terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O DEM decide não decidir e esperar!


A Executiva Nacional do DEM decidiu na tarde desta terça-feira (1) deixar a decisão sobre uma eventual expulsão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), para o dia 10 de dezembro. Arruda é acusado de envolvimento em um esquema de propina no governo.

Serão oito dias para o governador se defender e mais dois dias para a elaboração do relatório que será votado pela cúpula.

Três integrantes do partido defenderam a expulsão sumária de Arruda. São eles: José Agripino (RN), líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), líder na Câmara, e Demóstenes Torres (GO), presidente da CCJ do Senado. Todos já haviam manifestado sua posição anteriormente.

"Nós encaminhamos uma proposta e só nós defendemos essa proposta. Os outros defenderam uam proposta alternativa, qual seja de o processo ser julgado no dia 10 [de dezembro] após defesa prévia, elaboração do relatório e votação", disse Agripino.

Mais cedo, Agripino disse que o clima no DEM está "muito ruim, contra o governador". "As pessoas estão indignadas e querem um desfecho rápido para isso." Para o líder do partido, Arruda "não tem condições de continuar no partido". "O conjunto do que foi exposto é muito grave."

Os integrantes do partido se manifestaram no microblog Twitter após a reunião. "Minha posição pela expulsão não foi votada. Não existe nada mais desagradável do que um momento como este", disse Ronaldo Caiado (GO). "Na quinta-feira, a Executiva vota a expulsão de Arruda. Para mim, não foi o ideal. O partido perdeu oportunidade."

"Denúncias tem imagens graves. O prazo de 8 dias é prazo mínimo que o estatuto exige num rito sumário. DEM decide dia 10. Em definitivo", escreveu o deputado Índio da Costa (RJ).

Ao menos dez deputados (dois deles suplentes), além do governador José Roberto Arruda e três secretários do Distrito Federal são suspeitos de participar de pagamento de propinas. O esquema teria começado em 2002 e além de servir ao enriquecimento pessoal de vários integrantes do governo, teria financiado à campanha eleitoral de Arruda para o governo do Distrito Federal.

As denúncias foram reveladas durante a operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, realizada na última sexta-feira (27). Imagens registradas mostram o governador e outros integrantes do governo recebendo maços de dinheiro. Todos negam as acusações.

Impeachment e defesa
Dois pedidos de impeachment foram protocolados na Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta terça-feira. A oposição deve entrar com um novo pedido na quarta-feira (2), reunindo a assinatura de diversos movimentos sociais e entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Arruda voltou a afirmar hoje que é vítima de um complô armado pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa - que realizou as gravações -, com a ajuda de seus adversários políticos. Em nota divulgada esta tarde, Arruda cita que Durval responde a mais de 30 processos por atos de corrupção praticados durante o governo passado, de Joaquim Roriz (PSC) e que, "para se livrar da lama", a jogou em todas as direções.

Na nota, Arruda garante que irá apresentar à Justiça "provas irrefutáveis de sua inocência". Ele também afirma estar confiante na decisão de seu partido, com cuja cúpula se reuniu ontem (30), em um clima de "elegância e respeito mútuo, sem nenhum tipo de pressão".

PSDB deixa o governo
A Executiva Nacional do PSDB decidiu, na tarde desta terça-feira, deixar a base de apoio do governador José Roberto Arruda.

"O PSDB não está mais no governo do Distrito Federal. Todos os que forem do PSDB devem sair do governo atual", anunciou o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE). "Os que não saírem do governo, não serão mais do PSDB. Os que saírem do governo e tiverem processos serão submetidos ao Conselho de Ética do partido", acrescentou.

Desde que o escândalo do mensalão do DEM veio a público, na última sexta-feira, outros três partidos já tinham abandonado a base aliada de Arruda: PDT, PPS e PSB.

Não houve decisão relacionada ao presidente da sigla no DF, Márcio Machado, que estaria envolvido nas irregularidades, o presidente do PSDB disse que quem tiver denúncias contra si "terá de se explicar".

Em reportagem publicada nesta terça-feira, o jornal "Folha de S.Paulo" afirma que o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa acusa Machado de atuar na coleta de propina e distribuição do dinheiro a aliados políticos. O presidente do partido tucano no DF assumiu a Secretaria de Obras do governo Arruda em 2007.

UOL




Meu alívio em relção aos 3 parlamentares grifados no texto que ainda tentam honrar o que pouco está sobrando do DEM.
Mas a ala "jovem" do partido quer esperar...
O Lula diz que pode...
Fazer o jogo do PT me afasta cada vez mais destes "pseudo-direitistas".

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