quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O grito dos dependentes,

Porto Alegre, 2 de Setembro de 2009
Faltam 5 dias para que se anuncie a alvorada do centésimo octogésimo sétimo ano da independência do Brasil.
Independência que nos tornaram dependentes do capital estrangeiro, assumindo as dívidas da realeza portuguesa.
Em 1889 nos livramos do carma da sub-realeza portuguesa, tornando-nos escravos da realeza britânica.
Libras que enriqueceram alguns viscondes e barões do período imperial e políticos do início do século XX.
Hoje, eu pergunto o que produzimos de realmente nosso?
NADA!
Nossos automóveis, televisores, geladeiras, eletrodomésticos, tudo é proveniente de multinacionais.
Até nossos aviões produzidos pela Embraer são dependentes de peças e royalties estrangeiros.
São 187 anos medíocres, não há investimentos na ciência e tecnologia.
Até para comprarmos um computador somos deficientes dependentes do mercado. Se hoje estão com preço razoável é devido aos planos econômicos, e a famosa lei de subserviência, de permitir que os produtos importados tenham preço melhores que os nacionais.
Tecidos, calçados, manufaturados e quinquilharias, estão entre os produtos importados chineses que acabaram com estes setores no Brasil.
Agora até o setor moveleiro chinês compete com o nacional.
Independente de que?
Importamos Macdonlds, Pizzahuts, Burgerkings, vinhos, refrigerantes, nem as famosas havaianas, preferência nacional, são mais aqui fabricadas.
Lembro-me ainda o quão difícil foi comprar um tênis "Rainha" em minha juventude.
Importam-se equipamentos médicos, cirúrgicos e dentários.
Importamos, arroz, trigo, cevada, porque vendemos nossa produção que o governo teima em chamar de excedente, chama o setor agrícola de improdutivo, quando 50% do PIB é proveniente deste setor, enquanto isso 10% de nosso povo não tem o que comer.
Agora com a fleuma dos arrogantes proclama nossa independência petrolífera.
Onde e como?
Somente dará lucro se o óleo negro tiver preço acima de 35 dólares.
O mundo está fugindo do petróleo em 10 anos teremos como principal fonte de energias a solar, eólica e o hidrogênio.
Há 50 anos a Inglaterra, o Canadá e os países escandinavos retiram petróleo do fundo do mar.
Para encerrar o assunto, nosso mar territorial é de 12 milhas e de 200 milhas contíguas, por lei, e constituição é da UNIÃO.
se royalties devem ser distribuídos é ao povo brasileiro num todo.
Proclamar a independência é respeitar a constituição, se pelo menos isso fizéssemos, teríamos o que festejar.
A dependência física, química e moral dos nossos governantes é apenas o "capital".
Socialistas nenhum deles é, apenas declaram-se, mas flertam com Keynes.
bom dia

Um comentário:

Stenio Guilherme Vernasque da Silva disse...

mas aí é que agem as entrelinhas da lei!
Os reoyalties são formas de se "ganhar" mais atenção do governo.
A Usina de Itaipú gera uma riqueza enregética para todo o centro-sul do Brasil, mas os Royalties vão para as cidades paranaenses em torno do Lago e Usina.
Vem , como vc disse bem, de muuuuuito tempo.