávez está marcando sessões extras do Circo Bolivariano. Bastou o presidente em fim de mandato na Colômbia, Álvaro Uribe, sacar do bolso a acusação de que a Venezuela dá abrigo a lideranças da narcoguerrilha colombiana, e apresentar provas, para Chávez emendar novo ciclo de malabarismos.

Há interpretações de que o objetivo de Uribe, poucos dias antes de deixar o cargo, é criar um fato consumado que dificulte o objetivo de seu sucessor, Juan Manuel Santos, de trabalhar para a reaproximação entre os dois países. A Colômbia é o maior aliado dos EUA na América do Sul e Uribe não vê com bons olhos a reconciliação com Chávez, extremamente hostil ao império ianque, como ele se refere aos EUA.

As acusações de Uribe dão novo combustível à pirotecnia do bolivariano, que rompeu as relações com Bogotá fato grave e raro entre países sul-americanos , passou a falar de uma iminente guerra com a Colômbia e a ameaçar os EUA, sem que ninguém possa levar a sério, com o corte do fornecimento de petróleo se o país for atacado pelo vizinho (ou pelo império). Ora, já em crise, a Venezuela se desestabilizaria de vez sem os dólares americanos.

Note-se que, para ganhar as eleições com facilidade, Santos surfou no prestígio de Uribe, que deixa o cargo com 70% de popularidade.

Ambos são do mesmo partido e Santos significaria a continuidade, em linhas gerais, dos rumos traçados pelo antecessor, que governa o país há oito anos. Registre-se também que, mesmo pregando a reaproximação com a Venezuela, o presidente eleito da Colômbia foi ministro da Defesa de Uribe, responsável pela política de linha dura contra a guerrilha e pelo ataque colombiano ao acampamento das Farc no Equador, que matou um líder guerrilheiro e levou Quito, aliado de Chávez, a romper com Bogotá.

O objetivo de Chávez é manter a plateia do Circo Bolivariano entretida, porque circo tem, mas o pão está cada vez mais escasso.

A Venezuela mergulha na pobreza, no banditismo, no desabastecimento, na inflação, na desorganização da economia via estatização. A exatos dois meses das eleições parlamentares, é preciso criar inimigos externos, exacerbando o nacionalismo, para tentar reter eleitores suficientes para continuar em maioria na Assembleia Nacional. Há quem encontre semelhanças entre Uribe e Chávez, ambos carismáticos e midiáticos. Só que a Colômbia, democraticamente, optou por renovar o ocupante do mais alto cargo do país.

Já o caudilho instaurou a reeleição ilimitada na Venezuela. Em vez de pirotecnia eleitoreira, bem faria ele se aceitasse uma missão internacional para verificar as denúncias colombianas.

A colaboração chavista facilitaria o objetivo de reaproximação de Santos, com o que ambos os países só têm a ganhar. O conflito entre Bogotá e Caracas demonstra, por outro lado, o esgotamento da diplomacia compañera, de cunho ideológico, do governo Lula. O país, que se arvora a mediar, sem sucesso, conflitos fora de sua área geopolítica, perdeu credibilidade para atuar nas disputas entre os vizinhos sul-americanos, em relação às quais já foi um mediador confiável. Tudo devido às demonstrações de simpatia de Brasília em relação ao chavismo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Brasileiro já pagou R$ 700 bilhões de impostos em 2010


Do início do ano até esta segunda-feira (26), os brasileiros já pagaram mais de R$ 700 bilhões em impostos estaduais, municipais e federais. A marca foi registrada hoje pelo Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que está instalado no centro da capital. Em 2009, a marca de R$ 700 bilhões foi atingida 41 dias depois, no dia 4 de setembro.

Pela internet (www.impostometro.org.br), é possível acompanhar o avanço do Impostômetro no Brasil, nos estados e nos municípios. Inaugurado em abril de 2005, o sistema também informa o valor total pago de impostos desde janeiro de 2000 e faz estimativas de quanto será pago de impostos até dezembro de 2010. A metodologia utilizada considera impostos, taxas, contribuições, juros, multas e correções monetárias pagos às três esferas de governo.

G1

Candidato poderá ser obrigado a registrar carta de princípios e programa de trabalho


Fonte: Agência Senado

O eleitor poderá passar a contar com um novo instrumento para fiscalizar a conduta dos políticos. É o que prevê proposta que obriga os candidatos a cargos eletivos a registrarem, na Justiça Eleitoral, uma carta de princípios e seu programa de trabalho. A matéria está na pauta da próxima reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), marcada para 4 de agosto.

O projeto de lei (PLS 195/06), que tramita na CCJ em caráter terminativo, define como carta de princípios uma declaração do candidato com informações sobre os fundamentos pelos quais postula a sua eleição. Já o programa de trabalho é a indicação dos objetivos que pretende realizar no decorrer do mandato.

Segundo o autor do projeto, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a legislação em vigor permite que uma pessoa possa se tornar candidato a cargos no Legislativo ou no Executivo sem apresentar os fundamentos pelos quais pretende se eleger ou os objetivos que pretende realizar no curso do mandato, se eleito.

“Entendemos que é mesmo um direito do eleitor tomar conhecimento de que fundamentos movem o candidato e quais as suas propostas concretas, até para que possa vir a cotejar tais documentos com a atuação concreta dos mandatários”, explica Cristovam, em sua justificativa. Para o parlamentar pelo DF, esses dois documentos também podem se tornar instrumentos de defesa do eleito caso seu partido se afaste dos princípios originalmente assumidos.

Ao justificar seu parecer favorável ao projeto, o relator, senador Eduardo Suplicy (PT/SP), afirma que o registro obrigatório dos dois documentos na Justiça Eleitoral confere ao eleitor “novo instrumento de controle e fiscalização da conduta política de seus representantes eleitos”.

O Estado Indígena Independente de Roraima


Por Jorge Serrão

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República não vai se pronunciar oficialmente sobre um relatório reservado que recebeu da Agência Brasileira de Inteligência, advertindo sobre a real possibilidade de quebra da integridade do patrimônio nacional, com o movimento para a criação de um Estado indígena independente em Roraima. A mídia amestrada pelas verbas públicas do governo e suas estatais recebeu orientações do Palácio do Planalto para omitir do noticiário ou não jogar uma carga editorial pesada sobre o assunto. Os militares da ativa também devem manter silêncio obsequioso sobre o caso.

No relatório, a Abin adverte ao GSI que governos estrangeiros e ONGs têm interesse e dão apoio ao Conselho Indígena de Roraima em sua ação para defender, abertamente, a ampliação e demarcação de outras áreas indígenas. A Abin destaca, no relatório, que a Intenção do CIR é transformar a reserva Raposa do Sol no primeiro território autônomo indígena do Brasil. A Abin teme que o próximo Congresso (ou o atual, a toque de caixa, no apagar das luzes) ratifique a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, assinada em 2007, pelo governo brasileiro, na ONU, que dá status de “independência” aos territórios indígenas.

Atualmente, as 32 “nações indígenas” de Roraima ocupam 46% da área daquele Estado sob ameaça de ser “brasileiro” apenas do ponto de vista formal. Com a homologação do tratado das Nações Unidas, ali será uma área sob proteção internacional, onde quem vai mandar são os interesses da Oligarquia Financeira Transnacional, cujos membros defendem, abertamente, a “internacionalização da Amazônia como patrimônio verde da humanidade”. O risco de perda de soberania brassileira é enorme. Bassta recordar que a Raposa do Sol foi homologada, em 2008, com a conivência dos ministros do Supremo Tribunal Federal, exceto Marco Aurélio de Mello.

Tititi nas Legiões

O caso de Roraima já gera profundo desconforto na área militar.

Ainda mais depois que vazou a denuncia que a Polícia Federal investiga possíveis abusos de violência, invasão à residências, prisões ilegais, tortura e até homicídios praticados pela milícia indígena autointitulada “Polícia Indígena do Alto Solimões (Piasol)”.

O próprio Exército, a Abin e a Polícia Federal também investigam uma suposta ligação dos indígenas com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que já estão no fogo lento do debate na sucessão presidencial, pelas ligações do PT com o Foro de São Paulo, organismo que simpatiza com os narcoguerrilheiros colombianos.

No Palácio do Planalto, a ordem gerada pelo Ministério da Defesa para o Forte Apache é que o Comando Militar da Amazônia não intervenha.

Mesmo diante do caos institucional e da ameaça à Garantia da Lei e da Ordem, gerado pelos milicianos indígenas e pelo risco concreto de perda de soberania do Brasil nas terras indígenas criminosamente homologadas pelo espírito entreguista da turma do $talinácio e seus socialistas fabianos.


Entrevista: Álvaro Uribe


O Globo - 26/07/2010

Poucas horas antes de estourar a mais nova crise diplomática envolvendo as relações de seu país com a vizinha Venezuela, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, recebeu a reportagem do jornal de Bogotá "El Tiempo", para fazer um balanço de seus oito anos de mandato. Uribe não esconde a frustração com o alto número de assassinatos e o que considera ameaças vindas do país vizinho. Segundo ele, o celular será um trunfo na busca por mais segurança na Colômbia.


Do El Tiempo

De qual momento do seu mandato o senhor mais se orgulha presidente?

URIBE: Esta tarefa pela Colômbia é de muita responsabilidade, cheia de dificuldades. Houve momentos de felicidade: quando se resgatam sequestrados, quando as operações correm bem.

Acabamos de ver uma fotografia em que o senhor está chorando. Isso aconteceu muitas vezes nestes oito anos de governo?

URIBE: Que as câmeras tenham me flagrado, uma ou duas vezes.

Como foi?

URIBE: Tenho que confessar que às vezes era incontrolável. Por exemplo, quando voltei do Club El Nogal (na noite do atentado das Farc que deixou quase 40 mortos, em fevereiro de 2003). Chorei muito, sentia dor pelos assassinatos e raiva dos terroristas.

Há muitos anos o senhor sabe em que lugar da Venezuela estão os líderes das Farc. O senhor sai do poder desolado por não tê-los capturado?

URIBE: Não entendo por quê, existindo tanta clareza nas normas do direito internacional, esses terroristas não foram capturados. Vou embora triste por eles seguirem com a capacidade de fazer danos a outro país.

A Colômbia deve renunciar ao ataque a líderes guerrilheiros que estão no exterior?

URIBE: A prioridade sempre deve ser a aplicação das normas do direito internacional. Um bombardeio como o realizado contra (Raúl) Reyes (membro do secretariado das Farc, morto em 2008) é um ato de um "Estado de necessidade" para defender o povo colombiano, mas não é aconselhável, por ser propenso a uma má interpretação. Quando se quer proteger o povo colombiano de um terrorista, damos a má interpretação de que se está maltratando o território de um país irmão. Nosso interesse nunca foi maltratar o povo irmão do Equador.

O senhor põe na balança o êxito político interno do ataque a Reyes e o déficit gerado por este episódio na política externa?

URIBE: Não, nunca faço estes cálculos. Quando se está trabalhando pelo bem da pátria, só se pensa no interesse superior de seus compatriotas. Neste caso, poderia ter superado as dificuldades diplomáticas pedindo renúncias de militares. Mas o que acontece com a vontade das Forças Armadas em lutar contra o terrorismo, se o presidente não assume responsabilidades e trata os militares como fusíveis que se queimam e devem ser retirados, como forma de evitar dificuldades políticas?

Qual é o número mais importante que o senhor deixa ao país?

URIBE: Não me preocupo com os bons números. Só me angustio pelos que foram maus.

Quais, presidente?

URIBE: Por exemplo, o fato de ainda termos mais de 15 mil assassinatos. Quis chegar a um índice de desemprego inferior a 8%, e estávamos perto disso, mas vieram duas crises, uma na economia internacional, e a crise particular com a república irmã da Venezuela. E logo quando o desemprego caía - já havia baixado para 10,7%! Parou em 12%.

O senhor será prefeito de Bogotá? Estará no gabinete de seu sucessor?

URIBE: Vou ser cooperador. (...) Vou pedir permissão ao presidente Santos para ser cooperador, mas usando apenas um celular. Trabalhar com a Força Pública e ajudar-lhe, ao mesmo tempo, a desarmar a sociedade.

O celular, então, será a nova arma para buscar a segurança?

URIBE: Nas cidades em que a telefonia está bem organizada, com as linhas disponíveis para chamar a Força Pública, o celular ajuda muitíssimo. Se cada cidadão se compromete a ajudar, e se houver zelo para responder, as coisas podem melhorar muito.

O que o senhor faz pelo celular: busca informação, lê?

URIBE: Tenho Twitter. Por enquanto ainda me ajudam com o site.

O senhor envia muitas mensagens pelo celular?

URIBE: Sim, claro. Creio que não são menos de 150 por dia.

Pessoalmente?

URIBE: Sim. Quero cobrar eu mesmo o governo. Não tenho mexido no correio eletrônico. Faço tudo por mensagem de texto e chat. E também me propus a responder aos telefonemas que chegam a mim. Tenho que reservar um tempo estes dias, porque estou com atraso de mais de 80 ligações. No dia 8 de agosto, quero dizer: até ontem, quando fui presidente, procurei responder todas as chamadas.

* O "El Tiempo" faz parte do Grupo de Diários América (GDA)

Índio, Farc e PT



Há um dado a registrar nos desdobramentos das acusações de Índio da Costa sobre as ligações do PT com as Farc: nenhuma das manifestações em contrário tratou do conteúdo do que disse. Todas, sem exceção, centraram-se em desqualificar quem as disse.

O que está em pauta, porém, não é apenas o denunciante, mas o teor do que foi denunciado, que vai muito além de sua dimensão pessoal ou política. Se o que disse é verdadeiro, então cumpriu seu papel de homem público. Se não é, deve ser responsabilizado judicialmente e o que contra ele já se disse ainda terá sido pouco.

Só se pode chegar à segunda assertiva depois de elucidada a primeira. No entanto, ignorou-se a primeira e aplicou-se a segunda.

O PT acabou estabelecendo a solução: levou o caso à Justiça. Lá, Índio terá que provar o que disse ou se submeter às penas da lei. Ele diz que tem provas do que disse. O país as aguarda. O que disse, afinal, não é pouca coisa – e o lugar que ocupa confere-lhe ao menos o benefício da dúvida, negado desde o primeiro momento.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia surgiram em 1964, como guerrilha política, de índole marxista-leninista. A partir dos anos 80, derivaram para ações criminosas. São hoje a principal organização narcotraficante do continente e mantêm relações, já comprovadas pela Polícia Federal brasileira, com organizações criminosas como Comando Vermelho e PCC.

Estão no centro da presente discórdia (mais uma) entre Venezuela, acusada de fomentá-las, e a Colômbia. Em 1990, ao criar o Foro de São Paulo, que teve como seu primeiro presidente Lula e presidente de honra Fidel Castro, o PT convidou as Farc a integrá-lo. Reconheceu assim a legitimidade do papel político que exerce.

Em 2002, com o sequestro da senadora e candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Bettencourt, as Farc deixaram formalmente o Foro, a cujas reuniões, no entanto, continuaram a comparecer informalmente.

"Esse sujeito é um perturbado", disse Marco Aurélio Garcia. "Quando terminar as eleições, vai ser vereador no Rio de Janeiro". Tem sido essa a linha de argumentação, o que, convenhamos, está longe de obedecer à mais elementar norma de debate público.

Se é um despropósito atribuir vínculo do PT com as Farc, então, antes de condenar o acusador, ou simultaneamente a essa condenação, é preciso mostrar a improcedência dessa acusação.

Dizer algo como: o PT não tem e nunca teve vínculo com as Farc. O PT condena – e considera criminosa – a ação narcoguerrilheira das Farc. E aí outras explicações se impõem: por que então o governo Lula deu refúgio político ao narcoguerrilheiro Olivério Medina e requisitou sua mulher, Angela Slongo para trabalhar na Casa Civil da Presidência da República?

Dizer também porque o mesmo Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Lula, se negou a considerar as Farc terroristas, não obstante sua prática de sequestro e assassinatos de pessoas, inclusive gente alheia à luta política na Colômbia – e não obstante ser essa a classificação que lhes dão União Europeia e Estados Unidos.

Mais: por que o PT, ao criar o Foro de São Paulo, em 1990, convidou as Farc, que, já naquela época, praticavam sequestros e tráfico de drogas?

Não basta dizer que o acusador é um nada, até porque não o é. É deputado federal e candidato a vice-presidente da República. Se fosse um nada, o PT não o levaria à Justiça. Se o levou, é porque viu gravidade no que disse. E, se o que disse é grave – e é -, precisa ser respondido, e até agora não foi.

Ruy Fabiano é jornalista

o GLOBO

domingo, 25 de julho de 2010

O PT E O PÓ


O PT está indignado com a acusação de que tem ligações com as Farc e o narcotráfico. A explicação é simples: o partido pensava que aquele pó branco que os companheiros colombianos vendem era açúcar.

O PT não tem nada a ver com a cocaína. Adriano Imperador e Vagner Love também não. Todos eles só gostam de passear ao lado de traficantes armados até os dentes, conversar com eles por telefone, unir forças contra os agentes do mal.

Essa doce revolução do oprimido levou, por acaso, o líder narcoguerrilheiro Raul Reyes a escrever várias cartas a Lula. Todas devidamente recebidas pelo presidente brasileiro, porque trazidas em segurança por parlamentares do PT. Não há notícia de qualquer palavra de Lula de repúdio, crítica ou mesmo desconforto com essa situação.

Ninguém jamais ouviu o presidente brasileiro esclarecer, em alto e bom som: não mantenho e não manterei diálogo com terroristas financiados pelo narcotráfico.

Não. Os companheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia são interlocutores do PT, já até tomaram assento juntos em colóquios formais, à luz do dia. Nessas ocasiões, possivelmente os bravos correligionários de Lula ainda pensavam que cocaína é açúcar.

O mais novo indignado com as acusações de ligação com as Farc é Hugo Chávez. O presidente venezuelano criou mais uma crise internacional para sua coleção, rompendo relações com a Colômbia. Ficou zangado porque disseram que há gente das Farc abrigada na Venezuela.

Deu a louca nos bolivarianos de butique. Tendo a seu lado o grande Diego Armando Maradona – que também não sabe diferenciar açúcar de cocaína –, Chávez protestou contra a afirmação de que há narcoguerrilheiros colombianos instalados em seu território. O que terá ele feito com seus hóspedes das Farc? Terá exportado a turma para algum acampamento seguro do MST?

Não está dando para entender a esquerda sul-americana. No Brasil, depois de anos e anos de flerte com os revolucionários do pó branco, o PT fica chateado com uma frase de Indio da Costa sobre a poética narcótica da relação. Esses amantes são mesmo suscetíveis.

Do jeito que as coisas vão, daqui a pouco o partido de Lula vai dizer que não conhece Dilma Rousseff. Ou que só a conhece socialmente, assim como os fuzis e o açúcar que passarinho não cheira.


GUILHERME FIUZA



sexta-feira, 23 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Chávez anuncia rompimento de relações diplomáticas com a Colômbia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta quinta-feira, 22, o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia, depois do embaixador de Bogotá na OEA acusar Caracas de esconder 1,5 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em seu território.

"Me vejo obrigado a romper as reações por dignidade", disse Chávez no palácio de Miraflores ao lado do técnico da seleção argentina, Diego Armando Maradona. "Isso me causa uma lágrima no coração. Espero que a razão chegue à Colômbia que pensa", acrescentou.

Chávez decretou ainda alerta máximo na fronteira e advertiu sobre o risco do presidente colombiano, Alvaro Uribe optar por uma ação armada contra a Venezuela.

Em Washington, o embaixador venezuelano na OEA, Roy Chaderón, classificou as acusações mostradas pelo colega colombiano Luis Hoyos de mentiras evidentes e maliciosas.

Segundo a Colômbia, há cerca de 1,5 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em três acampamentos em território venezuelano.

Hoyos apresentou fotos de guerrilheiros mortos, segundo ele, na fronteira com a Venezuela. O embaixador pediu a criação de uma comissão da OEA para verificar a presença guerrilheira no pais vizinho

O diplomata colombiano assegurou que há três acampamentos das Farc na Venezuela, batizados de 'bolivariano', Ernesto e Berta'. Alguns deles estariam há 23 km dentro da fronteira venezuelana, no estado de Zulia.

As informações apresentadas na reunião, ainda de acordo com o embaixador, vieram do computador do ex-líder das Farc Raúl Reyes, morto em uma ação no Equador em março de 2008 e de guerrilheiros desmobilizados.


Estadão



Há 1,5 mil guerrilheiros das Farc na Venezuela, diz Colômbia na OEA


WASHINGTON - O embaixador colombiano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Hoyos, disse nesta quinta-feira, 22, que há cerca de 1,5 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em três acampamentos em território venezuelano.

Em uma reunião convocada a pedido da Colômbia no órgão, Hoyos apresentou fotos de guerrilheiros mortos, segundo ele, na fronteira com a Venezuela. O embaixador pediu a criação de uma comissão da OEA para verificar a presença guerrilheira no pais vizinho

O diplomata colombiano assegurou que há três acampamentos das Farc na Venezuela, batizados de 'bolivariano', Ernesto e Berta'. Alguns deles estariam há 23 km dentro da fronteira venezuelana, no estado de Zulia.

As informações apresentadas na reunião, ainda de acordo com o embaixador, vieram do computador do ex-líder das Farc Raúl Reyes, morto em uma ação no Equador em março de 2008 e de guerrilheiros desmobilizados.

"Temos de dizer ao povo da Venezuela que fiquem atentos à ameaça das Farc", disse Hoyos na reunião, segundo o jornal venezuelano 'El Universal'.

"Tomara todos os países façam da luta contra o terrorismo um marco democrático, como aconteceu com a Colômbia", completou.

Na quarta-feira, o governo colombiano entregou ao embaixador o material a ser apresentado na reunião. Mapas e vídeos seriam provas de que os rebeldes estão no país vizinho.

Hoyos disse também na quarta que a Colômbia não pretende que o governo da Venezuela seja condenado pela OEA com sua petição de uma reunião extraordinária e disse que o que interessa é que seu vizinho do norte "coopere, como é sua obrigação".

A reunião foi convocada após o governo da Venezuela ter negado as acusações colombianas de que importantes chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) estariam em território venezuelano.

Recentemente, a OEA facilitou avanços para a normalização das relações colombianas com o Equador, após uma ofensiva da Colômbia contra um acampamento das Farc em território equatoriano, que rompeu as relações entre os dois países.

As relações entre Bogotá e Caracas estão congeladas desde 28 de julho de 2009 por decisão do presidente venezuelano após a acusações colombianas de que haveria um suposto desvio de armas da Venezuela para as Farc. Chávez disse que tais alegações são "irresponsáveis".

As tensões aumentaram em outubro de 2009, quando a Colômbia assinou um acordo com os Estados Unidos que permite que os americanos utilizem instalações militares no território colombiano para combater o narcotráfico e o terrorismo. Chávez se opõe contundentemente ao acordo, Principalmente por autorizar os soldados americanos a atuar tão perto de seu país.


Estadão

Perfil do eleitor brasileiro


O Estado de S. Paulo - 22/07/2010

De uma eleição para outra, ou seja, a cada dois anos, a população apta a votar no Brasil tem aumentado pouco além de 4%, em média - um índice significativamente superior ao do crescimento demográfico em igual período. Este ano, o eleitorado chegou a 135,9 milhões, acaba de informar a Justiça Eleitoral. Isso representa 2/3 da população total, estimada em 192,3 milhões de habitantes.


Trata-se de uma proporção expressiva. Pelo menos em matéria de acesso às urnas, a inclusão política dos brasileiros - a começar das brasileiras, que somam 52% do eleitorado - é uma realidade consolidada. Fica assim atendido, acima de qualquer dúvida, o primeiro requisito de legitimidade do sistema democrático: a ampla participação da sociedade na escolha dos governantes. É possível, mas de nenhuma forma certo, que a eventual adoção do voto facultativo reduza, ou faça flutuar, a proporção de cidadãos interessados em participar do processo.

Pesquisas indicam que a população se divide a respeito, mas seria precipitado concluir daí que a metade representada pelos defensores do voto espontâneo, que compartilham do princípio de que o voto é antes um direito do que um dever, daria necessariamente as costas às urnas, caso uma reforma política ponha fim ao regime de voto compulsório. À parte quaisquer outros fatores, a decisão tenderá a ser uma, quando da eleição do prefeito, e outra, para a escolha do presidente.

A dificuldade em generalizar fica evidente ao se tentar explicar por que, na única parcela da população que pode, ou não, se inscrever para votar - a dos jovens entre 16 e 17 anos -, diminuiu acentuadamente este ano o contingente do sim. Serão, em outubro, 2,39 milhões. No pleito presidencial anterior, eram 2,56 milhões. Mas foram 2,21 milhões em 2002. Ao longo desses 8 anos, o voluntariado eleitoral mais numeroso foi o de 3,65 milhões nas urnas municipais de 2004. No ciclo seguinte, daí a 4 anos, alistaram-se 2,92 milhões de jovens.

Não há, portanto, uma tendência sistemática de queda do voto facultativo. Se houvesse, poderia ser atribuído a um crescente desencanto com a política. Mas as variações são intrigantes. O recorde de 3,65 milhões, passados 2 anos da eleição de Lula, pode ter sido fruto do sentimento de que vale a pena votar para mudar. Já o recuo para 2,56 milhões em 2006 - por sinal o ano em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a incentivar na televisão o voto jovem - teria resultado da ducha fria que o mensalão fez cair sobre o entusiasmo cívico dos potenciais votantes de primeira viagem.

Em relação ao conjunto dos eleitores, duas séries de dados confirmam as expectativas. A primeira diz respeito à composição etária do eleitorado. A segunda é sobre o seu grau de instrução. Coerentemente com a tendência de envelhecimento da população brasileira (com a diminuição das taxas de fecundidade e o aumento da expectativa de vida), o eleitor de 2010 só perde para o de 2006 em números absolutos nos grupos de 18 a 20 anos e de 21 a 24 anos. Somados, eram aproximadamente 23,2 milhões; hoje são 22,3 milhões.

Já em todas as outras faixas (de 25 a 34 anos, 35 a 44, 45 a 59, 60 a 69, 70 a 79 e mais de 79 anos) a população votante cresceu. No cômputo geral, corresponde atualmente a 111 milhões de pessoas, ante 100 milhões na eleição presidencial passada. A segunda série de dados reafirma o que se sabe sobre o deplorável estado da educação no País. Mais da metade do eleitorado (54%) nem sequer chegou a terminar o primeiro grau - na melhor das hipóteses. São mais de 72 milhões de eleitores dos quais se pode presumir que tenham ínfima ou nenhuma capacidade de formar juízo sobre as grandes questões nacionais que estão em jogo numa sucessão presidencial.


Não é por outra razão que as campanhas se limitam a tangenciá-las. Predomina o repertório de promessas em torno das necessidades elementares da população. No conteúdo e na linguagem, a pauta da disputa se orienta pelo mínimo denominador comum, reduzida à alternativa manter ou mudar. Com a agravante de que a popularidade arrasadora do presidente Lula obriga o candidato da oposição a se equilibrar sobre um fio de arame entre uma coisa e outra.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Aposentado: Você sabia que...

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O desconto feito por sindicatos, direto na folha de pagamento da previdência social, virou uma festa para a máfia pelega que está dominando o Brasil. Para ser feito, o desconto deve ser autorizado formalmente pelo aposentado e quem deve fiscalizar é o Ministério da Previdência. Imaginem que um ministério vai fiscalizar sindicatos na República dos pelegos que se instalou no Brasil. Os números são impressionantes e chegam a mais de R$ 20 milhões por mês, afanados de 2,2 milhões de aposentados, sendo que 1,8 milhões na área da agricultura, dominado pela CONTAG, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura que, na semana que passou, pediu para Dilma Rousseff(PT) apoiar ainda mais o MST e devolver ao programa de governo o item que coloca, na prática, o fim da propriedade privada. Com toda a certeza, a CONTAG será um dos "movimentos sociais" que, antes da Justiça, vai julgar se a invasão tem caráter social ou não, que é a proposta do plano de governo chavista do PT.




O Globo.

PT e as FARC - assistam




Procurem no Google por essas informações e as encontrarão. Procurem a entrevista de Raúl Reyes em 2003 dada à Folha de São Paulo. E depois procurem pela saudação das FARC que agradeciam ao PT pelo apoio e pela criação do Foro de São Paulo.
Só petista, que é canalha, safado e corrupto, para negar algo tão evidente. O próprio Lula já se reuniu com Reyes, e várias vezes! O próprio Reyes já manteve contato com o PT! Isso são fatos!

terça-feira, 20 de julho de 2010

FARC e PT


O Estado de S. Paulo - 20/07/2010

Mais antiga guerrilha esquerdista em atividade na América Latina, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram fundadas em 1964, como o braço armado do Partido Comunista Colombiano. No mesmo ano, iniciou sua campanha contra o Estado, com o objetivo de instalar no país um regime marxista-leninista. Em 46 anos, estima-se em mais de 200 mil os mortos do conflito - que envolveu, ao longo do período, outras guerrilhas, grupos paramilitares de extrema direita e milícias a soldo dos poderosos cartéis de narcotráfico colombianos.


Como força política, as Farc mantiveram vínculos com partidos e movimentos de esquerda de várias partes do mundo. Os laços com o Partido dos Trabalhadores, do Brasil, tornaram-se mais claros em 1990, quando o PT lançou o chamado Foro de São Paulo - que reúne grupos esquerdistas de vários países da América Latina e Caribe. Uma carta do então líder das Farc, Pedro Antonio Marín, também conhecido como Manuel Marulanda ou Tirofijo ("Tiro Certeiro", em espanhol), foi lida na abertura do evento.

Durante o apogeu dos cartéis de Cali e Medellín, na Colômbia, as Farc passaram a cobrar "imposto de guerra" sobre as atividades ligadas ao narcotráfico nas áreas que controlavam militarmente. No início dos anos 90, quando se estimava que a guerrilha dominava mais da metade do território colombiano, as Farc chegaram a ter 17 mil combatentes, segundo cálculos do governo de Bogotá. A polícia colombiana tem evidências de que, a partir desse período, a guerrilha passou a, além de cobrar impostos, vender serviços de segurança para as quadrilhas de narcotráfico. Com o desmantelamento dos cartéis, algumas frentes das Farc teriam assumido o controle total no negócio das drogas - o que lhe permitiria autofinanciar-se.

Em 2002, porém, o presidente Álvaro Uribe chegou ao poder com a promessa de debilitar a guerrilha - que passava a se dedicar mais ao tráfico e aos sequestros destinados à cobrança de resgate. Com isso, as Farc passaram a figurar na lista de organizações terroristas da Colômbia e dos EUA. Uribe tem hoje a guerrilha cercada e restrita às suas bases na selva. Seus combatentes, estima-se, não passam de 7 mil.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

'Todo mundo sabe' da ligação do PT com as Farc, diz Serra


Eduardo Kattah, de O Estado de S.Paulo / SÃO PAULO

O presidenciável tucano José Serra afirmou nesta segunda-feira, 19, em Minas Gerais, que "todo mundo sabe" da ligação do PT com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mas salientou que isso não significa que o partido tenha vínculos com o narcotráfico.

Ao participar de inauguração de um comitê no centro de Belo Horizonte, Serra foi questionado sobre as declarações de seu vice, Índio da Costa (DEM). Em uma entrevista gravada em vídeo e publicada no site do PSDB, Índio disse: "Todo mundo sabe que o PT é ligado às Farc, ligado ao narcotráfico, ligado ao que há de pior. Não tenho dúvida nenhuma disso". O vídeo foi retirado do ar.

Apesar de dizer que os esclarecimentos cabem a Índio, o candidato tucano endossou o vice no que se refere às ligações das Farc com o Partido dos Trabalhadores. "A ligação do PT com as forças armadas revolucionárias colombianas, isso todo mundo sabe, tem muitas reportagens, tem muita coisa. Apenas isso. Agora, as Farc são uma força ligada ao narcotráfico. Isso não significa que o PT faça o narcotráfico."

Serra também comentou a possibilidade de o PT entrar com representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra a subprocuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau. O tucano ironizou, afirmando que o PT , de forma recorrente, busca culpados "quando fazem algo ilegal". "Tem sempre essa novidade. Em geral, quando eles fazem algo ilegal, a vítima é a culpada", afirmou, evitando, contudo, críticas diretas ao presidente Lula.

O PT vai processar Índio da Costa por dizer a VERDADE!!!!



"Todo mundo sabe que o PT é ligado às Farc, ligado ao narcotráfico, ligado ao que há de pior. Não tenho dúvida nenhuma disso".


Índio da Costa - Candidato a Vice presidente na chapa de José Serra






Querem ler à respeito??? Há provas disso!


LINK 1


LINK 2 (Com Alejandro Peña Esclusa, este preso pelo Chavez, na Venezuela, esses dias...)

LINK 3

LINK 4

LINK 5

LINK 6


LINK 7


LINK 8

LINK 9


Bem...
A alienação impedirá que muitos leiam tantos documentos, mas está aí para PROVAR o que ìndio da Costa diz é VERDADE.