domingo, 31 de janeiro de 2010

Vox Populi

A "voz do povo" parece não ser, exatamente, a voz do "povo". O blog do Coronel fez uma grave denúncia sobre a metodologia da pesquisa desta empresa. E, como os links mostrados não estavam corretos, o PoPa foi dar uma olhada no site do TSE. E estava lá, a metodologia toda, com os tais anexos. No site do TSE, na parte de pesquisas, faça a busca pelo protocolo 1057/2010.

Desde a escolha das cidades para a tal pesquisa, até o cartão que é mostrado ao pesquisado, tudo corre para deixar Serra "opaco". E, mesmo assim, na frente da Dama de Ferro.

Veja só:

Mais sobre esta denúncia no blog do Coronel: http://coturnonoturno.blogspot.com/

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"Castigo"...


Se mentir é um pecado, o Presidente Lula teve dois golpes em menos de uma semana...

1- Na inauguração de uma creche no RJ, começou a "palanquear" (já incui mentir), caiu um dilúvio e ele ficou ilhado.

2- Agora, inaugurando um "UPA" (Unidade de Pronto Atendimento), chegou a palanquer que "dá até vontade de passar mal" falando da "super" infraestrutura do SUS. E não é que em seguida passou mal mesmo (crise hipertensiva). Mas não foi atendido no UPA, mas sim no hospital mais bem aparelhado de Recife.


Acho que o "prazo de validade" e tolerância do Lula como o Pinocchio Tupiniquim chegaram ao limite...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Chapa "Arroz sem sal"!


O governo brasileiro já sente a necessidade de imprimir nas suas ações a vertente da realidade e tentar com isso conter a onda de desconfiança que começa a ter corpo no pensamento da população. A forte propaganda não vai encobrir o sucateamento da infraestrutura brasileira que está a olhos vistos com os últimos acontecimentos na maioria das áreas, seja da saúde, estradas, educação, portuária e outras de sua obrigação em manter e desenvolver.

A busca de um confronto com a administração FHC dá mostras sérias de sinais de “tiro pela culatra”. O único grande trunfo de peso está nos programas sociais de apoio a população de baixa renda tendo como carro chefe o Programa Bolsa Família que na verdade tem como seu “pai” o oponente FHC. É verdade que o presidente elevou a participação de numerosas famílias ao acesso ao consumo e melhoria de suas condições de vida via esse suporte de donativos. Isto se deu dentro de um cronograma estabelecido desde a criação dos programas sociais bolsa escola, vale gás, bolsa alimentação e outros e que no atual governo foram agrupados e recebeu o nome de “Bolsa Família”’. Este, obrigatoriamente, assim como os do FHC melhorado pelo atual governo, terá que ser mantido e aperfeiçoado pelos demais governos subsequentes, seja lá de que partido ou ideologia for. Esta “criatura” de bondades gerada por FHC só tende a se agigantar em um país pobre e de má formação cultural.

Pelo lado das realizações, pouco ou quase nada está terminado em se tratando de obras. O PAC 1 está a desejar com meros 31% de suas obras concluídas. Não por falta de dinheiro, espero e pelo menos é o que diz a mídia nacional. A única certeza que se tem é que dentre as causas do atraso é sem sombra de dúvida a incompetência de gestão dos administradores federais, resultado do loteamento de cargos aos aliados governamentais tais como Sarney e os “currupacos” da vida. Essa ausência de competência no governo, está obrigando o presidente a gerar um novo PAC como forma de criar novo fato político eleitoral. Cria a esperança de que o futuro gere situações de satisfação presente nos aliados e na população. fazendo-a crer que o Programa de Aceleração do Crescimento em andamento seja obra já consolidada e que o PAC 2, um novo despertar para a Nação brasileira. Para complicar ainda mais a situação, o presidente está promovendo a desobediência das normas éticas e legais com relação as obras de polos petroquímicos paralisados pela descoberta de irregularidades. Em busca de dinheiro e apoio de governadores para a campanha da sua criatura, está patrolando tudo.

Com o programa de defesa das Forças Armadas, projeto do governo FHC não operacionalizado por falta de dinheiro, procura dar impacto de guardião do povo e das riquezas do Brasil. É um programa audacioso para os cofres do País, mas necessário, não restam dúvidas. O problema é não comprar “gato por lebre” e o gato nesse caso fala o idioma francês. Para os militares a lebre é sueca. É muito sintomático que o presidente vem adiando a decisão para uma oportunidade em que qualquer problema neste caso da compra dos aviões só aconteçam após outubro, mês das eleições.

Um outro acontecimento que tem incomodado o presidente é com relação a energia. Problemas com geração e transmissão e ainda com a boca do Lobão. Apesar de ter discursado em Copenhague durante o Fórum das mudanças climáticas o presidente é defensor de uma das fontes energéticas mais poluentes do planeta, os combustíveis fósseis, derivados do petróleo. Sumiu de sua agenda a defesa do etanol brasileiro, um programa de salvação nacional e da dependência desses poluentes combustíveis. O pré-sal, às custas da saúde do povo, vai gerar dinheiro para tirar o Brasil do grupo de semi desenvolvidos ou emergentes como gostam os governantes e economistas.

Nesta questão temos dois aliados benéficos. Um é que o mundo está em busca de energia alternativa e esse processo é irreversível, fato que coloca em cheque em futuro próximo a viabilidade econômica do petróleo como fator de renda e ganhos para tantos investimentos sonhados pelo presidente. O outro é que os custos da prospecção do petróleo no pré sal são altos demais e o retorno, ante a projeção de viabilidade financeira, passa a ser pouco interessante e de muito risco.

Pelo lado da construção de uma chapa para concorrer a sua sucessão, e que possa se identificar com o presidente, está se mostrando difícil e de pouca esperança nos resultados esperados. É notória a incompatibilidade de Dilma Rousseff com a política ainda mais somada a simpatia e ao vigor emocional e expressivo de Michel Temer. Será uma chapa “arroz sem sal”. Não há nenhuma história ou atuação política na vida pessoal da candidata que possa impulsioná-la ao sucesso de uma eleição presidencial. Colocar sua vida de guerrilheira como fato nobre é desmerecer o conhecimento até porque não havia em sua proposta ideológica a liberdade, mas sim, um regime de força via orientação soviética e cubana, bem mais rígido que o regime militar existente. Acredito que nem oferecendo o paraíso, como já ofereceram ao povo em Araraquara/SP, vá dar certo. É o desespero do presidente.


Raphael Curvo*

Jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pela Cândido Mendes-RJ


PROSA E POLÍTICA

Vejam como o amigo do Lula vaz o povo reconhecer uma eleição


O governo do Irã anunciou nesta quinta-feira a execução de dois homens presos durante os protestos políticos desencadeados pela polêmica em torno das eleições realizadas no país no ano passado.

"Após os confrontos e eventos antirrevolucionários dos últimos meses, um tribunal islâmico revolucionário considerou os casos de alguns acusados e determinou a sentença de morte para 11 deles", afirma a agência de notícias iraniana Isna, citando o pronunciamento da promotoria.

"As sentenças contra dois destes indivíduos foram cumpridas neste amanhecer, e os acusados foram enforcados", acrescenta o texto.

Os condenados, Mohammad Reza Ali-Zamani e Arash Rahmanipour, perderam os recursos que apresentaram contra a decisão. Os outros nove condenados ainda têm seus pedidos de revisão de sentença sendo avaliados.

Ali-Zamani e Rahmanipour eram apontados pelas autoridades iranianas como "inimigos de Deus" e membros de grupos armados e eram acusados de tentar derrubar o Estado islâmico.

Reação

As execuções dos dois ativistas políticos iranianos foram condenadas pela ONG de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional.

"Essas execuções chocantes mostram que as autoridades iranianas não vão parar diante de nada para reprimir os protestos pacíficos que ocorrem desde as eleições", disse Hassiba Hadj Sahraoui, diretor da entidade para o Oriente Médio e o Norte da África.

"Estes homens foram condenados injustamente e injustamente mortos", acrescentou. "Não está claro nem sequer se eles tinham ligação com um grupo (como foi alegado), já que suas confissões foram extraídas sob duras condições."

Os sentenciados foram acusados de pertencerem a um grupo proibido que defende a monarquia, a Assembléia do Reino do Irã (Anjoman-e Padeshahi-e Iran).

Nasrin Sotoudeh, advogada de Rahmanipour, que tinha 19 anos quando foi preso, diz que seu cliente "confessou (os crimes) por causa de ameaças feitas à sua família".

Pelo menos 30 manifestantes foram mortos em confrontos desde as eleições, embora a oposição diga que o número de mortos supere 70. Milhares foram detidos e cerca de 200 ativistas permanecem presos.

Correspondentes dizem que as execuções devem inflamar os ânimos antes dos próximos protestos populares, marcados para 11 de fevereiro, data do aniversário da Revolução Islâmica de 1979.

Os protestos começaram em junho do ano passado, após alegações de fraude nas eleições presidenciais que reelegeram o presidente Mahmoud Ahmadinejad.


Estadão

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Vídeo PROVA Banditismo do MST

Assista ao VÍDEO:



LEIA Comentário de Reinaldo Azevedo:

VÍDEO PROVA QUE MST PLANEJOU DEPREDAÇÃO; PT SE SOLIDARIZA COM DEPREDADORES

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010 | 21:40

No Estadão Online. Cometo em serguida:
Um vídeo divulgado hoje pela Polícia Civil de Bauru (SP) mostra que a depredação da fazenda Santo Henrique, da Cutrale, invadida no ano passado pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) foi premeditada.
As imagens mostram uma reunião de militantes na qual o coordenador regional do movimento, Miguel da Luz Serpa, se dirige aos invasores planejando as depredações. “Esta é a quarta invasão e viemos aqui para, pelo menos, dar prejuízo a eles.”
Serpa é um das nove pessoas presas durante a Operação Laranja, desencadeada terça-feira pela Polícia Civil, em Iaras e Borebi, região central do Estado.
Em poder dos acusados, a polícia apreendeu adubos, defensivos e equipamentos furtados da propriedade. O vídeo foi apreendido durante as buscas realizadas nas casas dos acusados, no assentamento Zumbi dos Palmares, em Iaras.
O delegado seccional de Bauru, Benedito Antonio Valencise, disse que as imagens são peça importante para comprovar os crimes cometidos pelos sem-terra. Hoje, ele refutou a acusação dos advogados do MST, de que não tiveram acesso ao inquérito que resultou nas prisões.
“O inquérito foi instaurado há vários meses e é público. Apenas não fizemos alarde de algumas diligências para não prejudicar as investigações.” Segundo ele, as prisões temporárias foram decretadas pela Justiça.

Investigações
O coordenador do MST na região de Iaras, Miguel Serpa, preso na Operação Laranja, é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por desvio de recursos públicos.
Serpa é presidente da Cooperativa dos Assentados da Reforma Agrária na Região de Iaras (Copafi), que firmou convênio com o Incra para cortar uma floresta de pinus adquirida pelo governo federal por R$ 13 milhões. Foram cortados cerca de 400 mil metros cúbicos de madeira.
O dinheiro, que deveria ser revertido aos assentados, foi desviado. O Incra rompeu convênio com a cooperativa. O MPF investiga também ameaças de morte feitas pelo grupo de Serpa a assentados que denunciaram os desvios.
O próprio dirigente foi acusado pelo assentado Genário da Silva de tê-lo “enterrado vivo” no meio de um eucaliptal, deixando apenas o rosto de fora.

Comento
O vídeo, já exibido na TV, não deixa a menor dúvida de que a depredação foi planejada. Sim, sempre soubemos disso, mas, nesses casos, é preciso algo mais do que convicção; é preciso ter provas. E a prova está dada.

E o PT? A ministra candidata Dilma Rousseff já andou falando contra o que chamou de “criminalização dos movimentos sociais”. Sei… Entrei no site do PT. Há lá um texto cujo título é este: “PT repudia repressão de polícia tucana contra o MST em São Paulo”. Lê-se este primor:

O Núcleo Agrário Nacional do Partido os Trabalhadores comunga com as mesmas preocupações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em relação à informação de que, desde o final da tarde de ontem (25), a polícia está fazendo cercos aos assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária na região de Iaras-SP, portando mandados de “busca, apreensão e prisão”, com o intuito de intimidar, reprimir e prender militantes do MST. Ao mesmo tempo, repudia as detenções de nove militantes assentados e acampados do MST, que estão na Delegacia de Bauru-SP.
Em contraposição à política de repressão e criminalização dos movimentos sociais, o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), aprovado pelo Presidente da República, tem entre os seus objetivos estratégicos “a utilização de modelos alternativos de solução de conflitos, de modo a, entre outras ações programáticas, fomentar iniciativas de mediação e conciliação, estimulando a resolução de conflitos por meios autocompositivos, voltados à maior pacificação social e menor judicialização”.
Nesse sentido, o Núcleo Agrário Nacional do PT repudia a criminalização dos movimentos sociais e exige o respeito aos direitos constitucionais - individuais e coletivos - de seus militantes, ao mesmo tempo em que se solidariza com homens e mulheres que lutam por um Brasil mais justo, livre e democrático, onde a Constituição e os Direitos Humanos sejam efetivamente respeitados.
Brasília, 26 de janeiro de 2010
Osvaldo Russo, coordenador do Núcleo Agrário Nacional do PT

Atenção!
A prisão temporária de 19 pessoas envolvidas na invasão — 10 conseguiram fugir — não foi decidida pela “polícia tucana”, mas pela Justiça. Foi decretada pelo juiz Mário Ramos dos Santos, do Fórum de Lençóis Paulista. Os patriotas são acusados de formação de quadrilha, invasão de terra, danos materiais e furto.


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Fuerza Hermanos de Venezuela

Un canto por la VIDA

Un canto por la LIBERTAD

“Chávez, tás ponchao!” (do beisebol, significa “está fora”)
Cantam: “Y va a caer, este gobierno va a caer”
Desde las gradas se oyen consignas masivas y demoledoras como: Dictadura!!! Dictadura!!! y Sucios!!! (en referencia a la injustificada presencia de cientos de Guardias antimotines apostados en todo el estadio para en vano, tratar de intimidar protestas del publico. La mision de estas fuerzas represoras es de agredir a los estudiantes que pacificamente protestan contra el cierre de la televisora RCTV.)En todas las gradas se oye: “Y va a caer, este gobierno va a caer!!! 1,2,3 Chavez esta Ponchao”,en referencia al fracaso del regimen totalitario de Hugo Chavez y su ineptitud para resolver problemas basicos de la poblacion.
24 enero 2010

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Não ao PAC da empulhação

Artigo publicado hoje no blog
Subsídios para o discurso da Oposição

Em seu tour eleitoreiro por Minas Gerais na semana passada, a ministra Dilma Rousseff protagonizou mais uma de suas bizarras farsas para conseguir votos. Acompanhada do presidente Lula, na maior cara-de-pau dona Dilma inaugurou uma Unidade de Pronto Atendimento inteiramente construída pelo governo tucano, uma usina termelétrica que já funcionava e uma barragem iniciada há 20 anos (grifo nosso). Pouco satisfeita, anunciou novos investimentos numa linha do metrô de Belo Horizonte que jamais foi projetada e não existe nem na cabeça do mais sonhador dos mineiros. Como se não bastasse, dona Dilma apelou para sua verve terrorista ao acusar oposicionistas de ter a intenção de “paralisar” as obras públicas no país. É o PAC da empulhação, que, este sim, merece ir para a lata de lixo. A primeira parada da caravana da vergonha de Dilma e Lula no estado foi em Jenipapo de Minas, no castigado Vale do Jequitinhonha. A inaugurada barragem de Setúbal é, de fato, importantíssima para a região, mas a obra não é exatamente do governo federal e muito menos uma novidade do PAC. O empreendimento começou a ser feito em 1989, pelo governo de Minas, via Cemig. Dois anos depois, foi abandonado, já com metade executada. Assim ficou até 2004 quando o Ministério da Integração Nacional acatou apelos regionais e retomou-o. Espera aí: 2004? Sim, três anos antes de o PAC, digamos, existir – coisa que, convenhamos, até hoje não ocorreu. O governo federal anuncia ter investido R$ 204 milhões na barragem no Jequitinhonha, e, desses, 10% vieram do governo de Minas. No entanto, de acordo com o Siafi, na verdade a União desembolsou apenas R$ 125 milhões, ou 70% do que dona Dilma anunciou em cima dos palanques. Como Lula, sob sua aura de quase-santo, e os seus costumam apostar que ninguém vai conferir o que falam, “inflacionaram” a obra para fazer propaganda. Esse é o PAC: seis anos para fazer meia barragem e muito anúncio do que não existe. E esta é a oposição: aqui está para não deixar passar nada em branco. Não foi só isso. O petismo aproveitou-se da terrível carência do Jequitinhonha para exercitar seus cacoetes coronelistas. Moradores carentes da região foram atraídos para o evento para ganhar uma refeição, no caso “cachorros quentes, rolinhos trufados franceses e salgadinhos de vários tipos” oferecidos por garçons do bufê Célia Soutto Mayor, um dos mais refinados de Belo Horizonte, como mostrou O Globo. O prefeito da cidade, do aliado PDT, decretou feriado, as repartições públicas foram fechadas e ônibus foram alugados por R$ 10 mil para levar a população para ver Dilma. Isso é campanha eleitoral ou não? Mas foi só o começo da empulhação. A Unidade de Pronto Atendimento inaugurada por Dilma e Lula em Juiz de Fora foi feita integralmente com recursos do governo Aécio Neves. O investimento da Secretaria da Saúde de Minas foi de R$ 5 milhões na construção e compra de equipamentos, conforme mostrou o PSDB em seu site. A administração do posto será da prefeitura, também tucana. Para repetir um dito muito falado em Minas, mas que provavelmente ela ignora, como tudo o mais que diga respeito ao estado, dona Dilma fez “cortesia com chapéu alheio”. O único papel do Ministério da Saúde será contribuir com R$ 250 mil mensais para custeio. Acredite, ainda teve mais maracutaia em Minas – e tudo num único dia de campanha. Terceira parada do roteiro, a Usina Termelétrica de Juiz de Fora já estava em operação há anos. Pertencia à iniciativa privada e foi comprada em 2007 pela Petrobras, como mostrou a Folha de S.Paulo à época. O que Dilma fez foi apenas acionar uma nova turbina, que será movida a etanol. Não deixa de ser relevante, dada a redução de emissão de óxido de nitrogênio na atmosfera – coisa com a qual a ministra já deixou claro que não se importa. Mas daí a justificar toda uma pantomima destinada apenas a promover, fora da lei, uma candidata a presidente da República vai longo caminho. Por causa de tentativas de enganação como essas, a oposição tem obrigação de fiscalizar e criticar o PAC. O governo, entretanto, com evidente má-fé, quer transformar o monitoramento e os questionamentos legítimos ao PAC em tentativa de acabar com as obras. Nada disso. O que se pretende é aprimorar o desempenho da máquina pública, aplicar melhorar o dinheiro dos impostos que pagamos e acelerar os empreendimentos no país, com mais eficiência, respeito ao meio ambiente e nenhuma obsessão com o marketing. É fazer PAC para o cidadão e não para televisão. Tal como foi montado, o Programa de Aceleração do Crescimento não passa da reunião de ações que constam, desde muito antes do governo Lula, da rubrica “Investimentos” do Orçamento Geral da União anualmente aprovado pelo Congresso. Os marqueteiros do governo viram nessa peça técnica, que juntava milhares de empreendimentos, mais uma possibilidade de fazer propaganda. Com bastante esperteza, agruparam as obras mais vistosas eleitoralmente em um único documento, ao qual deram o nome fantasia de PAC. Ou seja, o PAC é como Disney, Coca-Cola, Bombril, só que sem muita utilidade. Algumas obras, quando atrasam demais e ganham potencial de causar prejuízos eleitorais, são retiradas do PAC. Outras, se começam a andar rápido e, por algum cochilo, ainda não haviam sido incluídas, são colocadas às pressas para engordar o programa. Isso é o PAC: a festa do estica-e-puxa. Mas para o petismo o que conta é que as ações possam ser “vistoriadas” por Lula e Dilma. Ah, e que também possam render o máximo possível de lançamentos de pedras fundamentais – este engodo da pré-história da política que o petismo ressuscitou. Também na semana passada, o presidente anunciou que quer inaugurar o maior número que der de “barragens” em Minas até abril, quando Dilma deixará o cargo. A menos que recorra a nova fornada de empulhações, vai ser difícil. Há uma enorme discrepância entre o discurso oficial e a realidade: em Minas, o governo anuncia R$ 34,6 bilhões em investimentos do PAC até 2010, mas, findo 2009, só havia investido R$ 2,57 bilhões – ou 7,4% do prometido. Em alguns empreendimentos de vulto, como o metrô de Belo Horizonte, nenhuma nova estação foi inaugurada nos últimos sete anos. Nada que não tenha impedido que dona Dilma “anunciasse” novas obras numa linha que, simplesmente, não existe e sequer foi um dia aventada, como mostrou o jornal O Tempo. Deve ser fruto da propalada intimidade da ministra com sua terra natal... (Uma última informação, só para que não pairem dúvidas sobre quem quer, de fato, realizar obras em favor do país e dos brasileiros: na gestão Fernando Henrique foram inauguradas, em média, uma estação do metrô de Belo Horizonte por ano. E naquela época não existia nada de PAC.)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Os Bandidos do MST

Promotoria de justiça do RS investigou e prova que centrais de movimentos comunistas de assalto do estado de direito pagos por Lula com nossos impostos mantém o MST

Parte 1

Parte 2

(dica dos vídeos via Twitter @LiaRossana)

sábado, 23 de janeiro de 2010

Bolsa Cabresto


OPORTUNISMO
Fila de cadastramento do programa: regras são regras, mas não em ano de eleição


Dez meses antes das eleições presidenciais, o governo muda regras

do Bolsa Família para evitar a exclusão regulamentar de 5,8 milhões

de pessoas do programa. A medida vale até 31 de outubro,

data do segundo turno.


Isso é apenas o começo

Fonte: Revista Veja

A campanha presidencial – ou pré-campanha, como prefere o governo – tem início em alta temperatura com Lula chamando de "babaca" o presidente do PSDB, que, por sua vez, disse que Dilma Rousseff é "mentirosa"


Otávio Cabral e Gustavo Ribeiro

Fotos Cristiano Mariz e Ailton de Freitas/Ag. O Globo
FOGO CRUZADO
Lula e Dilma em comício no interior de Minas Gerais e o tucano


Jenipapo de Minas, na última terça-feira, foi palco de algo muito parecido com uma campanha eleitoral. Acompanhada do presidente Lula, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, inaugurou uma barragem de irrigação e chorou ao lembrar suas origens mineiras. Em discurso, ao exaltar a importância da obra, a ministra lembrou que a oposição já investiu contra os programas de transferência de renda do governo, como o Bolsa Família, e, agora, promete também acabar com o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, caso vença as eleições. Em outra solenidade no mesmo dia, dessa feita de inauguração de escola técnica, foi a vez do presidente Lula: "Que me desculpem os adversários, mas nós vamos ganhar para poder ter continuidade. Se para tudo o que está acontecendo neste Brasil e a gente volta ao passado, todo mundo sabe como é que é". É perda de tempo ficar discutindo se o périplo que Lula e Dilma fazem pelo Brasil, inaugurando até placas de obras que ficarão prontas daqui a anos, é ou não uma artimanha para ocultar uma campanha antecipada, o que seria ilegal. A Justiça já decidiu que só existe campanha se existir candidato oficial ou pedido de votos – e Dilma, oficialmente, ainda não é candidata e nunca pronunciou o famoso "vote em mim". Convencionou-se, portanto, chamar o que está acontecendo de pré-campanha, e, pelo caminho que começa a ser trilhado pelas equipes dos pré-candidatos, tem-se uma amostra do que está por vir.

Em sua primeira aparição pública em 2010, o presidente Lula, discursando para mais de 500 prefeitos, anunciou a aposentadoria do "Lulinha paz e amor" das campanhas passadas e disse que também era "capoeirista", prometendo reagir caso algum adversário tentasse "chutar do peito para cima". Na última semana, o presidente mostrou sua disposição marcial. Em plena reunião ministerial, num ambiente tradicionalmente solene, Lula chamou de "babaca" o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra. O motivo da irritação do presidente foi uma entrevista a VEJA na qual o líder tucano disse que, caso seu partido vencesse as eleições, acabaria com o PAC, programa que estaria sendo usado apenas para iludir o eleitor. "Não sei se ele (Guerra) estava de férias, mas a entrevista é totalmente desconectada da realidade. O Sérgio Guerra é um babaca", disse Lula a uma plateia de ministros e assessores graduados. A troca de farpas entre governo e oposição foi intensa. Depois de anunciar no palanque de Minas Gerais que os tucanos queriam acabar com os programas sociais do governo, a ministra Dilma Rousseff foi chamada de mentirosa em uma nota oficial do PSDB. Também em nota, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, respondeu, chamando de "jagunço" o senador Sérgio Guerra e de "hipócrita" o governador de São Paulo, José Serra, por se manter afastado do bate-boca. "Não vou perder meu tempo com ti-ti-ti, fofoca. Não vejo sentido nisso", limitou-se a comentar o governador.

Ao partirem para o ataque, Lula e Dilma cumprem uma estratégia milimetricamente pensada pela equipe de marqueteiros oficiais. Inexperiente na disputa eleitoral e sem traquejo político, a ministra-candidata, ou melhor, pré-candidata, foi uma invenção do presidente, que tentará emplacar em outubro a tese do continuísmo de seu governo, recordista em popularidade. A imagem pública da candidata, porém, ainda está em fase de construção, e deslizes como esse podem marcá-la negativamente em setores expressivos do eleitorado, segundo especialistas ouvidos por VEJA. A polêmica, por fim, reacendeu um fantasma que ronda e preocupa muito os mentores da campanha da ministra: o receio da pecha de ter sempre suas versões confrontadas com a verdade. A ministra já foi obrigada a reconhecer que não concluiu o curso de mestrado em ciências econômicas na Unicamp, conforme constava em seu currículo oficial. Também já foi acusada de ter ordenado a montagem de um dossiê contra a ex-primeira-dama Ruth Cardoso, embora tenha negado evidências claras de que o documento foi produzido em sua repartição. No ano passado, Dilma foi acusada pela ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira de tentar obstruir uma investigação sobre a família do senador José Sarney, seu aliado na pré-campanha, em outro episódio em que teve a veracidade de suas afirmações questionada.

O embate direto com a oposição, porém, teve um lado positivo para Dilma Rousseff, que é o de reforçar a estratégia do governo de transformar a eleição em um plebiscito segundo o qual os eleitores escolheriam entre a continuidade de seu mandato e a volta à gestão dos tucanos. Dilma, assim, caminha para se consolidar de vez como a candidata da continuidade, sua principal e talvez única bandeira. "Essa contundência serve para delimitar os espaços, para deixar claro ao eleitor quem está do lado do governo e quem é o time da oposição", avalia o cientista político Gaudêncio Torquato, da Universidade de São Paulo. "Com esses ataques cruzados, as regras do jogo foram colocadas na mesa." Por outro lado, o acirramento da disputa antecipada traz outra preocupação para o comitê de campanha de Dilma. Sem experiência política e com temperamento forte e explosivo, ainda é uma incógnita a maneira como a ministra vai reagir ao ser confrontada publicamente pelos adversários. É o que em Brasília se chama efeito Ciro Gomes. Na eleição de 2002, o deputado cearense desabou nas pesquisas ao chamar um eleitor de burro. Em privado, Dilma é conhecida por reações muito mais intempestivas que essa. Resta saber como se comportará no palanque.

A política do requeijão

Cristiano Mariz
FILA DA COXINHA
"Militantes" que ganharam transporte e lanche aguardam
para entrar em evento com Dilma


A campanha da ministra Dilma Rousseff ainda não empolgou a militância petista – ou o que ainda resta dela. Isso tem ficado evidente nos diversos eventos de que a ministra e o presidente Lula têm participado. Em Jenipapo, não se viam camisas vermelhas nem bandeiras com a estrela do PT. Os espectadores eram lavradores, empregadas domésticas, pedreiros, gente muito humilde, meio calada, atraída pela promessa de lanche no evento, como o lavrador Antônio Cesário, morador de Granjas, a cerca de duas horas do local da barragem, que decidiu comparecer à inauguração de olho na promessa que lhe fizeram os funcionários da prefeitura. "Pão e requeijão", conta. "Em casa, só tem requeijão quando vai uma visita muito importante", comentou. Depois de duas horas apertado em um ônibus superlotado, com mais de cinquenta pessoas, o lavrador diz ter tirado a sorte grande. Encontrou coisa muito melhor que pão com requeijão: 45 000 salgadinhos feitos por um dos bufês mais caros de Belo Horizonte. Tudo de graça.

O mesmo método de atração de militantes foi usado com mais eficiência no Maranhão uma semana antes, no lançamento da pedra fundamental da Refinaria Premium I da Petrobras, em Bacabeira, perto de São Luís. Cerca de trinta ônibus transportaram recrutas de vários pontos do estado. Funcionários públicos e estudantes de colégios estaduais foram liberados de suas obrigações para engrossar a claque de apoio à família Sarney, ao presidente Lula e, é claro, a Dilma Rousseff. Na porta do local onde será erguida a refinaria, cabos eleitorais esperavam os moradores dos grotões do estado com bandeiras de plástico que estampavam a frase: "Obrigado, presidente". A maior evidência de que o quórum nas aparições da pré-campanha petista é artificial pode estar no fracasso da inauguração da escola técnica em Araçuaí, cidade vizinha a Jenipapo de Minas. A estrutura foi montada para comportar 7 000 pessoas, mas apenas 500 testemunharam Lula elogiar sua candidata. Lá, a máquina pública não participou da engrenagem para atrair "militantes". Não houve o aluguel de ônibus, nem lanchinho, nem requeijão, nem refrigerante. Os poucos que compareceram tiveram de se contentar com um copo de água.

A lógica que não cabe em inteligência nenhuma



Trata-se apenas de objetos políticos.
O povo faminto e pobre é apenas a massa de manobra e a desculpa dos intelectuais, das elites políticas brasileiras.

Soluções inexistem, povo desarmado, povo escravo.
Forças armadas falidas, povo escravo.
Sossobram heróis e ídolos de barro, artistas, atletas, campeonatos, olimpíadas, copas.
Isso me lembra a Alemanha Oriental, Romênia, Russia, China.

Nosso presidente quase compara-se a Mussolini, seus comparsas são Gramscistas, coisa que Mussolini não aderiu, nem aceitou.
Gramsci foi condenado a morte pelo próprio socialismo italiano.
bom dia

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Frase após as bravatas de baixo calão do PT.


“Política não se faz com ódio, não é função hepática. É filha da consciência, irmã do caráter, hóspede do coração”


Ulisses Guimarães

Um absurdo e um Imbecil


A boa novidade no Brasil é que essas maiorias elegeram um presidente oriundo da classe dominada, de quem não se esperava que transgredisse a lei da honestidade e da moralidade. E quando ele se viu obrigado a jogar o jogo da classe dominante para continuar no poder, houve uma grita a partir da classe média, sinceramente honesta, contra a corrupção e a fraude que esse mesmo presidente antes condenava. E os pobres, que sabem desde o nascimento que são expropriados de quase tudo, crêem, também sinceramente, que, já que são sempre roubados pelos dominantes, pelo menos darão o seu voto a quem reparte com eles alguma fatia desse roubo.”



Luís Fernando Veríssimo

O Imperador do Brasil





Vocês conhecem algum chefe de Estado que se dá ao direito de usar palavras como "merda", "babaca", insultar, mentir, omitir, dissimular, enfim destruir o Estado Democrático de Direito, sob o pretexto de ser popular, onde seus seguidores se tornaram "zumbis" militontos em busca de uma distribuição de misérias??
Este é Lula, o novo Herodes!




(panfletos distribuidos pela CNBB)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

EXTRA - PSDB vai à justiça comum contra Berzoini e Dutra

Calúnia e Difamação


PSDB questiona presidentes do PT na Justiça Comum

Partido considera respeito ao povo ir à Justiça contra o preconceito petista

Brasília (21) - O secretário nacional do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), decidiu questionar na Justiça o atual e o presidente eleito do PT, Ricardo Berzoini e José Eduardo Dutra, pelo o que os tucanos consideraram grave preconceito contra o povo nordestino por ambos terem divulgando uma nota na qual consideram o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), que é de Pernambuco, um "jagunço".

Ainda na nota, Castro destaca que, além de promoverem o preconceito, os petistas mostram que desconhecem o que é fazer política "com independência, integridade e ter ética por convicção".

A decisão de Castro foi divulgada em nota. Veja íntegra abaixo:

EM RESPEITO AO POVO BRASILEIRO, PSDB VAI À JUSTIÇA CONTRA OS PRESIDENTES DO PT

Por calúnia e difamação, a Executiva Nacional do PSDB vai interpelar, na justiça comum, Ricardo Berzoini e José Eduardo Dutra.

A acusação dos petistas contra o Presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), revela também, grave preconceito contra o povo nordestino. Ao promover o preconceito entre brasileiros, mostram que desconhecem o que é fazer política com independência, integridade e ter ética por convicção.

Defender a verdade, as idéias e os fatos de forma democrática, além de condenar o terrorismo político, é o que tem feito o presidente do PSDB. E o melhor, dentro da lei, do respeito ao dinheiro público e com o objetivo de esclarecer o povo brasileiro contra novas mentiras com objetivos meramente eleitoreiros.

Com tranqüilidade, equilíbrio, sem baixarias e preconceitos, o PSDB vai continuar mostrando à opinião pública brasileira o que é democracia, respeito às idéias e, principalmente, o que é verdade e o que é pura propaganda.

Deputado Rodrigo de Castro

Secretário Geral do PSDB

Brasília, 21 de janeiro de 2010

Frase ao vento...

O governo está se envolvendo em polêmicas desnecessárias (…). Não existe guerra santa aqui, e não é inteligente o Estado se preocupar com símbolos religiosos, tombamentos e união de homossexuais. Isso é coisa de marxista.”



Pr. Ronaldo Fonseca, presidente do Conselho Político da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil

O Cinismo da Burla

Editorial Estadão - 21/01/2010

A falta de consequências para quem infringe as leis ? ou, em outras palavras, a impunidade em excesso ? tornou-se uma doença social e política crônica, a tal ponto que quase ninguém mais se espanta com a burla continuada das normas legais. E, assim como há quem pensa que as leis estão aí para serem violadas, há quem se sinta particularmente à vontade, fazendo tábula rasa da lei eleitoral.

Ora, as normas eleitorais existem para equilibrar a participação de candidatos e partidos nas disputas por mandatos, impedindo abusos decorrentes do aproveitamento da máquina pública e do poder econômico. Sem esses controles o País seria dirigido por oligarcas e magnatas, comprometidos apenas com seus projetos de poder, e não com o interesse público.

Essas leis, no entanto, veem sendo sistematicamente desrespeitadas ? há longo tempo e sem disfarces. Os prazos eleitorais, o calendário dos registros das candidaturas, os períodos de desincompatibilização, as datas de início das campanhas eleitorais ? tudo isso é definido por lei e regulamentado por instruções da Justiça Eleitoral. Como se explica, então, a escandalosa tolerância em relação à campanha antecipada promovida pelo presidente da República em benefício de sua candidata à sucessão, a ministra Dilma Rousseff?

Na terça-feira, mais uma vez ? já se perdeu a conta ?, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da candidata-ministra, a pretexto de inaugurar obras, abrilhantou um espalhafatoso comício eleitoral, desta vez em Minas Gerais, o segundo colégio eleitoral do País. A candidata e seu patrocinador estiveram em Juiz de Fora, para a inauguração de uma termoelétrica movida a etanol; em Jenipapo, para a inauguração de uma barragem; e no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do País, em visita a uma escola técnica. Lá, a ministra recebeu a ovação de 3 mil pessoas ? mobilizadas e transportadas não se sabe por quem ? ao prometer a "liberação imediata" de verbas para asfaltar trechos da Rodovia BR?367, que corta Minas e vai até a Bahia. Em sua arenga, a chefe da Casa Civil atacou pesado a oposição. Para isso, criou aquilo que os especialistas chamam de "espantalho", ou seja, atribuiu ao adversário uma intenção inexistente para poder desancá-lo. No caso, disse que, se a oposição ganhar a eleição presidencial, acabará com os programas sociais do governo Lula, especialmente o Bolsa-Família, e com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Mas o problema não é o que a ministra diz que a oposição fará. O problema é a escancarada burla à legislação eleitoral, quando a esta altura, antes dos prazos, das convenções partidárias, se fazem comícios claros e explícitos, sem qualquer disfarce. O problema é que se fazem promessas e ataques de natureza puramente eleitoral. O problema é a desfaçatez com que o presidente Lula reconhece a própria transgressão, a ponto de lembrar que, dentro de poucos meses, estará proibido, pela Justiça Eleitoral, de fazer tais "inaugurações", carregando a sua candidata a tiracolo, pois isso caracterizaria o uso indevido da máquina pública. Na verdade, proibido sempre esteve, pois a lei estabelece prazo para o início da campanha e veda qualquer antecipação.

Mas o presidente Lula não se abala diante de pormenores como a Lei Eleitoral. Certo de que ninguém o impedirá de continuar fazendo comícios eleitorais para impulsionar a candidatura de Dilma Rousseff, promete ir adiante. "É importante que a gente inaugure o máximo de obras possível para que a gente possa mostrar quem foram as pessoas que ajudaram a fazer as coisas nesse país." E já há uma vasta agenda de inaugurações-comícios até o fim de fevereiro. Sem falar, é claro, nas solenidades realizadas na sede do governo, em Brasília, há muito também transformadas em comícios eleitorais. É claro que a ministra Dilma deve ter tido uma participação fundamental em todas essas obras (inauguradas, mas não necessariamente concluídas) e em todos os atos do governo que merecem comemoração. Afinal, a primeira providência do presidente Lula, ao ungi-la candidata à sua sucessão, foi nomeá-la "Mãe do PAC", não por sua capacidade gerencial ? que é comprovadamente escassa ?, mas para ter um pretexto para tê-la a seu lado nos comícios.

O PTSMDB e A TOLHA de dois lados iguais

Existem certas regras na higiene que poderíamos aplicar na política.
Ou usam-se duas toalhas, ou não se usa uma tolha de dois lados iguais.
Eu afirmo que o PT e o PSDB são os dois lados de uma toalha de lados iguais.
Devemos sempre usar uma toalha de dois lados diferentes, porque enxugamos o corpo com um lado, e secamos com o outro lado, o ânus.
Óbvio que teríamos de lavar a toalha após cada banho.
Por isso, higienicamente falando usa-se uma toalha e um paninho higiênico.
O PMDB nada mais é que o paninho higiênico da política brasileira.
Claro que somente famílias abastadas dão-se ao luxo de possuírem o famoso “bidê” de banheiro para lavar o ânus e a genitália.
Entendo por genitália a parte frontal do púbis, apesar de alguns teimosos limpadores de esgotos acharem que o ânus é parte da mesma e de agrado sexual.
Não existe nada mais anti-higiênico do que papel higiênico.
Ele retira excessos, mas não limpa.
Eu diria que o DEM e o resto dos partidos nanicos seriam os papeis higiênicos da política brasileira.
Fazendo analogias, usar uma toalha por dia, ninguém o faz.
Então significativa porção do povo acaba enxugando o corpo com merda mais dia ou menos dia.
O ânus é o único lugar do corpo que lavou, está sujo.
Então é justo dizer que quem se alia ao PMDB está sempre sujo.
Vai haver uma troca no governo e porque não dizer que um grande partido governará.


O PTSMDB além de ser o maior partido político brasileiro é uma toalha que engana e qualquer dia desses vocês limpam o rosto com o lado mal cheiroso.


bom dia

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sérgio vai à Guerra

NOTA À IMPRENSA

Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão.

Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas.

Mente ao somar todos os recursos investidos por todas essas instâncias e apresentá-los como se fossem resultado da ação do governo federal. Apropria-se do que não é seu e vangloria-se do que não faz.

Dissimulada, Dilma Rousseff assegurou à Dra. Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso.

Durante anos, mentiu sobre seu currículo. Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp. Nunca foi nem uma coisa nem outra. Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas - a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC - 7.715 projetos- ainda não saíram do papel.

Outra característica de Dilma Rousseff é transferir responsabilidades. A culpa do desempenho medíocre é sempre dos outros: ora o bode expiatório da incompetência gerencial são as exigências ambientais, ora a fiscalização do Tribunal de Contas da União, ora o bagre da Amazônia, ora a perereca do Rio Grande do Sul.

Assume a obra alheia que dá certo e esconde sua autoria no que dá errado. Dilma Rousseff se escondeu durante 21 horas após o apagão. Quando falou, a ex-ministra de Minas e Energia, chefe do PAC, promovida a gerente do governo, não sabia o que dizer, além de culpar a chuva e de explicar que blecaute não é apagão.

Até hoje, Dilma Rousseff também se recusou a falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, com todas as barbaridades incluídas nesse Decreto, que compromete a liberdade de imprensa, persegue as religiões, criminaliza quem é contra o aborto e liquida o direito de propriedade. Um programa do qual ela teve a responsabilidade final, na condição de ministra-chefe da Casa Civil.

Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos.

Senador Sérgio Guerra
Presidente Nacional do PSDB
Brasília, 20 janeiro de 2010

___

A guerrilheira pediu e tomou! Resposta bem dada. E a quem se deve responder. Lulalau acabou. Tá fora. C'est fini. Todas as baterias contra a "Vilma" !!!

PSDB mantém crítica ao PAC e acusa Dilma de terrorismo




O Globo - 20/01/2010

A cúpula do PSDB reforçou ontem as críticas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que diz ser um fiasco eleitoreiro, mas reagiu ao discurso de Dilma Rousseff, que acusou a oposição de querer acabar com a iniciativa. Em nota oficial e em entrevistas, líderes tucanos acusaram Dilma de recorrer “ao terrorismo” e à “retórica do medo e da mentira”, como na campanha presidencial de 2006, quando o PT espalhou que, se eleito, o tucano Geraldo Alckmin, privatizaria a Petrobras e bancos oficiais.

“Diante de sua reconhecida falta de experiência política, a ministra Dilma Rousseff adota as conhecidas artimanhas do PT que, historicamente, aprimorou de maneira nunca vista a retórica do medo e da mentira. Foi assim em 2006, quando criou a fantasia sobre o fim dos programas sociais e da privatização de empresas estatais.

Felizmente, não se consegue enganar o povo o tempo todo”, diz a nota assinada pela vice-presidente do partido, Marisa Serrano. O presidente Sérgio Guerra está no exterior.

A nota frisa que o PSDB quer melhorar o desempenho das estatais e continuar o Bolsa Família, assim como os programas sociais criados quando o partido era governo; mas repete as críticas de Guerra. “O PAC não passa de um amontoado de obras sem foco nem objetivo”, diz. “Está claro que o PAC é apenas uma peça de ficção”.

— Dilma não tem estatura moral para atacar o PSDB. Na campanha passada tentaram aterrorizar o povo. Todos sabem que o PSDB sempre governou com responsabilidade. Essa tática do terrorismo não vai colar! — reagiu o senador Marconi Perillo (PSDB-GO).

O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), disse que Dilma partiu para o baixo nível. E atacou o PAC: — A Dilma é uma decepção! É gestora do quê? Gestora de baixo nível? Apelar para o baixo nível, a calúnia, a mentira, difamação? O que o Sérgio Guerra disse é real, o PAC em três anos não executou mais que 33% das obras previstas. Foi um fiasco

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Será?????


(Laurence Bittencourt) Li hoje na coluna do jornalista Cláudio Humberto três notas quentinhas. A primeira diz respeito a pesquisas internas do PSDB que já apontam Dilma Roussef a frente de José Serra nas regiões Norte e Nordeste do país.

A nota diz que ela “passou e abriu vantagem” e que “assessores tucanos prevêem que a candidata, já em março, poderá assumir a liderança nas pesquisas em todo o País”.

A segunda nota de Cláudio Humberto fala que Dilma deverá trocar (por sugestão de José Dirceu) o atual marqueteiro de Dilma, João Santana por Duda Mendonça. Olhe ai.

E a terceira nota afirma que com o crescimento de Dilma nas pesquisas, “reforça a tendência de José Serra desistir da disputa presidencial para tentar a reeleição”.



Adriana Vandoni

Veja para onde vão os impostos...



Um funcionário da Universidade Federal do Ceará é o servidor mais bem pago do Poder Executivo federal com rendimento mensal de R$ 46.430,42, informou hoje o Ministério do Planejamento em portaria publicada no "Diário Oficial" da União desta terça-feira.

Um decreto de 2000 obriga o ministério a publicar, a cada quatro meses, os valores do maior e do menor salário dos ministérios, fundações, agências, universidades e outras entidades sob administração federal. O levantamento divulgado hoje mostra que o menor salário está no Comando do Exército, onde um funcionário recebe R$ 823,14 mensais. A média salarial é de R$ 4.000.

A tabela, feita com base em informações do Siape (sistema que administra o funcionalismo federal), revela que cinco servidores recebem acima do teto de R$ 25.725, correspondente ao dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O ministério explica que isso se deve ao pagamento de sentenças judiciais.

O servidor da universidade do Ceará tem remuneração básica de R$ 18.975,05, mas uma decisão judicial incorpora R$ 27.455,37 ao salário dele. Mesmo com um corte mensal de R$ 9.294,32, o funcionário recebe R$ 37.136,10.

Também ganham acima do teto um funcionário do Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba (R$ 33.232,39), um da Universidade Federal do Acre (R$ 32.202,63), um da Universidade Federal de Minas Gerais (R$ 28.732,27) e um da Universidade Rural Federal do Rio de Janeiro (R$ 28.251,78).

O levantamento divulgado traz apenas os valores brutos sem contar os descontos de impostos e contribuições.



Folha Online

A Farsa do Mito


"Sua vida foi uma seqüência de fracassos. Como médico, nunca exerceu a profissão. Como ministro e embaixador, não conseguiu o que queria. Como guerrilheiro, foi eficiente apenas em matar por causas sem futuro."




historiador cubano Jaime Suchlicki, da Universidade de Miami.

Um elenco de filme de terror


Tarso Genro, Guilherme Cassel e Miguel Rossetto no Rio Grande do Sul. Ideli Salvatti e Altemir Gregolin em Santa Catarina. Paulo Bernardo no Paraná. Paulo Maluf, José Dirceu, José Genoíno, Antônio Palocci, Romeu Tuma, Aloízio Mercadante e Paulo Vannuchi em São Paulo. Sérgio Cabral, Anthony Garotinho, Carlos Lupi, Eduardo Cunha e Paulo Duque no Rio de Janeiro. Wellington Salgado, Hélio Costa, Newton Cardoso, Fernando Pimentel e Walfrido Mares Guia em Minas Gerais. Blairo Maggi em Mato Grosso. Zeca do PT em Mato Grosso do Sul. Delúbio Soares em Goiás. Marcelo Miranda no Tocantins. Almeida Lima em Sergipe. Fernando Collor e Renan Calheiros em Alagoas. José Maranhão na Paraíba. Severino Cavalcanti e Humberto Costa em Pernambuco. José Sérgio Gabrielli, Geddel Vieira Lima e Jacques Wagner na Bahia. Henrique Eduardo Alves no Rio Grande do Norte. Cid Gomes e Luizianne Lins no Ceará. Alfredo Nascimento no Amazonas. Romero Jucá em Roraima. Valdir Raupp em Rondônia. Gilvam Borges no Amapá. Joaquim Roriz, Gim Argello e, daqui a pouco, José Roberto Arruda no Distrito Federal. Ana Júlia Carepa e Jáder Barbalho no Pará. Edison Lobão e Epitácio Cafeteira no Maranhão. José Sarney no Maranhão e no Amapá.

A contemplação parcial do elenco, ainda em fase de montagem, é mais que suficiente para um primeiro diagnóstico: se nem todos no palanque de Dilma Rousseff estão entre o que há de pior na política brasileira, tudo o que há de pior na política brasileira está no palanque de Dilma Rousseff.




Augusto Nunes

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O Monstro da Censura


Campanha F/Nazca para o Conar e ESPM
contra a CENSURA


Assinam a campanha Eduardo Lima e João Linneu,
sob direção de criação de Fabio Fernandes e Eduardo Lima

domingo, 17 de janeiro de 2010

Quando ele vai cair???




Créditos: Laguardia

Entendendo a mente de um psicopata "anti - Americano"


Vamos entender um pouco do sentimento Anti-Americano" embutiodo nesta cultura alienado do "politicamente correto".

1 - Antiamericanismo e maniqueísmo


Os atentados terroristas nos Estados Unidos e o ataque que este país lidera contra o Afeganistão alçaram o sentimento antiamericano pari passu ao pensamento maniqueísta. Somos constrangidos a nos posicionarmos entre o bem e o mal. Mas quem representa o bem e o mal nesta história? Acaso os Estados Unidos estão livres das acusações que imputam a Osama bin Laden e os que lhe apóiam? Os Estados Unidos não padecem do mesmo pecado que atribuem aos seus inimigos? Acaso o terrorismo de Estado não é uma prática comum dos americanos, observável em vários momentos da história? Qual o direito dos Estados Unidos invadirem um país – e não é a primeira vez – a não ser o direito ilegítimo fundado na força militar? Façamos um exercício insano: imaginemos que algum terrorista brasileiro ataca a pátria americana e o governo local não o entregue às autoridades americanas. Teria os Estados Unidos o direito de invadir o nosso país?

Coincidentemente, o 11 de setembro foi também o dia em que o governo Salvador Allende foi deposto por um golpe de militar, com o apoio direto dos Estados Unidos. Era o ano de 1973. Aliás, esta nação, cuja arrogância é própria dos impérios de todos os tempos, procurou de todas as formas evitar a posse do presidente Salvador Allende, eleito democraticamente dentro das regras da tão apregoada democracia representativa. Há 31 anos o comandante do exército chileno, René Schneider, foi assassinado em Santiago, com um tiro de revólver. O episódio teve a participação dos americanos, inclusive com o envio de metralhadoras, com numerações raspadas, entregues aos oficiais chilenos por funcionários do governo dos Estados Unidos.

Ora, temos motivos suficientes para não aceitar que os Estados Unidos expressem o bem contra o mal. A não ser que abdiquemos da capacidade de pensar de forma crítica. Em política, todo maniqueísmo é um atentado ao bom senso e à dialética. Mesmo o inferno dantesco não se enquadra em categorias fixas e estáticas: quem lê a obra de Dante observa que o inferno tem várias escalas, obedecendo a uma certa hierarquia quanto ao pecado praticado.

Na época da guerra fria também predominava o maniqueísmo. Os bons, a depender da ótica ideológica, estavam de um lado; os maus do outro. Ambos os lados oprimiam o pensar crítico. Assim a esquerda era satanizada e a direita canonizada – a depender da posição política dos contendores. Chegou-se ao absurdo da não admissão da crítica interna, sob o argumento de que isto fortalecia o inimigo. Constrangiam-nos a aceitar, de forma acrítica, regimes políticos ditatoriais, pelo simples e obtuso argumento de que expressavam o socialismo. Quem escapava a essa dualidade cega corria o risco de tornar-se maldito e ser definido como alguém que fazia o jogo do imperialismo e da direita – o oposto também é verdadeiro, basta lembrarmos da caça às bruxas que, à maneira da inquisição, caracterizava os críticos como objetivamente alinhados aos comunistas.

O passado parece oprimir nossos cérebros. Se, de um lado, os americanos exigem alinhamento incondicional, de outro, Osama bin Laden expressa a mesma exigência ao tentar caracterizar os EUA como a besta a ser combatida pelos mulçumanos. Parece claro que a maioria dos espíritos sensatos não caem nessa armadilha e não aceitam o enquadramento incondicional. Pesquisas publicadas nos jornais apontam que os Estados Unidos não tem o apoio da população brasileira, a despeito da retórica do governo FHC. Por sua vez, o Taleban e Osama bin Laden também não conseguem a unanimidade no mundo oriental: basta ver os conflitos internos nos países de maioria mulçumana.

Contudo, um fator chama a atenção: o antiamericanismo exacerbado induziu muitos a desenvolver um sentimento de alegria, implícita ou explícita, diante dos atentados terroristas em solo americano. Houve quem expressasse na grande imprensa tal contentamento. Outros, mais reservados, expõem-no nas pequenas rodas de amigos. Outros agem de forma hipócrita e mal conseguem disfarçar o que sentem. Vítimas, culpados ou inocentes? Discussões filosóficas são feitas para definir a natureza dos mortos.

Acima das retóricas entre o bem e o mal, não podemos concordar que o sentimento anti-Estados Unidos, com toda a carga crítica que lhe é adjacente, legitime a ação do terrorismo e alimente a alegria diante da tragédia que, gostemos ou não dos americanos, ceifa vidas humanas. A racionalidade exige que nos portemos com espírito crítico, sem aceitar os fundamentalismos dos espíritos transtornados – ainda que sejam de esquerda.

A guerra americana no Afeganistão é a face inversa do terrorismo praticado na América do Norte: é terrorismo de Estado. Ambos os terrorismos são execráveis. Por que se alegrar diante da demonstração desmedida e pungente da violência? Acaso a vida é menos importante que as nossas idéias e posições políticas-ideológicas?


Espaço Acadêmico


2- O "Anti-americanismo" como ideologia



A noção de ideologia que as esquerdas marxistas usavam, ao menos antes de Antonio Gramsci, não era a de “concepção de mundo”. Havia toda uma explicação da mercadoria, do fetichismo e da reificação, aliás, muito interessante, que estava na base do que seria a ideologia em nossa sociedade. Mas, no frigir dos ovos, a noção de ideologia era a de “falsa consciência”. Ideologia, no limite, era o que nublava a visão de todos. Pois bem, se assim é, acho que podemos utilizar tal noção, com algum jogo de cintura, para o antiamericanismo que alimenta alguns cérebros de escolarizados no Brasil.

O escolarizado tem a chance de ver muito mais da cultura americana do que aquilo que ele quer ver ou é ensinado a ver por intelectuais que, por razões diversas – inclusive comerciais –, não querem sair de seus dogmatismos. Mas ele não vê. E se vê, diz que não vê. Quando um moço ou uma moça de 17 ou 18 anos entra no curso de ciências sociais ou de filosofia, por exemplo, da USP, ele já ganhou um bocado de idéias antiamericanas no cursinho, e é o que possui para “encontrar sua turma” na universidade estatal. O professor do cursinho que destila algum antiamericanismo assim age pela razão de que é um modo de, estando em uma estrutura um pouco endurecida, ter a sensação de que pode exercer um mínimo de rebeldia. Na universidade, diante de uma mudança brusca de ambiente e de projetos de vida, o estudante jovem tem facilidade de assimilar os discursos que se aproximam daquilo que ele ouviu dos “professores críticos do cursinho” ou do “colégio”. Então, o discurso antiamericanista o “integra” no ambiente universitário – ele não se sente um “deslocado” ou, como se dizia no passado, um “alienado”. Além disso, ele pensa, por exemplo, coisas assim: “mas se aquela professora, tão erudita, fala mal dos Estados Unidos, ela deve estar certa.” E daí para diante, adeus ao pensamento verdadeiramente crítico. Ele vai seguir a tal professora erudita. Ele tem o conforto de que ela não é do PSTU, que ele condena, pois são “malucos”, mas ele acredita que ela também sairia na rua com uma faixa “Queremos o Exército Brasileiro Fora do Haiti” (do PSTU) ou coisas assim.

Mas nem todos são antiamericanos por razões desse tipo. Há razões que se não são mais sofisticadas, ao menos são um pouco mais complexas.

Alguns não enxergam outra coisa por razões de ressentimento. Afinal, é duro ver que se é subdesenvolvido e que o desenvolvido, aquele que está acima de nós e que gostaríamos de tomar como espelho, comete crimes tão bárbaros quanto os nossos. Gostaríamos de ver os Estados Unidos como um Império do Bem, como ele se apresenta nos filmes em que os americanos derrotam os nazistas. Não gostaríamos de ver os Estados Unidos como um país que faz algo que nós, os subdesenvolvidos, fazemos. Por exemplo, gostaríamos que o Vietnã não tivesse sido o espelho do que fizemos com o Paraguai, naquela guerra em que nossos soldados mataram crianças, estupraram meninas e atiraram em velhos. Mas é. Então, ficamos tristes. Pois podemos nos perdoar, pois afinal nós somos incultos e subdesenvolvidos, mas não podemos perdoar os que são e dizem ser mais desenvolvidos que nós.

Há até um mecanismo psicológico de defesa, para ainda encontrar salvação. Os Estados Unidos fizeram o Vietnã e agora não estão sabendo lidar com o Iraque; então, pensamos assim: são desenvolvidos tecnologicamente, não são desenvolvidos “mentalmente”. A filosofia, as artes e a cultura em geral ficam para a Europa, segundo esse nosso pensamento reconfortante. Assim, todas as vezes que alguém mostra que para a guerra no Afeganistão e para a invasão do Iraque todos os países ricos contribuíram, inclusive com tropas, fingimos que não escutamos isso, que não é verdade. Pois os americanos precisam ser os culpados e tem de ser maus e, para tal, para serem maus, tem de ser burros – é assim que os ideologizados pensam. Colocam a Europa no pedestal da cultura e, então, não aceitam que ela seja tão responsável quantos os Estados Unidos pelo que ocorre no Iraque. Há um tipo de iluminismo de “baixo clero” em quem advoga isso, que o faz associar a cultura espiritual à bondade e a tecnologia à maldade. Isso nos ajuda a nos manter antiamericanos. É claro que isso tudo é ideológico na base, pois o maior engodo, nesse caso, é associar os Estados Unidos a um país sem cultura erudita ou em segundo plano frente aos europeus. E mais ideológico ainda é achar que todos esses erros que levam, por exemplo, para a guerra, tenha a ver com “os americanos”, como se todos os estadunidenses concordassem com o governo que possuem atualmente.

O caso do Vietnã ainda é um elemento que explica muita coisa. Ao menos para a minha geração, que ainda possui alguns cabeças duras antiamericanos, o tema do Vietnã deveria ter ensinado algo. Mas parece que não ensinou. Vemos o Vietnã, mas nos recusamos a entender corretamente como é que a guerra acabou. Vários da minha geração acham que acabou por causa de que os comunistas venceram. Mas não foi assim. Ela acabou por causa do povo americano, principalmente dos jovens. A guerra do Vietnã foi perdida “em casa”. Ou melhor, foi ganha, pois poderia ter sido ainda pior. Nunca conseguimos entender os Estados Unidos, pois tomamos Coca Cola, vamos no McDonalds mas nos recusamos a olhar os Estados Unidos por dentro, nos recusamos a olhar para a cultura americana enquanto a cultura mais auto-crítica do mundo. E aí, ao invés de assistirmos com olhos críticos o que o cinema americano fez sobre o Vietnã, como o “Franco Atirador” (The Hunter) por exemplo, preferimos achar que o filme é ... francês! Que se trata de uma crítica européia aos Estados Unidos. E com tudo o mais é assim: não lemos a filosofia deles, a literatura, etc. Achamos que sabemos tudo. E, não raro, terminamos uma graduação, fazemos mestrado e doutorado, e continuamos desinformados, achando que a nação mais poderosa do planeta é formada por uma sociedade inculta. Mesmo que essa sociedade tenha as maiores e mais livres universidades do mundo, os maiores jornais, o maior número de livrarias, o maior número de lançamento de romances de boa qualidade do mundo; bem, tudo isso não faz os cabeças duras mudar de idéia. Mesmo que na avaliação da UNESCO os Estados Unidos, hoje, com mais de 50% da sua população – que não é pequena – na universidade, consiga ultrapassar os europeus em vários quesitos de performance intelectual (a interpretação de textos é uma delas!), ainda assim achamos que eles estão montados sobre a ignorância. “Não são críticos” – nos ensinam os professores afrancesados e, infelizmente, carcomidos das áreas de ciências humanas e filosofia de nossas universidades estatais e, também, em muitas particulares.

Não conseguimos engolir filmes autocríticos americanos, pois eles mostram o que não suportamos: a alta capacidade da cultura americana de rever seus valores e, no entanto, não subverter a democracia. Isso agride o senso comum nosso, dogmatizado. Uma parcela grande de nossa esquerda, pensa assim, de modo dogmático. Os que não pensam, tem medo de dizer que não pensam assim e serem tomados como “de direita”, e então perderem “seu público”. Até mesmo intelectuais que passam por sofisticados, escorregam em algum momento, e se revelam antiamericanos, ou no mínimo desinformados sobre o que é viver nos Estados Unidos e o que é o trabalho lá, o povo de lá etc. É incrível como isso existe até mesmo no meio jornalístico!

Precisamos reverter isso. Deveríamos começar a nos perguntar coisas do tipo: como que Monteiro Lobato, mesmo tendo simpatias pelo comunismo, era um “amante da América”. Ou então: “como que americanistas como Anísio Teixeira foram os que ergueram nossas principais instituições de pesquisa em educação?” E ainda: como que Paulo Freire é lido nos Estados Unidos, tendo seu Pedagogia do Oprimido alcançado lá sua vigésima edição, e aqui no Brasil vivemos inventando “novos teóricos” (agora vigostikianos, não é?) para nos ensinar a alfabetizar? Quando pudermos olhar para os brasileiros que não foram anti-americanos e vermos o quanto contribuíram para nossa pátria, iremos entender o que há de profundamente errado com a ideologia um pouco imbecil que andamos espalhando entre os nossos jovens, contribuindo para o que temos visto por aí de analfabetismo político.