quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A CARTA TESTAMENTO DE GETÚLIO VARGAS

Pois,
Para polemizar de novo.
Creio que nem todos sabem que há duas cartas de Getúlio Vargas.
A manuscrita e a datilografada.
O pior é que as duas são diferentes.
Os petistas, como de hábito, leram em plenário, a carta datilografada.

Eis o texto manuscrito por Getúlio Vargas:
“Deixo à sanha dos meus inimigos, o legado da minha morte. Levo o pesar de não ter podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia. A mentira, a calúnia, as mais torpes invencionices foram geradas pela malignidade de rancorosos e gratuitos inimigos numa publicidade dirigida, sistemática e escandalosa.
Acrescente-se a fraqueza de amigos que não defenderam nas posições que ocupavam à felonia de hipócritas e traidores a quem beneficiei com honras e mercês, à insensibilidade moral de sicários que entreguei à Justiça, contribuindo todos para criar um falso ambiente na opinião pública do país contra a minha pessoa.
Se a simples renúncia ao posto a que fui levado pelo sufrágio do povo me permitisse viver esquecido e tranqüilo no chão da pátria, de bom grado renunciaria.
Mas tal renúncia daria apenas ensejo para, com mais fúria, perseguirem-me e humilharem-me.
Querem destruir-me a qualquer preço. Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas.
Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não dos crimes que não cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque se opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam, impiedosamente, aos pobres e aos humildes.
Só Deus sabe das minhas amarguras e sofrimentos.
Que o sangue dum inocente sirva para aplacar a ira dos fariseus.
Agradeço aos que de perto ou de longe me trouxeram o conforto de sua amizade.
A resposta do povo virá mais tarde...”

Eis o texto lido pelos petistas:
“Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fi z-me chefe de uma revolução e venci.
Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo.
A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios.
Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o povo seja independente.
Assumi o governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos.
Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação.
Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com perdão. E aos que pensam que me derrotam respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo, de quem fui escravo, não mais será escravo de ninguém.
Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.”

Getúlio Vargas dentro de sua simplicidade, jamais exaltaria egoisticamente que sairia da vida para entrar na história.
Quem saiu do marasmo e das sombras foi o desconhecido datilógrafo,  Maciel Filho que como redator simplório dos discursos do Presidente resolveu entrar para a história.

Direitos autorais do acervo do Jornal "Última Hora" /AESP

DEIXO MINHA HOMENAGEM AOS QUE EXALTARAM A CARTA FALSIFICADA.
Se você agir sempre com dignidade, talvez não consiga mudar o mundo, mas será um canalha a menos. 
John F. Kennedy

Bom dia ....

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Heróis e Traidores ou vilões?

Pois,
Qual seria a definição correta de heróis e traidores?
São vilões.
Sempre há 3 versões na história.
A verdeira, a contada pelos participantes e a inventada por ambos os lados, perdedores de um modo, vencedores de outro.
Heróis podem ser traidores e vice -versa depende do lado de quem conta  a história.
Calabar traidor brasileiro pode ser considerado um herói holandês.
Tiradentes um herói brasileiro, um traidor português.
Ambos são vilões.
Digo vilões, porque quando se fere a ética e a moral praticamos vilania.
Dom pedro I praticou vilania ao introduzir a constituição de 25 março de 1824, dando inimputabilidade a si próprio e seus políticos e juristas.
Em 1988 outra constituição nos enfiou, goela abaixo, novas inimputabilidades, estendendo-a, aos deputados e a sem número de membros jurídicos e políticos do alto e médio escalão governamental brasileiro.
Funcionário público concursado só pode ser demitido por roubo, mesmo quando o estado está falido, e nós pagamos a conta mesmo desempregados.
O vilão mor EDUARDO CUNHA, protegido pela inimputabilidade constitucional é um grande herói brasileiro, e um enorme e monstruoso traidor das causa petralhas.  
Não necessitamos discutir ética e moral desses dois, tanto Cunha quanto o PT cometeram as suas vilanias.
Temos de deixar de lado esse lado do politicamente correto.
O vilão Cunha nos presenteou com o final melancólico desse partido político que se achava dono do Brasil.
Óbvio que Michel Temer e o PMDB não são a honestidade pura imaginável.
Porém quando se come fezes, qualquer coisa servida é melhor, desde que seja diferente.
Trocamos fezes putrefatas, por novas fresquinhas ou congeladas.
Se quiserem me xingar, xinguem, mas não podemos conviver com leis trabalhistas, previdenciárias e penais de 1940.
Cem anos passados era muito diferente.
O primeiro mundo trabalha até 65 anos em média, e ninguém se aposenta com salários integrais da ativa.
Não quero que aniquilem a CLT, mas acho justo que patrões e empregados negociem vínculos empregatícios diferentes. 
Nos livramos de um energúmeno, e agora mandaremos a "ENTA" de volta para a Bulgária.
Ele queria imitar Lampião, o cangaceiro, foi apenas concubina, uma lamparina cachaceira.
Te cuida Maria Bonita, vão te eliminar da história.
fui...