quinta-feira, 26 de abril de 2018

PAIS AVIADORES, PAIS TRIPULANTES

Pois,
Todos no mundo ficam extasiados com a profissão dos aviadores e de seus tripulantes.
Dizem em alta voz que é tudo de felicidade numa profissão.
Porém, não conhecem os desígnios da vida.
Pilotar,servir e cuidar da segurança de milhares de vida milhares de pessoas.
São mais de cem mil voos por dia.
São 11000 voos por minuto varando os céus no mundo.
Os acidentes são de 1 aeronave a cada 1,3 milhões de voos.
A tecnologia tornou as aeronaves mais seguras.
Nas décadas de 60/70 havia 5% dos voos que hoje existem, e 4 vezes mais acidentes.
Ou seja, 80 acidentes para cada 100 mil voos.
Isso o povo não conta.
As falhas humanas eram preponderantes.
Nunca há de se falar em fatalidades nos erros humanos, que vão desde  projetos, manutenção, controladores e aviadores.
Todos falam do glamour dos tripulantes, de suas viagens, do conhecer do mundo, dos pernoites em lugares inimagináveis.
Ninguém comenta de suas atribulações pessoais, de suas famílias, de suas convivências no cotidiano.


Sermos pais, esposos(as)  foram vidas atribuladas.
Muitos não virão seus filhos crescerem, ajudaram em suas tarefas escolares, ou acompanharam suas predileções esportivas, suas adolescências, suas faculdades, seus aniversários, suas pascoas e natais.
Nossas esposas fizeram trabalhos dobrados.
Quantos anos novos festejamos sozinhos?
Quantas famílias destruídas?
Quantas perguntas insensatas e insensíveis respondidas?
Quantas humilhações sofridas por arrogância de de superiores?
Quantas ameaças de desemprego?
Quanto sofrimento em suas aposentadorias?
Quantos de nós tivemos problemas psicológicos.
Damos nossas vidas inteiras para milhares de vidas poderem aprazar suas férias, lazeres e negócios.
Apesar de tudo achamos maravilhoso.
Se pudéssemos voltar no tempo faríamos tudo de novo.
Alguns dirão EGOÍSTAS!
Eu acho que o TEMPO foi egoísta conosco.


Fui...



sábado, 21 de abril de 2018

A idade e a história

Pois,
Tenho 67 anos, ainda lembro do revolver 22, vejam calibre 22 que a legalidade de 1961 deu para meu falecido pai, para defender o mandato de Jango. Em 1964 com 13 anos assisti ao golpe parlamentar que destituiu Jango por abandono da presidência enquanto ele se encontrava em Porto Alegre, tinha viajado no DC-3 da Força Aérea Brasileira. Depois lembro dos comentários que havia fugido para o Uruguai num monomotor alugado. Daí, estudando, trabalhando, ajudando em casa, passou-me desapercebido, o que alguns vagabundos calhordas chama de anos de chumbo, AI-5, Lamarcas, Mariguelas, Sem nunca ter sido abordado por Doi-Codis, Dops e outra siglas, brasileiro adora siglas.
Fui Morar no Rio de janeiro em 1973, sem nunca ter encontrado tais blitz, sem nunca ter visto prisões, tiros e povo revoltado nas ruas. Morei no Rio até 1999.
Alguns tripulantes levavam jornais e revistas além de erva mate para Leonel Brizola, que hospedava-se no Hotel Roosevelt, na Lexington com 46, a uma quadra da Central Station, em Manhattan, Nova Iorque.
Ficou gravado na minha vivência histórica a destruição que esse político fez à cidade do Rio de Janeiro. Pouco importa seus CIEPs e seu sambódromo, fizera alianças com traficantes e chefões do jogo de Bicho, haviam lojas luxuosas com ar condicionado em Copacabana, para que se fizesse jogo, uma das quais ficava na esquina da rua Santa Clara com Domingos Ferreira.
Nunca em todo regime militar um ministro havia tentado obrigar um comandante da Varig pousar em Brasília, num voo direto de Nova Iorque para o Rio. Pois, lá pelos idos de 1985 a 1989, um ministro tentou fazer o comandante pousar em Brasília. Não lembro como terminou o episódio, mas sei que tentaram demitir o comandante que se negou a fazê-lo. Queria lembrar o nome do comandante, mas minha memória está na fase do crachá.
Depois desse lero-lero, apenas quero explicar, que esse pessoal que nasceu depois de 1958, não sabe e nunca viveu a história da ditadura, apenas a conhece pelos alfarrábios ou por contadores de vantagem.
O Brasil está cheio de contadores de vantagem sobre torturas e perseguições na ditadura.
Nossos comissários de voo estão aí para confirmar que nenhum membro do alto escalão dos governos militares, se alterava pomposamente à bordo das aeronaves da Varig.
Nos meus 33 anos de Varig, Marias Bethânias e Tim Maias se exaltavam muito mais à bordo, e do prazer que dava transportar o saudoso Ayrton Senna.
Esse negócio de perseguição política rendeu pensões e indenizações milionárias a diversos sindicalistas depois de 1988, quando já não havia regime militar no Brasil, quando já vigorava a lei da anistia de 1979 e a nova constituição de 1988.
Nessa longa análise minha, acho muito difícil que se torturassem jovens de 19 ou 20 anos, com suas bundas cagadas e mal limpas tivessem coragem de enfrentar o regime. Para mim são todos umas cambadas de mentirosos e contadores de vantagens. Complemento que não se pode provar nada ao contrário e vice-versa, a maioria dos torturadores morreram ou estão a beira do precipício da vida.
Nos anos 80 um comandante da Varig ganhava 3 vezes mais que um senador da república, depois da falaciosa constituição democrática de 1988, aos dias de hoje, um comandante de empresa aérea brasileira teria de ganhar cerca de 500 mil reais por mês para manter a proporção daquela década.
Essa foi a herança que o governo civil nos deixou, a pobreza das profissões de caráter, pela riqueza dos capitães de areia de Brasília, que mesmo com salários alem das imaginações mais extraordinárias, roubam o erário e as companhias estatais, para locupletar os pelegos que os mantem nas instituições.
Se pudesse retornar ao passado queria voltar no tempo para a década de 70 e caminhar de novo, para ver se teríamos mais sorte nos anos que se seguiriam.
bom dia...

quarta-feira, 11 de abril de 2018

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA VERSUS PRESCRIÇÃO

Pois,
Eis, a opinião pessoal de um leigo sobre a prescrição legal de um crime de corrupção e a presunção de inocência.
Até quando deve -se presumir um paciente ou réu inocente?
Até quando um auto declarado inocente ou culpado pode ser condenado à prisão?

Inciso LVII do Artigo 5 da Constituição Federal de 1988
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

Nesse ponto, de 194 países o Brasil é o único que admite constitucionalmente a presunção de inocência até a quarta instância jurídica.
A nossa prescrição depende do tamanho da pena de reclusão, com redução de 50% para maiores de 70 anos, e com prazo de 12 anos para crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
De certo modo, corrupção e lavagem de dinheiro estão sempre acompanhadas invariavelmente, e a lavagem de dinheiro sempre ocultadas por períodos longos tornam indeferidas suas prescrições até o momento de sua conclusão.
Esse assunto não estaria em moda até que em dado momento figuras públicas fossem levadas ao julgamento de suas atividades ilícitas. 
Se réu declara-se culpado não há de presumir-se presunção de inocência.
Porém por força constitucional não poderia ser preso até trânsito em julgado.
Injusto não!
Se um réu declara-se inocente, e há atos comprobatórios de sua culpabilidade, onde presumir-se inocência?
Deveria ter sua pena aumentada, e isso é feito pela segunda instância brasileira.
As instâncias superiores só podem anular os processo das instâncias inferiores se por erro jurídicos processuais.
Então podemos admitir que já não há presunção de inocência após julgado em segunda instância.
O tempo médio de um processo chegar ao Supremo Tribunal Federal é de cerca de 12 anos.
Muitos deles prescrevem antes do julgar pleno.
Num país que se declara defensor do estado de direito, os processos deveriam ter  as mesmas dimensões jurídicas, mesmo aqueles em que as defensorias públicas gratuitas trabalham.
Em 10 de maio de 1808 dom João VI criou a Casa de Suplicação.
Em 9 de Janeiro de 1829 foi  criado o Supremo Tribunal de Justiça que tornou-se Federal em 22 de Junho de 1890.
A corrupção sangra no Brasil desde a constituição de 25 de Março de 1824.
Nunca tiraram de seus enunciados o foro de privilégio de funcionários públicos, juristas e políticos.
Até limites constitucionais devem ser controlados e alterados via Supremo tribunal Federal para que se evite o caos jurídicos.
Nossas cartas magnas sempre foram mais aristocráticas que isonômicas.
Falam sempre de liberdade e democracia, mas sem ISONOMIA de direitos e deveres, nunca teremos ambas.
Para finalizar, creio que crimes de corrupção deveriam ser imprescritíveis, mas como leigo, tenho apenas opiniões.
Bom dia...