O PISTOLÃO

Porto Alegre, 21 de Agosto de 2009
Qualquer semelhança é obra do acaso.

-Eu ainda era criança, fazem 50 anos talvez, ouvia-se falar do "PISTOLÃO".
Na época achei que fosse um pistola grande, até entender que tratava-se de um "aspone, gepone ou prepone" com amizades influentes.
-Fico abismado, quando imagino alguém que já teve o cargo máximo de uma nação, de um estado, pertenceu a galeria dos notáveis deputados e senadores deste mesmo estado, elege-se senador por outro, porque precisaria ele de um "PISTOLÃO" para arranjar emprego para o namorado de uma neta?
Ele jamais necessitaria de um, pois ele, o próprio, possui um cargo magnânimo, e escudado no foro de privilégio, e na certeza da impunidade.
O expresidente José Sarney, não necessitaria dessa arma de falso calibre, ele é o próprio calibre da arma.
O episódio apesar de gravado pela polícia federal, merece uma conotação diferente.
Ou Sarney já não tem o poder que lhe é peculiar desde os tempos maranhenses, ou têm o pé retido em alguma ratoeira.
Nossa"Zelite" política não precisa de "PISTOLÃO".
Pesquei uma frase na Internet atribuída a EÇA DE QUEIRÓZ:
-“Os políticos e as fraldas devem ser trocados sempre, e pela mesma razão”
Infelizmente não pude comprovar sua autenticidade.
Ela, essa frase, resume inteiramente a política nacional de hoje.
Faço, apenas retificação de que nas crianças, troca-se de fraldas diariamente, ficam sujas por alguns minutos, até que algum ser humano as troque.
Agora nossos políticos, são trocados a cada quatro anos.
Alguns teimam em deixá-los por mais tempo.
Enquanto isso o odor das salas de plenário torna-se insuportável.
Bom dia,