Pois,
Vira e mexe, os petistas inventaram e dizem a toda hora a palavra "privataria tucana".
Ora, além de inventar o termo presidenta, inventaram "privataria".
Dizem os petistas que o tucano Aécio vai privatizar tudo.
Tem certas coisas que já são privadas.
Eu, e todo o meu EU, já é privado, posso ser cedente, mas jamais público.
Então não podem privatizar sequer meu "ânus".
Pergunto aos petistas se eles, se suas mentes, seus corpos, são públicos?
O governo em minha opinião, modesta mas penso inteligente, não é dono de NADA, simplesmente administrador de impostos, legislador, e defensor de direitos e deveres, consequentemente o pilar institucional da constituição, da lei maior, da carta magna.
O governo não deveria ter bancos, empresas de prospecção, nem institutos de pesquisa.
O governo não deveria fazer propaganda de si próprio usando recursos públicos, nem fazer conluios com instituições privadas.
O governo deveria ser somente concessionário, nunca intervencionista, nem cessionário.
O termo correto para as empresas, deveria ser empresas jurídicas, privada soa mais como uma prisão, um vaso sanitário.
O governo petista é uma empresa de privadas.
Privatizou os correios e a Petrobrás para suas maracutaias.
Tem três bancos privativos da cúpula petista, o banco do Brasil, a Caixa federal e o BNDES.
Dezenas de empreiteiras tornaram-se sócias, são verdadeiras privadas públicas.
Privatizaram as famílias, o ensino e a saúde.
Privatizaram as lutas de classes, de raças e o ódio sexual.
Privatizaram parcelas do povo, os empréstimos consignados, as moradias de papel, o ensino demonista e as parcerias ignorantes, com países radicais e discriminatórios de direitos e liberdade.
O socialismo petista é um socialismo de galochas, de privada.
O socialismo soviético quando acabou, espalhou milionários pelo mundo, e hoje a burguesia bolchevique, tenta mais uma vez formar novos milionários, com o sacrifício do seu povo, e arredores.
Nunca tiraram uma gota de óleo do pré-sal, e arrotam investimentos com um talvez que não saia do conteúdo, pois ninguém possui ainda a tal tecnologia.
Vão investir na saúde e na educação rendimento previstos para daqui a 20 anos, se isso não é digno de uma privada, usem um penico.
Não tenho nada contra ajudas sociais, dar bolsas famílias e bolsas comidas, enquanto continuam morando em periferias, sem água tratada, sem luz elétrica e sem esgoto.
Enquanto eles cagam nas patentes, os signatários dos planos usam privadas de luxo.
Por enquanto o Brasil é uma privada petista, eleita nos votos de patentes.
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
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Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverossímeis no Limoeiro.
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Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
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A justiça ao arbítrio da Política,torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
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Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando( fazer sopa em jarras de barro, chamadas malgas) e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
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________________________ Guerra Junqueiro, 1896.
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