quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Sobre a revogação da Lei da Anistia e o Revanchismo!


BRASÍLIA - A terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), que se propõe a criar uma comissão especial para revogar a Lei de Anistia de 1979, provocou uma crise militar na véspera do Natal e levou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a escrever uma carta de demissão e a procurar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 22, na Base Aérea de Brasília, para entregar o cargo.

Solidários a Jobim, os três comandantes das Forças Armadas (Exército, Aeronáutica e Marinha) decidiram que também deixariam os cargos, se a saída de Jobim fosse consumada.

Na avaliação dos militares e do próprio ministro Jobim, o PNDH-3, proposto pelo ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e lançado no dia 21 passado, tem trechos "revanchistas e provocativos".

Ao final de três dias de tensão, o presidente da República e o ministro da Defesa fizeram um acordo político: não se reescreve o texto do programa, mas as propostas de lei a enviar ao Congresso não afrontarão as Forças Armadas e, se for preciso, a base partidária governista será mobilizada para não aprovar textos de caráter revanchista.

Os comandantes militares transformaram Jobim em fiador desse acordo, mas disseram que a manutenção da Lei de Anistia é "ponto de honra". As Forças Armadas tratam com "naturalidade institucional" o fato de os benefícios da lei e sua amplitude estarem hoje sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF) - isso é decorrente de um processo legal aberto na Justiça Federal de São Paulo contra os ex-coronéis e torturadores Carlos Alberto Brilhante Ustra e Aldir dos Santos Maciel, este já falecido.

Além da proposta para revogar a Lei de Anistia, que está na diretriz que fala em acabar com "as leis remanescentes do período 1964-1985 que sejam contrárias à garantia dos Direitos Humanos", outro ponto irritou os militares e, em especial, o ministro Jobim.

"Se querem por coronel e general no banco dos réus, então também vamos botar a Dilma e o Franklin Martins", disse um general da ativa ao Estado, referindo-se à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ao ministro de Comunicação de Governo, que participaram da luta armada. "Não me venham falar em processo para militar pois a maioria nem está mais nos quartéis de hoje", acrescentou o general.

Os militares também consideram "picuinha" e "provocação" as propostas do ministro Vannuchi incluírem a ideia de uma lei "proibindo que logradouros, atos e próprios nacionais e prédios públicos recebam nomes de pessoas que praticaram crimes de lesa-humanidade". "Estamos engolindo sapo atrás de sapo", resumiu o general, que pediu anonimato por não poder se manifestar.

A decisão de Jobim entregar o cargo foi decidida no dia 21 e teve, inicialmente, o apoio solidário dos comandantes Juniti Saito (Aeronáutica) e Enzo Peri (Exército). Consultado por telefone, porque estava no Rio, o comandante da Marinha, o almirante Moura Neto, também aderiu. Diante da tensão, o presidente Lula acertou que se encontraria com Jobim na Base Aérea de Brasília, às 16h30, na volta da viagem ao Rio, onde foi inaugurar casas populares no complexo do Alemão e visitou obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).

Na conversa, Lula rejeitou a entrega da carta de demissão e disse que contornaria politicamente o problema. Pediu que o ministro garantisse aos comandantes militares que o Planalto não seria porta-voz de medidas que revogassem a Lei de Anistia.

Os militares acataram a decisão, mas reclamaram com Jobim da posição "vacilante" do Planalto e do "ambiente de constantes provocações" criado pela secretaria de Vannuchi e o ministro Tarso Genro (Justiça). Incomodaram-se também com o que avaliaram como "empenho eleitoral excessivo" da ministra Dilma no apoio a Vannuchi.

"Lula age assim: empurra a crise com a barriga e a gente nunca sai desse ambiente de ameaça", protestou um brigadeiro em entrevista ao Estado.

Na visão das Forças Armadas, a cerimônia de premiação de vítimas da ditadura, no dia 21, foi "uma armação" para constranger os militares, tendo Dilma como figura central, não só por ter sido torturada, mas por ter chorado e escolhido a ocasião para exibir o novo visual de cabelos curtíssimos, depois da quimioterapia para tratamento de um câncer linfático.


Estadão



Um breve comentário deste blog: Decorridos pelo menos 36 anos pode-se olhar para esses fatos como circunscritos à época em que ocorreram. É justo que paguemos, com recursos financeiros e paciência pelas escolhas pessoais pelos envolvidos? Esse vitimismo delirante pode ser utilizado como justificativa para a cupinização do Estado? Quem frequentou masmorras naquele período sabia exatamente que essa possibilidade existia tanto quanto, em maior ou menor grau, a de assumir o poder. De qualquer modo jogaram suas cartas. De modo impróprio hoje se beneficiam do e com o poder. Seria pedir muito que não nos atormentassem com essas desculpas? Façam o que estão fazendo e não percam tempo em justificar atos e falcatruas pois são exatamente o que qualquer um faz em nossa democracia adjetivada. Seja de direita, centro ou esquerda (ou suas combinações e mutações). Esse revisionismo não tem sentido.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Resenha de 2009

Minha última crônica domingueira do ano.
Falo de projetos, houveram falta deles, ou nenhum deles este ano.
Falcatruas houveram muitas, principalmente nas artes e na maldita cultura que temos hoje em dia.
Criamos vários ídolos de barro como qualquer republiqueta socialista, faz.
Ainda somos escravocratas da economia primária, plantamos, criamos animais de raça, exploramos nossos minerais, e vendemos para o exterior como fazíamos há duzentos anos atrás.
Um exemplo dessa escravatura é que um maço de cigarros, ou um litro de cerveja ou coca-cola custa mais barato que um litro de leite.
As organizações criminosas têm grandes alianças políticas, senão, não teriam a força que tem.
Falta mesmo aquele fantástico nome ser mudado de república federativa do Brasil, para RDB, república democrática do Brasil, é assim que qualquer paiseco socialista se autodenomina.
O conceito de república fica deturpado, pois esta palavra é a antítese do governo monárquico ou feudal, assim nenhuma ditadura poderia ser chamada de república.


República ou republicano é algo contrário a qualquer absolutismo.

Para finalizar o meu "chororo" dominical, que tal contratar um pai de santo, para enterrar um sapo barbudo, num cemitério, levando na boca o nome do sinistro jurídico.
Há milhares de cadáveres que morreram por falta de atendimento nas filas susianas.
Eu sempre digo, esse maldito sempre digo que todo mundo diz, esperança é algo que é a última a morrer, então todos que as têm morrem antes.
Como diria  Ernest Hemingway "in his timeless favorite expression:
- il faut (d'abord) durer.
FELIZ ANO NOVO À TODOS,
Não vendam seus votos aos políticos corruptos, vamos lutar pelos projetos que jazem há quase 16 anos nas gavetas do congresso, se não os existem, devemos trocar de políticos.
K&H

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!!!!

À todos os amigos, colaboradores, leitores, parceiros, Feliz Natal em sua máxima assepção da palavra!

Façamos nós nossa parte!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Lei é Lei! Então: Até que enfim cumpriram a Lei

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou ontem a entrega do menino S., de 9 anos, para o pai, David Goldman, que vive nos Estados Unidos. Mendes restabeleceu decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região que determinou que o garoto fosse levado ao Consulado no Rio e cassou decisão tomada na semana passada pelo colega Marco Aurélio Mello, que ordenava a permanência do menino. Com isso, a partir da comunicação oficial à família, será reaberto o prazo de 48 horas para a entrega do menino ao pai.

S. veio para o Brasil em 2004 com a mãe, a estilista Bruna Bianchi. No Brasil, Bruna resolveu separar-se de David Goldman, não retornou aos EUA e, posteriormente, se casou com o advogado João Paulo Lins e Silva. Em agosto de 2008, Bruna morreu após o parto da segunda filha. De lá para cá, Goldman e Lins e Silva disputam a guarda do menino. Na semana passada, graças ao despacho de Marco Aurélio, a família tinha conseguido suspender a decisão do TRF que determinava a entrega do menino e consequente viagem para os Estados Unidos. Desse despacho recorreram o pai do garoto e a Advocacia Geral da União (AGU).

Gilmar Mendes concluiu que a manutenção do menino no Brasil é irregular e contraria um tratado internacional. "É importante considerar, inclusive, que o acórdão do TRF da 2.ª Região assentou a configuração de retenção ilícita do menor S., nos termos do tratado internacional. A repercussão jurídica, política e social - sobretudo em âmbito internacional - é de extrema gravidade. Assim, não há como se negar a ilicitude da conduta de manutenção da criança no Estado brasileiro".

Mendes ressaltou que a decisão judicial do TRF que determinou a entrega do menino ao pai assegurou um acordo de visitação entre os parentes brasileiros e americanos. Em seu despacho, ele reconheceu que a orientação do STF é no sentido de não ser possível julgar um mandado de segurança (ação movida pelo pai e pela AGU) com o objetivo de contestar um ato do tribunal (a decisão de Marco Aurélio, que determinava a permanência do garoto no Brasil). "No entanto, em hipóteses excepcionais, esta Corte já admitiu a impetração de mandado de segurança contra atos jurisdicionais irrecorríveis e exarados monocraticamente por ministros do STF".


Integra da Decisão de Gilmar Mendes AQUI

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um pouco de sensatez...


“Em uma eleição em dois turnos, é um erro e um desrespeito à democracia querer fazer uma polarização em relação a quem fez melhor no passado. Nós temos é que apostar em quem pode fazer mais e melhor no presente para viabilizarmos o futuro que queremos”. “A gente tem de superar a visão tradicional de oposição pela oposição. A minha visão em relação ao Brasil é que nós tivemos conquistas nos últimos 16 anos de ambos os governos (FHC e Lula). As conquistas devem ser preservadas, mas a história não pára”.



Marina Silva (PV/AC), virtual candidata a presidência da República em 2010

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um poste calado!


Lula diz que Dilma não abdicará do controle da inflação

Presidente diz que ministra 'não rasga nota' e reafirmou que haverá crescimento econômico vigoroso em 2010

Beatriz Abreu e Vera Rosa, da Agência Estado


BRASÍLIA - "O controle da inflação é uma política da qual não abdicaremos", disse hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele fez essa afirmação respondendo a uma pergunta, durante café da manhã com jornalistas, sobre a possibilidade de mudanças na política no caso de vitória da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas eleições presidenciais do próximo ano. "É difícil mudar o que está dando certo. Só se pode aperfeiçoar", comentou o presidente. "A Dilma tem juízo político e econômico. Não rasga nota", acrescentou.

Ele disse que a ministra Dilma está absolutamente inteirada das ações do governo, em todas as áreas, porque, afinal, "sempre esteve presente na coordenação do governo". "Para mim, inflação é uma coisa preciosa. Não é só o número um dessa política. Eu já convivi com inflação de 80%. Não abdicaremos do controle da inflação", disse Lula numa demonstração de que considera prioritário conter a alta dos preços.

A política adotada nos dois mandatos de Lula prevê o controle da inflação por meio da calibragem das taxas de juros. O Banco Central vem reduzindo a taxa selic nos últimos meses e, no mercado, há uma dúvida sobre em que momento será necessário retomar a alta dos juros para conter um eventual aumento da inflação decorrente dos chamados impulsos fiscais (gastos públicos) e aumento exacerbado do consumo.

Na conversa com jornalistas hoje, o presidente Lula traçou um panorama otimista para a economia. Disse que nas conversas com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, há a garantia de um crescimento "vigoroso" da economia em 2010. Ele não quis fazer previsões.

Estadão


BRASÍLIA - A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, apareceu, nesta segunda, 21, pela primeira vez, sem peruca, depois do tratamento de quimioterapia a que se submeteu para combater um câncer linfático. Ela participou da cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, no Palácio do Itamaraty, acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista, a ministra disse que decidiu aparecer em público novamente com seu cabelo natural, no dia de hoje, porque achou que "já estava bom". Ela vinha usando peruca por causa da queda de cabelo causada pela quimioterapia. A ministra falou em entrevista que, antes, não dava para deixar de usar peruca, porque seu cabelo, depois do tratamento, ainda estava irregular, "cheio de buracos".

"Achei que já estava bom", disse a ministra, referindo-se ao fato de ter aparecido hoje com o cabelo natural. "Não dava para tirar (a peruca) lá em Copenhague", comentou, à 15ª conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP 15), da qual participou na semana passada, na capital da Dinamarca.

Elogios de José Alencar

O vice-presidente da República, José Alencar, disse que achou bonito o novo visual da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Eu já passei por isso, também perdi o cabelo, mas agora está nascendo. Mas está bonito o cabelo dela. Está moderno", afirmou Alencar, ao deixar há pouco o Palácio do Itamaraty, onde também participou da cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos 3.

Com relação à candidatura da ministra para a Presidência da República, Alencar disse que há uma característica na pessoa da ministra que deve ser observada. "Ela é uma mulher braba. E nós sempre precisamos que à frente do governo esteja alguém com determinação, competência e história. E a Dilma possui tudo isso. Não é por acaso que o presidente Lula a escolheu como sua indicada", afirmou.

Sobre sua possível candidatura ao Senado, Alencar disse que só o fará se Deus deixar, referindo-se ao tratamento de câncer no abdome. "As coisas estão indo bem, o tumor está definhando. Significa que está secando, desaparecendo. Alguns médicos já falam para eu colocar o verbo no passado. Havia um câncer no José Alencar. Se Deus me curar, eu aceito disputar democraticamente", afirmou.

Discurso emocionado

Em discurso emocionado, há pouco, na solenidade que homenageou sua colega de luta revolucionária, Inês Etiene Romeu, com a entrega do prêmio Direitos Humanos 2009, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, destacou a importância da homenagem como "testemunho da generosidade, da coragem e da dignidade de uma geração". "Quem viveu aquele tempo em que palavra democracia era esquecida, quando não perversamente deturpada, compreende o sentido do resgate a conservação da memória do que ocorreu no país naquele período", disse Dilma, ao lembrar que foi companheira de Inês, de sonhos e lutas. "Naquela época a opressão deles (militares) e a nossa esperança foram companheiras cotidianas". Dilma lembrou também dos colegas torturados e mortos nas prisões da ditadura e destacou o sofrimento da amiga, que foi sequestrada e submetida à violência, em cárcere privado e beneficiada anos depois, com a Lei da Anistia.

"Inês, o Brasil te reconhece com este premio. Obrigada por tudo", disse Dilma, explicando que a emoção é maior porque o País vive hoje um novo momento de transformação social, política, econômica e sobretudo democrática, alcançados no governo Lula. "O Brasil, hoje, é um Brasil que o seu estado e os seus recursos estão realmente a serviço da maioria da população", destacou.



Estadão


Lula defende aumento de gastos e diz que não fará 'arrocho'

Presidente diz que funcionários estavam 'porcamente remunerados' e afirma que não faltará recursos para Copa

Beatriz Abreu e Vera Rosa, da Agência Estado


BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o aumento dos gastos públicos e disse que não promoverá um arrocho salarial.

"Não faremos arrocho salarial. A máquina pública estava desmantelada, destruída e atrofiada. Os funcionários públicos de alto escalão estavam porcamente remunerados", disse Lula em café da manhã com jornalistas.

A elevação da folha salarial é um dos pontos da política do governo criticada pela oposição. Os oposicionistas, como o PSDB, alertam para a dificuldade de equilíbrio das contas a partir de 2010 devido ao impacto da folha salarial e a baixa arrecadação tributária, provocada pelas desonerações praticadas pelo governo. "Nós vamos continuar contratando médicos, professores", afirmou.



Lula defendeu o endividamento da União e a medida que ampliou a margem de endividamento dos estados para que participassem do esforço do governo federal de estímulo à economia. Segundo ele, havia uma capacidade de endividamento que foi utilizada. "A dívida pública está bem controlada e a perspectiva de crescimento da economia é a melhor possível", disse.

O presidente insistiu que a economia vai crescer "de forma vigorosa" em 2010 e, dirigindo-se aos jornalistas, comentou: "Vocês terão um ano estupendo".

Recursos para a Copa

Lula afirmou que o governo tem dinheiro suficiente para bancar os investimentos necessários para a realização da Copa, em 2014. "Não vamos ter problema de dinheiro. Todos os aeroportos que precisarem de obras terão suas obras, e isso vale para os metrôs e todas as obras necessárias para a realização da Copa", disse Lula.

Segundo ele, o governo não deixará passar a oportunidade de "mostrar a cara do Brasil". "Não teremos problemas de investimentos", afirmou.



Estadão


Lula diz não acreditar em dobradinha Serra-Aécio para 2010

'Eu não sei se dois Coutinhos, dois Tostões... se saem bem no mesmo time', disse o presidente.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira não apostar que o PSDB consiga unir os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) em uma mesma chapa à Presidência no ano que vem.

Aécio abriu mão da pré-candidatura na semana passada. Em privado, diz querer lançar-se ao Senado, apesar dos apelos da cúpula tucana para que dispute a vice, tendo Serra na cabeça de chapa. Para o partido, uma dobradinha seria fundamental à eventual vitória da oposição.

"Eu não sei se dois Coutinhos, dois Tostões... se saem bem no mesmo time", disse o presidente em um café da manhã com os jornalistas que cobrem o Planalto.

A frase faz alusão aos craques do futebol. O presidente informou que ainda não conversou com o governador de Minas após a decisão, mas irá procurá-lo ao final das festas de natal e ano-novo.

Lula indicou a razão de querer uma disputa plebiscitária entre Serra e sua pré-candidata, ministra Dilma Rousseff: fica mais fácil transferir votos numa disputa polarizada.

É exatamente por conta dessa lógica que não descarta conversar com seu aliado, deputado Ciro Gomes (PSB), a quem desfilou uma série de elogios nesta manhã. Ciro é pré-candidato à Presidência e, ao que consta nas pesquisas, tem ajudado Dilma tirando votos do tucano paulista.

"Se eu perceber que o momento político não comporta dois candidatos da base, eu vou discutir com ele."

Houve recado também ao PT de São Paulo. Nas palavras do presidente, o PT "precisa procurar seu José de Alencar", em referência a 2002, quando escolheu seu vice no setor empresarial para ganhar a diferença de votos --em geral os mais conservadores-- necessária para vencer as eleições daquele ano.

Segundo ele, a sigla sempre procura no Estado aliados no espectro político de sempre: a esquerda.

"É a soma do zero com o zero", resumiu.

O conselho poderia facilmente ser estendido a Estados onde o PT impõe dificuldades a uma aliança local com PMDB --imprescindível à formação do consórcio nacional que tenta empreender.

Lula elogiou o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP). Disse tratar-se de um bom companheiro, mas não fez o gesto esperado por Temer de rever a defesa feita alguns dias atrás de uma lista tríplice para escolha do vice na chapa de Dilma. O peemedebista é o principal cotado ao posto dentro do partido, e não gostou nada do comentário de Lula sobre a inclusão de novos nomes.

Uma coisa é certa, argumentou o presidente, a vaga de vice tem mesmo de ficar com o PMDB.

CLIMA

Após o fracasso das negociações sobre clima, em Copenhague, Lula afirmou que o encontro do México, em 2010, pode chegar a bom termo.

Afirmou, ainda, não ter aceitado na Dinamarca a proposta do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de monitorar as ações dos países contra o aquecimento global nos moldes da fiscalização empreendida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Questionado se está havendo uma inflexão nas relações entre Brasil e EUA --sobretudo após a crise política em Honduras-- o presidente disse que ainda reserva boas expectativas em relação ao colega e que, igualmente, acredita que ele fará uma boa administração.

"Sou um otimista", garantiu.

(Edição de Carmen Munari)


Estadão



Percebem que Lulla diz e ela vai atrás. Ela não é ninguém. Não sabe nada, nem falar em público. É um fracosso total
Essa é mais uma megalomania do presidente Lulla¹³ em achar que sua popularidade pode eleger até um poste.
É o caso de Dilma. Ela é somente um poste e sem Lulla ela nem existe. O pior é que ela sabe disso. Só para manter a quadrilha no poder.
É isso que nós somos!
Só instrumento de poder.
Não há democracia, mas sim a ditadura da maioria de "miolo mole" brasileira.

Quem é esse cara???


"Seja com [José] Serra ou com Aécio [Neves], a estratégia montada para a Dilma vai ser a mesma. Nós queremos uma campanha polarizada, com dados comparativos dos dois governos".


disse Lula , referindo-se Fernando Henrique Cardoso (eleição plebiscitária).




"Não sei se o Aécio explicitou porque tomou essa decisão. Se é definitiva ou se é jogo de pressão, eu não sei".
"Acho que ele fez um gesto muito mais para dentro do PSDB, em função de estar percebendo que há um jogo para que o Serra seja o candidato. Mas não conversei com ele ainda, vou procurá-lo no início do ano que vem".


disse Lula, acrescentando que conversará com o governador de Minas no ano que vem.


O presidente também avaliou a possibilidade de composição de uma chapa única com os dois tucanos, fazendo uma analogia com o futebol. Para ele, dois "Coutinho", "Tostão" ou "Dirceu Lopes" no mesmo time podem não dar certo. Coutinho foi centroavante do Santos na época de Pelé, Tostão foi titular na seleção de 1970 e Dirceu Lopes foi ídolo no Cruzeiro nas décadas de 60 e 70.

Lula disse "não acreditar" que o PMDB possa fechar com José Serra, apesar da cisão do partido entre o pré-candidato tucano e a ministra Dilma Rousseff.


Entrevista coletiva com Lula, hoje (21/12) pela manhã.

Um pouco de números destes 5 meses


O mais notório é a queda em progressão desde o início até agora!
Ajudem-nos a melhorar.
Nossa média diária no mês agosto chegou a 160 visitantes por dia...
Hoje são 48 apenas por dia!

Parabéns a todos os leitores e colaboradores

Dia 17 completamos 150 dias de cooperação e coolaboração.
Nossa média foi de 80 visitantes por dia.
Muito grato aos diletantes brasileiros.
Da moderação do Blog Verdade Política.

domingo, 20 de dezembro de 2009

A pesquisa Verdade política

Jair Bolsonaro 29% (29 votes)
Paulo Paim 5% (5 votes)
Pedro Simon 15% (15 votes)
Álvaro Dias 29% (29 votes)
Nenhum deles 22% (22 votes)
Total Votes: 100
Nossa pesquisa atingiu 100 votos, assim vou comentar sobre esses votos.
Coloquei na pesquisa candidatos supostamente fora da corrupção intitucionalizada no Brasil, um militar, um petista, um do PMDB, e um do PSDB.
Escrevi acima supostamente, porque na realidade prevaricam pois conhecem e protegem os corruptos.
Temos um empate técnico entre Jair Bolsonaro e Álvaro Dias.
As estrelas governamentais somam 20%.
No entanto temos 22 pessoas que votaram nenhum deles.
Sem querer ofender, esses são os escravos políticos da continuidade econômica e política brasileira, eles não querem mudanças, na certa se tívéssemos nomes como Serra e Dilma, ou talvez Aécio essa pesquisa não teria 5% votos no nenhum deles.
Constata-se que não adianta abrir o leque de opções ao povo brasileiro, eles são manipulados pela mídia e sequer aceitam novos nomes políticos.
São baratas de esgoto, quando não tem opções trocam somente de bueiro.
Serra, Dilma , Aécio, Ciro são todos farinhas da mesma saca.
A democratura continuísta só estabelece-se por causa da falta de cultura, do voto de cabresto obrigatório.
Nosso povo não corta cabeças, não sabe que o PsDB nada mais é que um partido "cover" do PT, e que o PMDB é apenas o partido em cima do muro, cai sempre do lado vencedor.
Essa é a minha tristeza domingueira.
Aos amigos, bom domingo

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

De tontos e vigaristas - hoje e em 2005

ou: é Gramsci, idiota!

por Reinaldo Azevedo

Mais de uma vez já falei sobre o teórico comunista italiano Antônio Gramsci. Seu conceito de “hegemonia” está na raiz de tudo o que se vê na esquerda contemporânea — notem que não empreguei o adjetivo “moderna” porque a palavra costuma estar associada a uma idéia de valor positivo. Nesse sentido, ou se é moderno ou se é de esquerda. Adiante.

Gramsci desenvolveu o conceito de “hegemonia”: um partido — na verdade, “o” partido, que ele chamava de “Moderno Príncipe” — tem de fazer a guerra de valores na sociedade que quer transformar. Mais do que transformar: na sociedade que pretende subjugar e, na prática, substituir. O autor não propõe as coisas nesses termos, é claro, porque ele faz a sua construção totalitária parecer um avanço humanista — como todo totalitário. E essa guerra implica tornar seus valores influentes, de modo que, com o passar do tempo, os indivíduos não consigam mais pensar fora dos seus parâmetros, fora de suas necessidades, fora de suas formulações. O “Moderno Príncipe” torna-se, assim, um “imperativo categórico”.

E como se opera essa guerra? Como toda guerra: por meio de soldados. Só que, nesse caso, são os soldados da ideologia. Numa primeira fase, o trabalho fica mesmo a cargo da militância. À medida que a hegemonia vai se estabelecendo, mesmo os que não estão a serviço da causa se tornam seus vogais. Porque, como está dito, já não se consegue pensar fora daquela metafísica influente.

Peguem os jornais de hoje: fica-se com a impressão de que aconteceu uma grande tragédia na pré-candidatura de José Serra: afinal, Aécio desistiu! Parece um delírio coletivo. Sim, há os militantes do governismo, que sabem muito bem o nome do que praticam. Mas também há os que são simplesmente tontos. Em alguns casos, chega-se ao acinte — e nem estou muito certo do que seja algo deliberado. QUEM ESTÁ PAUTANDO A REPERCUSSÃO DO FATO, DO COMEÇO AO FIM, É O PT.

Até a tese estúpida de que o Palácio ficou satisfeito porque considerava Aécio um candidato mais difícil foi ressuscitada. ESTA MESMA VERSÃO, POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, FOI VENDIDA À IMPRENSA EM 2005, só que Geraldo Alckmin substituía Aécio. E MUITOS BOBOS E BOBAS A COMPRARAM. Não vou citar nomes por gentileza. Mas a Internet está aí. Pesquisem. Havia tanto sentido na plantação do governo, que o resultado foi este (sempre com números do Datafolha):

Dezembro de 2005 — pela primeira vez, Serra ficava à frente de Lula, com 36% das intenções de voto, contra 29%. Alckmin aparecia com 22%, e Lula com 36%
FATO - Serra era alvo de intenso bombardeio dentro do próprio PSDB.
Fevereiro de 2006 - Serra aparecia com 34%, e Lula com 33%. Alckmin aparecia com 20%, e Lula com 36%
FATO - Alguns tucanos e boa parte da imprensa, pautada pelo PT, os mesmos de agora, diziam que o Planalto temia mais Alckmin do que Serra. O bombardeio continuava. Serra desiste.
Março de 2006 — Alckmin aparecia com 23%, e Lula com 42%.
Maio de 2006 — Lula chegou a 45%, e Alckmin ficou com 22%.

De súbito, os manés do “potencial de crescimento” e do “temer mais quem tem menos votos” desapareceram, sumiram, escafederam-se. Não! Não estou dizendo que Serra teria vencido se tivesse sido o candidato. Estou dizendo que a tese era, como é, furada, mentirosa, vigarista mesmo. Não obstante, é comprada com a desfaçatez dos abduzidos.

A situação é de tal sorte absurda que se deu mais atenção à versão do PT para a desistência de Aécio do que à do próprio governador de Minas. Um trecho essencial de sua carta, que fala sobre a tentativa de dividir o país — publiquei a íntegra ontem, vejam lá — foi ignorada.

PERGUNTA - E que cenário, então, poderia ser positivo para Serra? Existirá algum? O PT, naturalmente, diz que não. Mais: elogiando Aécio Neves, deixa claro esperar, do modo indecoroso que tão bem os caracteriza, que ele traia Serra — e fazem, assim, o que seria, então, o elogio da traição. Escrevi aqui outra dia e reitero: quando a imprensa decide ser ruim, nada é tão ruim no seu próprio gênero como ela no dela.

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A homepage de agora, passados alguns minutos das 15h, da Folha Online é matéria que interessa à ciência. Toda ela está pautada pelo PT, de cabo a rabo — isto é, da voz oficial do “Planalto” (seja ela quem for) a José Dirceu.

A Folha Online, aliás, tem como uma de suas missões, suponho, amplificar o que escreve José Dirceu em seu blog, que ninguém lê. Dia sim, dia não — ou dia também —, há ao menos um texto resumindo o que pensa o ex-ministro e deputado cassado sobre a política. Trata-se de um verdadeiro “Diário de Dirceu”. Hoje, ele diz que Minas não perdoará Serra por Aécio ter desistido.

Como os petistas achassem Aécio um adversário bem mais difícil, eles o elogiavam e elogiam, em contraste com Serra, o adversário fácil, permanentemente atacado. É uma lógica que deve ser saboreada com os quatro cascos no chão.

É uma evidência do jornalismo rendido a um ente de razão, a um partido, de modo miserável. A rigor, nem jornalismo é porque não há apuração, mas apenas registro do “que se diz por aí”. Os delírios vão se sucedendo. O novo é que Aécio, não querendo para ele a vaga, pode impor Itamar Franco como vice na chapa de Serra. Pode impor? Pode mesmo?

Celebra-se o que seria uma verdadeira orgia da traição, em que se dá como certo que, não tendo conseguido viabilizar a sua candidatura, o caminho certo de Aécio — e, parece, alguns consideram também o caminho ético — é trair. Nisso, como em tudo mais, esse tipo de jornalismo concorda com José Dirceu. A diferença entre o que vai naFolha Online e os blogs que servem a Franklin Martins é só de linguagem: o subjornalismo oficialista é mais engraçado.

Nem mesmo aquela idéia de equilíbrio, que costuma esconder tantos desequilíbrios, está presente desta vez. Não há um “outro lado” dizendo que as coisas podem não ser bem assim. Há só um lado.

José Dirceu edita a Folha Online.

Retomo a questão da impensa no próximo post.

(Reinaldo Azevedo)

Esquizofrenia 2 : Ao Vivo

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Voltando à nossa realidade


"Belo Horizonte, 17 de dezembro de 2009.

Presidente Sérgio Guerra,

Companheiros do PSDB,

Há alguns meses, estimulado por inúmeros companheiros e importantes lideranças da nossa sociedade, aceitei colocar meu nome à disposição do nosso partido como pré-candidato à Presidência da República.

Como parte desse processo, defendi a realização de prévias e encontros regionais que pudessem levar o PSDB a fortalecer a sua identidade e integridade partidárias.

Assim o fiz, alimentado pela crença na necessidade e possibilidade de construirmos um novo projeto para o país e um novo projeto de País.

Defendi as prévias como importante processo de revitalização da nossa prática política. Não as realizamos, como propus, seja por dificuldades operacionais de um partido de dimensão nacional, seja pela legítima opção da direção partidária pela busca de outras formas de decisão. Ainda assim, acredito que teria sido uma extraordinária oportunidade de aprofundar o debate interno, criar um sentido novo de solidariedade, comprometimento e mobilização, que nos seriam fundamentais nas circunstâncias políticas que marcarão as eleições do ano que vem.

A realização dos encontros regionais foi uma importante conquista desse processo. O reencontro e a retomada do diálogo com a nossa militância, em diversas cidades e regiões brasileiras, representaram os nossos mais valiosos momentos. A eles se somaram outros encontros, também sinalizadores dos nossos sonhos, com trabalhadores, empresários e outros setores da nossa sociedade.

Ouvindo-os e debatendo, confirmei a percepção de um País maduro para vivenciar um novo ciclo de sua história. Pronto para conquistar uma inédita e necessária convergência nacional em torno dos enormes desafios que distanciam nossas regiões umas das outras, e em torno das grandes tarefas que temos o dever de cumprir e que perpassam governos e diferentes gerações de brasileiros.

Ao apresentar o meu nome, o fiz com a convicção, partilhada por vários companheiros, de que poderia contribuir para uma construção política diferente, com um perfil de alianças mais amplo do que aquele que se insinua no horizonte de 2010. E as declarações de líderes de diversos partidos nacionais demonstraram que esse era um caminho possível, inclusive para algumas importantes legendas fora do nosso campo.

Defendemos um projeto nacional mais amplo, generoso e democrático o suficiente para abrigar diferentes correntes do pensamento nacional. E, assim, oferecer ao país uma proposta reformadora e transformadora da realidade que, inclusive, supere e ultrapasse o antagonismo entre o "nós e eles", que tanto atraso tem legado ao País.

Devemos estar preparados para responder à autoritária armadilha do confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir o País ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres. Nossa tarefa não é dividir, é aproximar. E só aproximaremos os brasileiros uns dos outros, através da diminuição das diferenças que nos separam.

O que me propunha tentar oferecer de novo ao nosso projeto, no entanto, estava irremediavelmente ligado ao tempo da política, que, como sabemos, tem dinâmica própria. E se não podemos controlá-lo, não podemos, tampouco, ser reféns dele...

Sempre tive consciência de que uma construção com essa dimensão e complexidade não poderia ser realizada às vésperas das eleições. Quando, em 28 de outubro, sinalizei o final do ano como último prazo para algumas decisões, simplesmente constatava que, a partir deste momento, o quadro eleitoral estaria começando a avançar em um ritmo e direção próprios, e a minha participação não poderia mais colaborar para a ampla convergência que buscava construir.

Durante todo esse período, atuei no sentido de buscar o fortalecimento do PSDB.

Deixo a partir deste momento a condição de pré-candidato do PSDB à Presidência da República, mas não abandono minhas convicções e minha disposição para colaborar, com meu esforço e minha lealdade, para a construção das bandeiras da Social Democracia Brasileira.

Busco contribuir, dessa forma, para que o PSDB e nossos aliados possam, da maneira que compreenderem mais apropriada, com serenidade e sem tensões, construir o caminho que nos levará à vitória em 2010.

No curso dessa jornada, mantive intactos e jamais me descuidei dos grandes compromissos que assumi com Minas, razão e causa a que tenho dedicado toda minha vida pública.

Ao deixar a condição de pré-candidato à Presidência da República, permito-me novas reflexões, ao lado dos mineiros, sobre o futuro.

Independente de nova missão política que porventura possa vir a receber, continuarei trabalhando para ser merecedor da confiança e das melhores esperanças dos que partilharam conosco, neste período, uma nova visão sobre o Brasil.

É meu compromisso levar adiante a defesa intransigente das reformas e inovações que juntos realizamos em Minas e que entendemos como um caminho possível também para o País. Continuarei defendendo as reformas constitucionais e da gestão pública, aguardadas há décadas; a refundação do pacto federativo, com justa distribuição de direitos e deveres; e a transformação das políticas públicas essenciais, como saúde, educação e segurança, em políticas de Estado, acima, portanto, do interesse dos governos e dos partidos.

Devo aqui muitos agradecimentos públicos.

À direção do meu partido e, em especial, ao senador Sérgio Guerra pelo equilíbrio e firmeza com que vem conduzindo esse processo.

Aos companheiros do PSDB, pelas inúmeras demonstrações de apoio e confiança.

Manifesto a minha renovada disposição de estar ao lado de todos e de cada um que julgar que a minha presença política possa contribuir, seja no plano nacional ou nos planos estaduais, para a defesa das nossas bandeiras.

Aos líderes de outras legendas partidárias, pela coragem com que emprestaram substantivo apoio não só ao meu nome, mas às novas propostas e crenças que defendemos nesse período.

Nos reencontraremos no futuro.

A tantos brasileiros, pelo respeito com que receberam nossas ideias.

E a Minas, sempre a Minas e aos mineiros, pela incomparável solidariedade.

Aécio Neves"


E logo em seguida:

O governador Aécio Neves tem todas as condições para ser o candidato do nosso partido a presidente, por seu preparo, sua experiência política, sua visão de Brasil e seu desempenho como governador eleito e reeleito de Minas Gerais.

É um homem que soma e que, ao mesmo tempo, sabe conduzir com firmeza as políticas públicas. Não é por menos que seu governo é tão bem avaliado e que a imensa maioria dos mineiros o considera credenciado para ocupar a função mais alta da República.

Não me surpreendem a grandeza e desprendimento que ele demonstra neste momento. Os termos em que ele se manifestou confirmam a afinidade de valores e as preocupações que inspiram nossa caminhada política. Faço minhas suas palavras:

“Defendemos um projeto nacional mais amplo, generoso e democrático o suficiente para abrigar diferentes correntes do pensamento nacional. E, assim, oferecer ao país uma proposta reformadora e transformadora da realidade que, inclusive, supere e ultrapasse o antagonismo entre o ‘nós e eles’, que tanto atraso tem legado ao país.”

Não somos semeadores da discórdia e do ressentimento. Nem estimuladores de disputas de brasileiros contra brasileiros, de classes contra classes, de moradores de uma região contra moradores de outra região. Trabalhamos, ambos, sempre, pela soma, não pela divisão. Somos brasileiros que apostam na construção e não no conflito.

Quero reafirmar o sentimento expresso pelo presidente do PSDB, senador Sergio Guerra, no sentido da união e da convergência que nos move, de valores e ideais.

Temos o sonho de um país melhor, unido e progressista, com oportunidades iguais para todos. E é nesse sentido que vamos continuar trabalhando. Juntos.


José Serra



É o que temos...

2010 sem petralhas!!!!

Vem aí a chapa puro sangue!

Tocando na Ferida


O mundo está de novo com um problema de comida. Estimativas indicam que a população mundial vai saltar dos atuais 6,8 bilhões para pouco mais de 9 bilhões em 2050, um aumento de cerca de um terço.

Mas a demanda por alimentos crescerá mais depressa, porque as pessoas nos países emergentes, na medida em que ganham renda, elevam seu consumo.

Assim, acredita-se que a demanda por comida vai aumentar algo como 70%.

E vai dobrar para a carne. Estatísticas mostram que há uma correlação direta entre o ganho de renda e o consumo de proteínas animais. Ou seja, o pessoal ganha um pouco de dinheiro e vai para o bife (ou hambúrguer etc.). Mas há obstáculos à produção de alimentos: escassez de terras novas (não se pode mais desmatar, por exemplo), restrições no uso da água, mudanças climáticas que podem prejudicar vastas extensões de terras e... biocombustíveis. Estes são uma coisa boa? Certamente. Mas competem com a produção de alimentos.

E então...

A preocupação dos líderes mundiais em Copenhague não está no caminho errado?

Essa histeria dos "ecochatos" e seu catastrofismo em cima de algo sem nenhuma base científica.

Aliás, pior, os cientistas dizem que o que ocorre com o clima é cíclico e a interferência do homem é muito pequena nesta sequencia natural de mudanças.

Apreocupação deveria estar voltada para outro caminho: A superpopulação da Terra.

Mas quando a gente toca na questão de "planejamento familiar", todo mundo se arrepia...

Já eu vos digo que é melhor falar em planejamento familiar o mais rápido possível, senão em breve partiremos para um Controle de Natalidade, aí acabam as escolhas, que poderiam ser planejadas.

Pensem, o Futuro já começou faz tempo, nós é que estamos atrazados. Não aguentaremos um Brasil com 400 milhões de pessoas...

Charge


Oh, um chargista que não é de esquerda!!!

Agora só falta alguém nos mostrar uma cabeça de bacalhau e a foto do enterro de um anão! Tudo isso que a gente sabe que existe, mas ninguém nunca viu.

O chargista se chama Renato, e a charge foi publicada no jornal A Cidade, de Ribeirão Preto.

A propósito:
O fato de PSDB e DEM não terem ido às ruas contra o mensalão do PT — ou porque lhes faltou disposição, ou porque, como querem alguns, não têm militantes — não elimina o mau-caratismo das esquerdas, que protestam contra as sem-vergonhices de Arruda e sua turma, mas se calaram e se calam diante das sem-vergonhices da turma de Lula.

A questão é saber quem está usando duas morais: uma para os “amigos” e outra para os “inimigos”. De resto, Arruda já está fora do DEM. E José Dirceu? E José Genoino? Na prática, eles estão na direção do PT.

O COROLÁRIO MORAL DA MÁXIMA SEGUNDO A QUAL CADA PARTIDO DEVE PÔR SEUS MILITANTES NA RUA CONTRA O MENSALÃO DO OUTRO É A ADMISSÃO TÁCITA DE QUE TODOS TÊM DIREITO A UM MENSALÃO: O OUTRO QUE PROTESTE!

Sem essa! Protestar contra as sacanagens de um e silenciar diante das de outros é só mais uma… SACANAGEM!



Reianldo Azevedo

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Esquizofrenia???

"O meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável".




Dilma Rousseff, a chefe da delegação brasileira na conferência do clima, em Copenhague.

Um terrorista defendendo terroristas


"Mesmo o terrorismo islâmico tem como uma de suas razões históricas a hipertrofia dos EUA e do sionismo no Oriente Médio, que condenam o povo palestino a ser uma nação sem Estado, os países árabes a um cerco permanente e o Irã a uma ameaça constante de agressão militar por parte de Israel."


José Dirceu, Ex-terrorista na luta armada para implantação do Comunismo no Brasil na década de 60 e 70, ex-Ministro Chefe da Casa Civil do Governo do PT de Lula, e mentor do maior esquema de corrupção com dinheiro público do planeta (Mensalão).

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Senado aprova Mercosul com Venezuela.


Orientada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a base aliada enfrentou resignada os discursos da oposição contra governo do presidente venezuelano Hugo Chávez, mas na hora do voto exerceu o poder de maioria e aprovou, na noite desta terça-feira, 15, por 35 votos a 27, o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul.

Olha ele ai...


O "Justiçador" de Lula, o ex-delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiróz, que sabe tudo do Zéca Diabo (Zé Dirceu) e de Lulinha ("cooptado" pela quadrilha do Diabo), acaba de ganhar o cargo do Ministério dos Esportes para fazer a segurança das Olimpíadas de 2016 no Rio.
Que bom pra ele e pra quadrilha, não é?
Vamos esperar o que este fanfarrão vai fazer para "pacificar" o RIO...

O Impostor¹³ e o Impostômetro




O Brasil explodiu. O impostômetro passou de R$ 1 trilhão. E ainda há um deficit de 88 bilhões. Os gastos públicos chegaram a 45% do PIB. O deficit público dos Estados Unidos, onde os bancos quebraram, onde o mercado imobiliário quebrou, onde existem duas guerras, pulou de 41% para 53%. O nosso saltou de 38% para 45%. O impostor¹³ está levando o Brasil ao caos. E 2009 não é ano eleitoral. Imaginem 2010.



Coronel

BB negocia compra de banco argentino

O Banco do Brasil prepara sua primeira grande incursão internacional e negocia a compra de parte do argentino Banco Patagônia. Duas fontes próximas às negociações afirmaram à Agência Estado que executivos e advogados das duas instituições conversam há vários meses. Classificado como "aliança estratégica", o negócio pode ser o primeiro passo do ambicioso plano do governo brasileiro de transformar o BB em banco internacional.

Representantes do BB começaram a avaliar a saúde financeira do Banco Patagônia em julho, em um processo conhecido como "due dilligence". Desde então, executivos e advogados brasileiros são vistos com frequência na sede do banco argentino, no centro de Buenos Aires. A visita dos brasileiros foi notada pelos funcionários e noticiada na imprensa local.

Em Buenos Aires, as negociações foram confirmadas por um executivo que esteve reunido na semana passada com o presidente do Patagônia, Jorge Stuart Milne. "O que está assegurada é a assinatura de uma aliança estratégica entre os bancos", afirmou. Em Brasília, o BB não confirma oficialmente as conversas, mas uma fonte afirmou que as duas instituições tentam encontrar um modelo para o negócio. Atualmente, as conversas têm girado sobretudo em torno da legislação societária argentina.

As reuniões mostram que, se fechado, o negócio não precisa necessariamente usar o modelo adotado na compra do Votorantim, em que o banco estatal ficou com 49,99% do capital. Diferentemente das aquisições do BB no Brasil, o negócio no exterior não esbarra no problema de a compra transformar o banco alvo do negócio em estatal. Isso porque, por ser estrangeiro, o BB é tratado legalmente como empresa privada em outros países.

Em agosto, uma fonte do Banco Central argentino havia confirmado à Agência Estado conversas entre o presidente da autoridade monetária, Martín Redrado, e o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, sobre o interesse do BB em ampliar negócios no país.

Na mesa de negociação, estão, principalmente, as ações da família Stuart Milne. Nas mãos dos irmãos Jorge e Ricardo estão 49,94% dos papéis. A terceira maior parte das ações são, curiosamente, listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desde 2007.

Ao decidir fazer oferta inicial de ações (IPO na sigla em inglês), os sócios optaram pelo mercado paulista por ter maior liquidez que a bolsa portenha. Assim, o Patagônia se transformou na primeira companhia estrangeira sem operação no Brasil a ter suas ações listadas na Bovespa. Não é a primeira vez que surgem rumores sobre a venda do Patagônia. Antes, o candidato era outro brasileiro: o Itaú, banco que já tem presença no mercado argentino desde a compra do Buen Ayre, em 1998.


Estadão

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cadastro "positivo"

Alguém está acompanhando seriamente as discussões sobre o tal "cadastro positivo"? Já perceberam que esta é uma ferramenta que serve somente aos bancos? Pensem um pouco à respeito, afinal, os cadastros negativos que existem legalmente, não podem existir para sempre. Quando o cliente paga, recupera seu crédito e sua história de mau pagador é apagada da história. E isso é bom, pois quem nunca passou por uma fase de aperto?

Mas o cadastro positivo é para sempre! E qualquer gerente de banco poderá acabar com a vida financeira de algum cliente, apenas mantendo-o com uma nota baixa (zero ou negativa) no tal cadastro positivo. É um cadastro negativo às avessas! E será legal!

E alguém acredita que vai pagar menos juros em função disso?

domingo, 13 de dezembro de 2009

Absurdos na Legislação Brasileira


No curso da Operação Castelo de Areia, o juiz paulista Marcio Milani concedeu uma autorização inédita na Justiça brasileira: a quebra de sigilo telefônico de todos os celulares do país (atenção, vale repetir: todos). O pedido da Polícia Federal, evidentemente, era para poder grampear alguns telefones. E Milani liberou o grampo para os 168 milhões de celulares ativos no país – o seu, inclusive, leitor. Imagine a festa que pode ter sido feita.



Por Lauro Jardim

sábado, 12 de dezembro de 2009

Uma decisão da qual me envergonho


O Estado de S. Paulo - 11/12/2009

Quando em jogo a Liberdade de Imprensa - que assegura o desenvolvimento da vida democrática-, não se pode, numa Suprema Corte, adotar-se uma postura burocrática, como se estivéssemos ao tempo do direito sumular romano, em que a forma tinha mais importância do que o fundo.

Deixar de examinar o mérito da questão, a título da inadequação da via escolhida e quando de uma clareza solar a violação à liberdade de imprensa, coloca a nossa Suprema Corte entre as piores do planeta.

Afinal, nenhuma lesão a direito - e no caso era lesão a direito fundamental - pode ser excluída da apreciação do Judiciário. E o STF, pela maioria, deixou de examinar a lesão para se fixar em questão processual, de forma.

Quando se ouve, pela boca do ministro Eros Grau, que "aplicar a lei não é censura", preocupa sobremaneira. Até um rábula de porta de cadeia sabe que se aplicada mal a lei pode gerar censura.

Depois do voto de Eros Grau, voltei a lembrar o grande Mario Quintana, que afirmou: "A Justiça é cega. Isso explica muita coisa."

Em resumo. Houve censura. O STF, no entanto, preferiu entender que a roupagem, para se obter o seu reconhecimento, foi mal escolhida. Lamentável. E quando penso no segundo hábeas corpus concedido a Daniel Dantas, quando se rasgou a própria súmula e se pulou instâncias para atendê-lo, volto a pensar em Mario Quintana e acrescento: "me envergonho da decisão da mais alta Corte do meu país".

Dilma na TV: ''Penso igual ao senhor, presidente''


O Estado de S. Paulo - 11/12/2009

Em uma prévia do que planeja para a campanha eleitoral do ano que vem, o PT preencheu ontem seu programa partidário no rádio e na televisão com comparações entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a administração do antecessor Fernando Henrique Cardoso. Como já era esperado, o presidente e a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, foram as estrelas do filme.

Criado com a ajuda do marqueteiro João Santana, o programa mostrou a pré-candidata petista ao Palácio do Planalto encenando um diálogo com Lula. Sempre que o presidente aparecia encampando frases - como "provamos que é possível haver democracia com crescimento econômico" -, Dilma surgia em seguida, com afirmações nessa linha: "Presidente, eu penso igual ao senhor."

"Tem governo que fez pouco e acha que fez muito", continuou Dilma, em uma de suas aparições, vestindo um terno vermelho escuro. "Nós não. A gente fez muito. Mas sabe que é preciso fazer muito mais. O Brasil melhorou. Mas, como o senhor mesmo disse, devemos sempre fazer mais."

As comparações mais ácidas com o governo tucano ficaram a cargo de atores e locutores. No filme, o PT afirmou que Lula criou 12 milhões de empregos com carteira assinada, contra 5 milhões no governo FHC. Ressaltou ainda que, na atual gestão, 30 milhões de brasileiros ingressaram na classe média e 20 milhões saíram da pobreza absoluta. "Com FHC, a ascensão social foi insignificante", continuou o locutor.

O filme investiu no tema da crise econômica. Ao citar que o País viveu duas grandes recessões nos últimos anos, o programa indicou que FHC aumentou impostos, enquanto Lula fez o contrário. "Com o PSDB, o Brasil faliu e pediu socorro ao FMI. Com Lula e o PT, o Brasil venceu a maior crise das últimas décadas."

Quando começou a desenvolver o programa, o PT chegou a cogitar dar espaço a vários ministros no vídeo, para evitar acusações de campanha antecipada. Depois de ver que o PSDB também preencheu seu filme com os governadores de Minas, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra, ambos pré-candidatos, o partido mudou de linha.

Ainda assim, restou espaço para um rápido cumprimento do presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), e do ex-senador José Eduardo Dutra, que comandará a sigla a partir de 2010. Mas o encerramento do programa ficou a cargo de Dilma e Lula. "O melhor é que construímos uma base sólida para o País continuar avançando nos próximos anos", disse Lula. "Sem dúvida, presidente", emendou Dilma.