terça-feira, 8 de setembro de 2009

40 anos do sequestro do embaixador Americano pelo MR-8



O Jornal da Globo fez um golaço ontem ao lembrar que o 7 de Setembro de 2009 marca também os 40 anos da libertação do embaixador americano Charles Burke Elbrick, seqüestrado por militantes do MR-8 em 1969. O jornal entrevistou o taxista José Matheus de Souza, que levou Elbrick para casa depois que foi libertado (vídeo aqui).

“Ele estava com paletó, sem gravata, com a mala 007. Ao entrar ele pediu: ‘por favor me leve para a rua São Clemente em Botafogo’. Com sotaque de estrangeiro. ‘O senhor é o embaixador norte americano que foi seqüestrado?’. Ele disse: ’sim’ e eu falei: ’sinto muito ter acontecido este fato com o senhor’. Ele agradeceu minhas palavras e seguimos por esta rua onde eu estou agora”.

Pois bem, caros leitores. Sabem o que aconteceu? José Matheus foi contratado como motorista da embaixada americana, onde trabalhou por longos 39 anos, até se aposentar, em 2008: “Foram 39 anos com muita alegria, muito amor, respeito do povo americano e por todo o povo brasileiro”. O motorista batizou o filho com o nome do embaixador: “Tenho muito orgulho de ter esta história por trás do meu nome e tenho orgulho do meu pai herói“, diz o filho, Charles Souza.

A reportagem ouviu também Fernando Gabeira (PV-RJ), que, participou daquela ação. Como sabem, tenho muitas divergências com o deputado, mas respeito sua atuação política pós-exílio. Sua fala é inequívoca: “Hoje, como forma de luta eu sou contra, eu acho uma forma de luta condenável. Na verdade, ao longo desses anos a minha posição foi mudando tão amplamente que eu hoje me identifico com os reféns. Nós vivemos num país, com uma democracia que procura, cada vez mais, se aperfeiçoar”.

Ah, mas há alguém que não se arrepende de nada, não! Justamente um dos líderes da operação, que redigiu a carta exigindo a libertação de alguns presos políticos: Franklin! Como eu sei que ele não se arrepende? Porque ele mesmo já disse, ora essa: “Não me arrependo de ter pegado em armas ou de ter contribuído, seja na clandestinidade, seja no exílio, para o fim daquele regime odioso.”

Ainda bem que um taxista serviu para demonstrar que nem todo brasileiro é como Franklin, não é? A lógica do gigante é fantástica: já que aquele regime era odioso, o que custa seqüestrar pessoas para combatê-lo? É uma forma de ver o mundo. E se o regime militar não tivesse libertado os presos em troca do embaixador? Ora, queridos, um “regime odioso” justifica qualquer coisa, não é mesmo? Isso é porque Franklin fazia justiça arbitrando sobre a vida de um. Decidindo sobre a vida de milhões, Stálin descobriu que esse negócio de matar é um evento puramente estatístico. Até outro dia, o ministro da Verdade mantinha uma página na Internet com um link para a sua carta. Maior orgulho!

Considerando o trabalho de “comunicação” que faz o Planalto, vê-se que Franklin mudou de método, mas não de convicção.


Reinaldo Azevedo

4 comentários:

Solange disse...

Precisamos lembrar todos os brasileiros esquecidos, e informar ao mais novos sobre que Dilma teria sido a organizadora, na época, do roubo de um cofre pertencente ao ex-governador de São Paulo Ademar de Barros (considerado pela guerrilha como símbolo da corrupção) em 18 de junho de 1969, na cidade do Rio de Janeiro, de onde foram subtraídos 2,5 milhões dedólares. A ação veio a ser a mais espetacular e rendosa de toda a luta armada. Em pelo menos três ocasiões, Dilma também negou ter participado do evento.] Depoimentos e relatórios policiais indicavam que coube a Dilma administrar o dinheiro, pagando salários de militantes, encontrar abrigo ao grupo e comprar um Fusca. Dilma lembra apenas do automóvel, mas duvida que tenha sido a responsável pela administração do dinheiro

Unknown disse...

SEQUESTRO DO EMBAIXADOR AMERICANO X UM BANDO DE TÍTERES , COM FORMAÇÃO EM CUBA , CHINA E UNIÃO SOVIETICA . ESTES SENHORES MATARIAM ATÉ SEUS GENITORES PARA TOMAREM O PODER .

EU QUANDO SERVI O EXERCITO ENTRE 1963 / 1964 FIQUEI CONHECENDO ESSA RAÇA.

MANOEL CARLOS

Evando Abreu disse...

De onde tiraram este tal Índio da Costa para ser vice do Serra? Por mais verdade que esteja afirmando em suas entrevistas, está prejudicando seriamente a candidatura do Serra. Vice não deve falar. Se fossem importantes (e são) teriam debates entre eles na TV também. Ninguém presta atenção em vice, a não ser quando, igual ao Índio, começam a falar muito.
Teremos a Dilma, versão revisada e piorada do Lula, para continuar a roubalheira. Eles estão cada vez mais fortes, pois se aliaram ao que temos de pior: Quércia, Color, Sarney, Jader Barbalho, Nilton Cardoso. Só não se aliaram àquele da Motoserra porque, este sim, está e continua preso.
Este aprendeu que roubar pode, matar e ser descoberto é que não pode.
Para matar tem que ser do PT. Vide Celso Daniel.
Abraços.

Senri Shiki disse...

"manoeldebraganca disse...
SEQUESTRO DO EMBAIXADOR AMERICANO X UM BANDO DE TÍTERES , COM FORMAÇÃO EM CUBA , CHINA E UNIÃO SOVIETICA . ESTES SENHORES MATARIAM ATÉ SEUS GENITORES PARA TOMAREM O PODER .

EU QUANDO SERVI O EXERCITO ENTRE 1963 / 1964 FIQUEI CONHECENDO ESSA RAÇA.

MANOEL CARLOS"

Se vc fazia parte da corja militar é claro q ñ achou ruim o regime. Fala q os q se rebelaram matariam até os seus genitores para assumir o poder. E vocês militares, estavam fazendo o q? Também mataram e torturaram pessoas aos montes para se manterem no poder. Comunismo e socialismo têm, na teoria, uma visão muito mais humana, tem mais responsabilidade com o social do q esse regimezinho ditatorial. Lembrando q o comunismo nunca foi alcançado por nenhuma nação pois nele não existiria a figura do Estado, as decisões políticas seriam tomadas pela democracia operária (não confundir, por causa da ausência do Estado, comunismo com anarquismo). Se você achou tão bom a ditadura por que não faz um pequeno experimento: você e sua família fazem de conta q são toda a sociedade e você chama alguém para ser o líder ditador e quem desobedecer ele mata, tortura ou dá fim na pessoa e você sente na pele como é bom ter seus direitos vetados e seus parentes mortos ou desaparecidos.