
Essa política vai levar a uma nova atitude externa. Como uma espécie de potência ambiental, o país pode ser um dos líderes nas definições do planeta. Essa será, talvez, a primeira campanha em que a política externa terá peso. Não o mesmo peso que nos EUA.
Mas certamente muito mais do que nas últimas eleições.
Será também a campanha em que a internet terá um grande papel. Não só como instrumento de comunicação mas também de arrecadação. Estaremos entrando com dez anos de atraso no século 21. Mas o importante é entrar.
Certos temas, sempre tratados com distante frieza pelos chamados estadistas, terão de ser objeto de uma sincera busca de soluções. É o caso da segurança pública.
O mais dramático dos temas será o da ética na política. Qual candidato se dispõe a apresentar uma resposta razoável para superar o abismo entre a população e os políticos?
Quais são, efetivamente, os passos que dará como presidente? Reforma política? Antes disso é preciso tecer alianças confiáveis, mostrar que é passível de admitir erros, repará-los e corrigir rumos.
Ninguém se apresentará como santo. Dificilmente um eleitor sairá de casa por candidatos que tendem a perpetuar o clima de escândalos, descrédito e empulhação, como vemos hoje no Senado.
A surpresa virá do comportamento dos eleitores, bombardeados pelas notícias negativas.
Espera-se um basta.
Como e com que intensidade, só as urnas vão responder.
Fernando Gabeira
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