Pois,
A maior frustração de minha vida foi não ter sido médico.
Eis algumas outras:
Também não sei desenhar, minha letra somente eu consigo ler.
Futebol jogava bem, mas não gostava de barro, chuva e discussão do "FOI E NÃO FOI"
Outra é descobrir que uma mãe tem preferências por filhos.
Ver um pai trabalhar. ficar fora por 12 horas e sua família não reconhecer;
Ter que chamar UBER, por garantias de segurança.
Ter projetos de vida e o governo destruí-los.
Reconhecer que pessoas recebem cargos por amizades, sem valorizar os méritos.
Pessoas que esperam que a galinha ponha dois ovos por dia.
Ver a beocidade dos estudantes de hoje.
Não posso admitir que professores tenham ideologias.
Se tiver que listar as frustrações de minha vida daria uma enciclopédia de palavras hostis.
Muitos não lembram que pessoas passam fome, ficam aleijadas em acidentes absurdos, e tem câncer sem nunca tê-los merecido.
Os desígnios humanos nada tem a ver com desígnios divinos.
Amor é uma palavra chula, mata-se e morre-se por ele.
Confundem liberdade com democracia.
Qual os paradigmas de um povo que consegue eleger os "fraldas cagadas" por pura falta de pudor consigo.
Qual o imbecil quer que o governo dê, se nem imposto o verme paga.
No Brasil protesto em periferia é queimar o coletivo que levaria os cidadãos para o trabalho, ou para a consulta médica ou tratamento.
Não se anda armado para dar-se um tiro no pé.
Quem entende de pobreza é quem a sofre.
Pelos idos de 1974 conheci vários "brasis".
O interior da Bahia não tinha luz elétrica, mas em Nova Iorque todos os coletivos e táxis tinham ar condicionado.
Em São Luiz e Teresina as crianças invadiam os aeroportos para resgatar caixas de lanche de nosso voos.
Em Belém as palafitas à vista, e no Rio era um fedor terrível ao pousar no antigo Galeão.
Ninguém sabe onde fica o "PINA".
No sul do Brasil tem pobres, mas morreriam de frio no inverno em casa de sapê.
Inventaram a palavra "especial" para crianças nada especiais eu diria "diferentes.
Não existe teoria do gênero, existem os que querem ser "diferentes" ou chamá-lo-emos de "especiais".
A realidade é que alguns diferentes podem ser especiais.
Passaram-se cerca de mais de 40 anos que fiz meu primeiro voo para os Estados Unidos.
Nesses 40 anos nenhuma cidade brasileira tem ar condicionado em todos seus coletivos.
Tenho que falar de imposto de renda antes de terminar.
Eu pago, mas advogados, dentistas, médicos, empresários, políticos burlam o sistema.
Nem de latrina podemos chamar nosso Brasil.
Imitando o especial ARQUIMEDES que pedia um ponto de apoio para mover o mundo, eu gostaria de pedir uma "hidra" para puxar a descarga, como ponto de apoio para mudar minhas frustrações.
FUI...
vsrocha flight engineer retired form former company "VARIG"